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Convidados INESPERADOS (online-audio-converter

Convidados INESPERADOS (online-audio-converter

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Transcription

The speaker is recounting a plane crash they were involved in. They were flying with their family, including their wife, children, and two pilots. One of the engines failed, causing the plane to lose altitude. The pilot tried to land at a nearby farm, but there was not enough space. The plane eventually crashed in a field, but everyone survived with minor injuries. The speaker expresses gratitude towards the pilots and describes the chaotic aftermath of the crash. They were eventually rescued by a passerby and taken to Campo Grande. A cronologia inteira eu sei. E depois do acidente... As crianças eram muito pequenas, né? Tava eu, a Angélica, os três, a Léia e a Didi. A Léia trabalha com a gente até hoje, a Didi não. E os dois pilotos. A gente ficou muito... É muito violento, né? É muito... Na fazenda Caimã. Que é perto de Miranda, no Mato Grosso do Sul. E... Ela tava a semana toda. Eu fui na quinta-feira. Eu, Joaquim e o Beni. Chegamos lá na quinta, tava até a Glória Maria. Que Deus a tenha minha amiga nessa situação. Tinha uma turma toda. A Angélica terminou a gravação no domingo. E no sábado a gente ia embora no domingo de manhã. Aí... A Caimã é linda. Então era um domingo de manhã muito, muito bonito. Muito calmo. Sabe? Quando lá tá tudo, cara. Tudo, tudo. As crianças bem. Todo com saúde. Pô, vamos embora pra casa, vamos embora pra casa. Bumba, decola, avião. Era um voo curto. Era um voo de 40 minutos. Eu tava sentado... Era um... Carajá, né? Eu tava sentado aqui. O Beni estava sentado aqui do meu lado. A Angélica tava na minha frente. O Joaquim tava aqui. A Eva tava lá no colo da Angélica. Atrás da... Da Angélica tava... Virada pra Angélica, assim. Era eu de costas e dois de frente tava... A Leia e a Di. Aqui. E aqui já era o piloto. Aqui tinha uma... Você tava sentado aqui. Tipo, eu e você aqui. Aqui já era o... Tapadeira aqui atrás de madeira. Mas se eu fizesse assim, tipo, aqui já tá o piloto. Eu vou helicóptero. Então eu consigo ler o instrumento. A gente tava voando uma hora. O avião faz... O avião dá uma desacelerada e... Tomba uma asa de lado, assim. Eu olhei e eu vi... Que ele tinha perdido um motor. Eu vi que tava um motor... Um motor tinha morrido. Se você não embandear o motor... Que é você parar o motor... Ele continua rodando com o vento. É igual um catavento. Se você bota o catavento de criança e bota pra fora da janela do carro... Ele fica rodando. Exatamente igual. Ele continua rodando. Eu falei... O que aconteceu? Caiu. Falei... O que aconteceu? Ele falou... Ah, não sei. Ele tava tentando dar partida de novo. A gente tá há quanto tempo fora? Toma 13 minutos. E a gente tava, sei lá, 8 mil pés. Não é muito alto, mas também não é muito baixo. Daí eu falei... Tem uma pista aqui perto. Eles começaram a olhar. É uma pista de uma fazenda. Pra esquerda. E não sei se vocês conhecem o Pantanal. O Pantanal tem a parte plana, enorme. E ele tem uma serra no canto. Ele curva pra ir pra serra. Só que ele curva em cima do motor ruim. Quando ele curva em cima do motor ruim... O avião começa a perder a altura. Ele tava muito nervoso. O avião começa a virar pra um lado. A hora que ele vira pro lado, ele perde muita altitude. Aí você vê que a serra... A gente não ia ter altura pra serra. Aí eu paro de falar com ele. Eu vejo que ele decide de novo... Voltar pra... Pra proa de Campo Grande. Aí o avião começa a perder altura. Eu vejo que a gente já tá 5 mil, 4 mil. Aí já tá todo mundo gritando. A Angélica gritando. As crianças muito nervosas. E aí a hora que eu vejo que a gente vai cair. Que a gente não vai chegar no lugar. Cara, eu sou... Eu tenho testado algumas vezes na vida em situações de muito estresse. Quando nosso filho sofreu um acidente. Na história do avião. Então... Eu fico muito nervoso. Mas eu tento pensar. Não. Eu tento pensar. Eu não me desespero. Eu tento pensar. E aí já tá gritando muito. Todo mundo gritando muito. Aí... Quando eu vejo que não vai ter o que fazer. E ele fala, eu vou pousar aqui. E não tinha onde pousar aqui. A gente não vai ter fazendas. Uma hora eu falo pra todo mundo. A Angélica começa a falar, pousa, pousa, pousa. Uma hora eu falo, a gente não vai pousar. A gente vai cair. Aí eu fecho a cabeça. A Eva tava meio solta. A Eva foi pra trás do banco da Angélica. E a Leia segurou ela. Aqui ela ficou entre a Leia e o banco da Angélica. Aí todo mundo abaixou. Aí é muito louco. Porque daí... Eu sou muito grato aos dois pilotos. A gente foi muito criticado na época. Por causa dos pilotos. Eu sou muito grato aos dois pilotos. Não vou entrar no mérito do porquê caiu. Os pilotos nunca tiveram a intenção de nos derrubar. Eles tiveram a intenção de nos salvar. E nos salvamos. Estamos todos aqui vivendo. Eu sou muito grato aos dois pilotos. Profundamente grato. Olha que ele vai pro chão. Aí o que acontece? Quando vai bater no chão, ele desliga os motores. O motor que tava ligado, ele desliga. Ele capa o motor. Porque se interrompe o fluxo de gasolina, você capa o motor. Você se protege um pouco pra não ter uma hélice. Desliga os dois motores. E aí quando bate no chão, é aquilo que você não explicava. É muito barulho, muita energia. E como a gente foi num pasto, tem aquela curva de nível, sabe? Que é pra água correr. Quando ele começa a bater no chão, ele vai correndo e toda vez que tem a curva de nível, ele decola de novo. Ele porra de novo, ele esfria um pouco. Ele vai e cai de lado e não capota. E aí, aí quando para, quando para, quando para, entra muita fumaça, muita terra. Então entra muita coisa vermelha. Fica tudo meio avermelhado. E os pilotos se machucaram o rosto. Se a gente estava bem. As crianças assustaram muito. Então os dois estavam... Eu não estava sentindo nada, mas numa das pancadas, eu senti uma dor muito forte nas costas. E aí o piloto sai, abre a porta atrás e a gente desce. É muito zoado. Primeiro vê que está todo mundo vivo. A Eva estava com dor na barriga, eu estava com dor nas costas. A gente estava no meio do nada. Aí é aquelas coisas. Aí era um pasto. Tinha uma estrada, uns 300 metros. Um carro viu o que aconteceu. O carro parou. O cara entrou no pasto, veio até a gente, viu o que estava acontecendo. Aí ele falou deixa eu ajudar vocês. Aí os pilotos falaram a gente vai ficar, eles estavam bem. Se a gente entra nesse carro, que é uma família toda, todo mundo se aperta. Eles levam a gente para Campo Grande, que a gente estava a 30 km de Campo Grande. E foi isso. Contando essa história...

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