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The podcast episode discusses entrepreneurship and the support available for aspiring entrepreneurs in Paraíba, Brazil. The host interviews Fabrício Peixosa, the Secretary of Entrepreneurship in Paraíba, who shares his personal journey and experiences in the public sector. Fabrício explains the role of the Empreender Paraíba program, which provides credit and support to small and medium-sized entrepreneurs in the state. The program aims to generate employment, income, and redistribute wealth. It offers productive and guided loans, requiring participants to undergo basic business management training. The program also organizes capacity-building workshops in different municipalities, aiming to reach a wider audience. Fala, meu pequeno camarão. Bem-vindos a mais um episódio do Pequeno Camarão Podcast. E hoje vamos falar sobre empreendedorismo. A vontade de fazer alguma coisa, de ter seu próprio negócio. Geralmente as pessoas que fazem isso ou que querem viver isso, passam por muitas dificuldades financeiras. E aí descobrimos que aqui na Paraíba você tem a possibilidade de não precisar passar por essa dificuldade. Porque tem gente que está disposto a lhe apoiar ou apoiar o seu sonho. Eu não entendo muito sobre isso, então não tenho como explicar, mas eu trouxe um especialista aqui. Ele que é secretário do empreendedorismo na Paraíba e que faz a gestão do Empreender. Estou aqui hoje com Fabrício Peixosa. Bem-vindo, Fabrício. Valeu, Gabriel Geral. Muito obrigado pelo convite. É um prazer estar aqui com vocês. Espero que a gente possa passar uma boa hora aqui conversando, explicando um pouquinho sobre empreender, mas também falando sobre outras questões que vocês acharem interessante. Antes de falar sobre empreender, antes de entrar nesse assunto, eu quero conhecer um pouco do Fabrício. Quem é Fabrício? Já há quanto tempo na vida pública? Quem é? Conte um pouquinho da sua história. Só para a gente conhecer. Olá, sou o Fabrício Peixosa, filho de Cariri Zezos, do Cariri, do nosso estado aqui da Paraíba. Eu sou maturado na cidade do Monteiro, do nosso Cariri. E como a maioria das pessoas da minha época, a gente vinha para João Pessoa para se formar, para fazer o ensino médio superior aqui na capital. Eu vim para João Pessoa, no final dos anos 90, para estudar aqui na capital. E, inicialmente, comecei, ingressei no curso de jornalismo da UFPB. Em seguida, empreendei pela tecnologia da informação, que na época era o boom, a produção do futuro. A grande promessa da minha filha de Cariri. Fiz o curso de gestão de TI e entrei no serviço público a partir daí. Lá na prefeitura de João Pessoa, em 2005, eu entrei como menino da informática. Fazendo manutenção nos laboratórios das escolas, do município. No começo do movimento da digitalização das escolas, a gente montou muitos laboratórios de informática. Instalou muita internet ainda, aquela VELTS, a DSL, nos laboratórios, na secretaria das escolas. E comecei minha experiência no serviço público aí. Ainda na prefeitura de João Pessoa, evoluí nessa função e me tornei gestor daquele departamento. A DTIC, a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação da Secretaria da Educação. Lá eu fiquei cinco anos à frente da DTIC. E lá a gente plantou um projeto com o professor Bugado, que é o movimento início da digitalização do ensino. Onde a gente distribuía nos notebooks para os professores. Os primeiros projetos de robótica pedagógica também nas escolas do município. E aí, depois, fui convidado para fazer parte já do programa Empreender Paraíba no governo de estado. Ainda na subgerência da DTI. Entrei no Empreender há cerca de nove anos atrás. Nessa função de subgerência da DTI para resolver alguns problemas que, na época, se encontravam. Até da própria transformação digital para o mesmo programa. O mesmo programa era muito administrado por planos de Excel e muito papel. Muito empregográfico. Impressora daquelas de pontinho. Inversão em cheques. Exatamente. E aí, o meu papel foi tentar dinamizar o grupo de trabalho através da inserção digital. E aí, pelo canal da DTI, eu digo isso a todo mundo que entrava no empreender nessa função. Normalmente, quem é do DTI, seja de empresa privada ou de empresa pública, ele, no final, acaba conhecendo sobre todo o processo. Em todo sentido. Tudo em trabalho. Então, eu me experimentei em todas as ações que o empreender fazia e comecei a dar meus resultados. Em várias funções que aconteciam por lá. Nessa função, eu me tornei gerente de projetos lá no empreender. Em seguida, fui convidado para ser chefe de alimento, então secretário da parte. E, quando o governador João Azevedo assumiu a gestão, ele me enviou para secretário de empreendedorismo. Estou lá há cinco anos. Vai fazer seis anos agora. Só para eu entender, você falou uma coisa muito legal. Você estava na área de DTI, aí conhecesse todas as áreas e começou a adaptar. Na parte, para quem vem do interior, às vezes não encontra a oportunidade. E, às vezes, ele precisa fazer a oportunidade dele quando ele adaptar. Aí, eu quero saber de você. Você veio do interior para cá, almejou e alcançou hoje um carro que talvez você não imaginasse. Não sei dizer. Mas você acha que, muito a partir da sua cara de balde adaptável, em um momento... Eu acredito que sim. Eu até falei isso outro dia. Eu sempre fui muito inquieto nesse sentido. Eu nunca peguei qualquer coisa para não entregar. Existe esse desafio. As pessoas têm medo do incerto. Não se comprometem a cumprir determinadas missões que acham que não vão conseguir. Eu nunca tive esse medo. Eu sempre achei que, seja com pouco tempo, com muito tempo a gente acaba desatando todos nós. Então, eu sempre tive essa postura de pegar as coisas e entregar resultados. Independente das dificuldades que as coisas apresentassem. E também, na minha inquietude, de ver as coisas estagnadas, paradas como estão. Porque, às vezes, até no serviço público, isso é muito comum. A gente se acomoda com o que já está funcionando desse jeito. Então, beleza. Não precisa melhorar. Eu gostaria de ter uma visão assim. Mara, aqui dá para fazer mais fácil, dá para fazer mais rápido, dá para fazer de outro jeito. Então, meus pitacos sempre foram nesse sentido. A burocracia da ação incomodava quando você começou a fazer as coisas do PI lá e retirava esse projeto para o Rio de Janeiro? Eu, atrás de entrar no serviço público, tenho uma visão diferente da burocracia da ação que eu tenho hoje. Eu entendi a burocracia da ação como esse problema realmente que trava, que dificulta. Hoje, eu entendo que a burocracia da ação, até a certa medida, para a atividade pública, ela é necessária. Mas é possível trabalhar por burocracia da ação? Não significa dizer burocracia que é o contrário da eficiência. Sim, não é. São duas variedades no bom e na ruim. Com certeza. E, às vezes, os processos burocráticos, eles podem ser automatizados no sentido que você dá, inclusive, a eficiência. E qualidade. Porque quando você fala, por exemplo, em burocracia, a gente está falando, no final das contas, do controle. Você tem pontos de controle que a legislação exige para ter certeza que não vai haver nada fora da lei, naquele procedimento. Então, por isso que são feitos vários controles nos processos de licitação. Para entender um pouquinho aqui, só o seu trabalho lá. Hoje você é o cabeça, existe a teia. Quantas pessoas você gere hoje, diretamente? Quantas pessoas respondem a você? São cerca de 90 pessoas. Nós temos um corpo de 54 servidores, 54, 55 servidores no quadro. E ainda um grupo de estagiários que nos ajudam. E esses 90 se dirigem diretamente a você? Eu sou um secretário, tenho algumas gerenças que estão abaixo de mim. E aí, nessas gerenças, essas subgerências e os setores de licitação. Na realidade, a gestão do empreendedor é centralizada aqui em João Pessoa. Fica todo mundo no mesmo prédio aqui, no bairro da Torre. E a gente tem pessoas que respondem por região ajustada. Eu tenho um subgerente da região do Sertão. Ele está aqui em João Pessoa, mas ele tem os contatos de todos os técnicos parceiros de todos os municípios. E ele é quem viaja para realizar os planejados nos municípios. Então, a gente tem essa capitalização, mas com a equipe concentrada aqui que sai. E a gente vai novamente rodando na estrada para conseguir atender a população todo chato. E aí, para a gente entrar no empreender, nesse programa do Empreender Paraíba, eu quero, de uma forma bem honesta, perguntar para você. O que é o Empreender Paraíba? Então, vamos lá. Eu vou explicar um pouco o que é o Empreender Paraíba, mas depois a gente vai ver qual é a explicação mais popular, digamos assim. O Empreender é um programa de governo que foi criado cerca de 12 anos atrás com a intenção de redistribuição de renda. Gerar emprego e renda através da concessão de crédito, através de empréstimos para os pequenos e médios empreendedores do nosso estado. Então, o que é que a gente faz? Lá na nossa lei de Antônio, a concessão de crédito produtivo e orientado, que é o princípio do programa do Empreender. Então, trocando isso em palavras simples. O crédito é um empréstimo. A gente entra com a grana para a galera ou iniciar o negócio ou para aperfeiçoar o que já existe. Ele é produtivo por quê? Porque ele é pensado de uma forma a redistribuição de renda principalmente dos pequenos municípios. Então, a gente, por exemplo, vai na cidade de 29 anos, já tem 30 pessoas, ingeram 300 mil reais na economia daquele município. O cara vai pegar aquela grana, vai comprar os instrumentos dele no vizinho, vai aumentar a economia na região. Vai crescer um pouco, vai contratar uma pessoa para trabalhar com ele e isso vai girar a economia produtiva daquela cidade. E ele é orientado por quê? Porque todas as pessoas que passam pelo Empreender Paraíba, obrigadamente, precisam passar pelo menos por uma capacitação em gestão empresária básica. Então, a gente faz um alinhamento. O próprio programa altera a capacitação. E a renda ainda segue mesmo? Não, a gente faz nos municípios. Cada município, a gente junta um grupo de pessoas e faz. Durante a pandemia, a gente adaptou isso, utilizou a plataforma de ensinamentos do CEBRAE, conseguimos atuar de uma forma satisfatória. Mas hoje, a gente voltou a atender diretamente na cidade, porque a gente entende que boa parte do público de empreender é aquele público que não tem acesso. Então, o Estado também entra com essa preocupação. Como é um programa público, a gente tem que dar uma oportunidade a todos. Então, a gente coloca lá na Escola do Estado, na Câmara Municipal, que é a cidade, as capacitações, a agenda, o dia e o horário. Então, todo mundo é aquele grupo de pessoas. Antes de eu dar uma intimidade, me gerou uma dúvida. Você já teve feedback? Você já teve feedback dessas pessoas que você investiu? Vamos falar dessa galera na cidade de dois mil habitantes. Você já teve algum feedback de alguém nessa cidade? E você conseguiu perceber, por esse feedback, o quanto você conseguiu ajudar a mudar a vida daquela região? Várias. Tem cerca de três mil atendimentos por ano. No período em que eu estou a empreender, foram quase 5 mil pessoas atendidas. Então, tem inúmeras situações onde a gente consegue testemunhar essa situação. Tanto que, para isso, a gente tem o que a gente chama de Queso de Sucesso, que é onde a gente pinta esses exemplos e posta também, somando nas redes sociais, nos eventos que a gente realiza, para mostrar um pouco desse resultado. Você já percebeu nessas ajudas que... E quando eu falo diretamente para você, porque não estava com a gente nessa época, você já percebeu nessas ajudas dessas pessoas que você conseguiu, de uma forma ou de outra, vamos dizer assim, realizar o sonho, investir em alguém que só tinha um sonho, uma ideia e, junto com vocês, ele conseguiu esse investimento. E esse sonho, hoje, se tornou realidade. Hoje, talvez, ele já lhe pagou o que tomou com você, emprestado, e as coisas brindaram. Temos várias situações. Teve, por exemplo, situações... A gente tem uma senhora lá em Passos, por exemplo, no sertão da Paraíba, que ela já tinha um carrinho cachorro-quente. Chegou lá e deu um recurso empreendedor. E hoje, ela tem um restaurante na principal da cidade, já estruturado, da melhor qualidade. Então, já pagou tudo o que ela pagou. Já fez o crédito para a pessoa jurídica, já pagou também. E aí, ou pelo nosso público ser muito diverso, da mesma forma que tem pessoas que estão dentro da cidade, que já eram mais recicladas, tem comunidades muito vulneráveis também, que também tiveram acesso. Onde as quilombolas estão lá na Zona Rural, na cidade da Água Grande, empreendedor também, dentro da sua comunidade, entendeu os potenciais turísticos que tinha ali, montou um restaurante na Zona Rural e hoje existe uma rota turística no quilômetro dela. Acaba se mudando a qualidade da comunidade. E quem era de lá, começou a criar galinha para poder abastecer o restaurante dela. Quem era de lá, começou a fazer um artesanato para vender no espaço dela. Quem era de lá, começou a fazer um doce para colocar dentro do restaurante dela. E isso, a gente volta na comunidade. A comunidade, outra vez, já partiu. E se eu quisesse ir hoje para a Zona Grande, o que eu faria? Como é que funciona a dinâmica de empreendedor e acesso ao crédito? Nós temos duas formas de a pessoa ingressar no programa. A gente chama a demanda espontânea, que é quando a gente abre inscrições no site. Você já deve ter visto, a gente tem visto uma colocada nas redes sociais também, sempre na imprensa, fazendo essa divulgação. A dinâmica da gente é público-lícito. Então, eu vou lá para a próxima pessoa, a quantidade de vacas que estão aqui na Zona Grande, a quantidade de vacas... Existe um calendário anual onde a gente vai anunciando as novas oportunidades. Então, por exemplo, uma pessoa está de final de ano, vamos abrir mais 300 vacas. A gente vai anunciar com antecedência quando é que essas vacas estarão disponíveis lá no nosso site. Oito horas da manhã, em encontro. A gente sempre costuma dizer isso. Esteja lá para o aumento dos debores, para fazer esse agachamento. As vacas que encerram rápido, a demanda é muito grande. Você vai lá, faz o seu agachamento no site, que é a parte inicial. Documentação básica, de acordo com a linha de crédito. E, em seguida, a equipe vai fazer contato com você para verificar se aquela documentação que você já anexou está ok, se tem alguma pendência. Se retirou aquela pendência, você vai ser convidado para fazer a capacitação, que é o segundo passo. A gente agenda a capacitação, faz a capacitação com você, em grupo. E, a partir daí, os créditos correm de forma individual. Aí, você se desprende do grupo e a gente vai agendar o plano de negócio. Eu ia perguntar isso para você. Você tem acompanhamento no plano de negócio? Você ajuda também o empreendedor no plano de negócio? A gente passa de empreender pessoas físicas para as linhas de pessoas físicas, para quem é informal. Ou quem tem o meio, mas deseja tirar o crédito da informalidade ainda, através do CBF. O técnico faz uma entrevista, uma conversa, como nós estamos fazendo aqui, que, obviamente, ele tem a capacidade de traduzir isso em informações para que seja feita uma análise através de um crédito escolar, que a gente tem no nosso sistema. Mas isso de forma bem tranquila, bem formável. Então, assim, você tem algum concorrente na sua região, em que você deseja investir? Tem alçamento que você deseja comprar? E aí, vai trocando essa ideia com o empreendedor e formula um plano de negócio baseado não naquele plano de negócio do planejamento estratégico da empresa, que é o clássico, o que o CBR faz, mas um plano de negócio voltado para a análise de capacidade de investimento. Isso. Fabrício, eu tenho um mercador, certo? Mas eu trabalho na minha comunidade e, hoje, nesse mercador, eu faço tudo tanto por mês, eu venho atrás de empresas, mas eu queria ampliar, porque eu queria comprar uma câmara frigorífica, eu queria comprar uma vitrine de limaçada e tal, trazer o alçamento dessas coisas. A gente, a partir do quê? Do que ele informou, além disso, a gente vê o que é que dá. E o cara chega para mim e fala assim, Fabrício, eu posso pagar R$100 por mês. E que impossível ter concedido um crédito de R$15.000 para um cara que pediu para pagar R$15.000. Fabrício, eu tenho um faturamento financeiro que me dá a chance de conseguir pagar uma parcela de R$500. A partir dessa conversa, a gente vai juntando as informações e consegue liberar para a pessoa física de R$1.500 até R$15.000 e para a pessoa jurídica, já com outro tipo de projeto, de R$5.000 até R$100.000. E qualquer pessoa com a ideia pode procurar o IPDB, pode escrever e tentar, desde que seja paraibano ou residente na Paraíba, até ao menos seis meses, para pessoa física e para empresa também, formalizada até ao menos seis meses. Obviamente que quando a gente vai analisar esses créditos um pouco mais complexos, por exemplo, da CNPJ, para as pessoas que têm empresa, então é necessário que a empresa tenha um período de funcionamento. Não tem como a gente analisar que não tem o fluxo de gastos, não tem o faturamento mensal. Porque isso vai fazer parte das informações que habilita a empresa a gente conseguir entender a sua capacidade individual. Para a pessoa física, não. É uma coisa mais simples, menos colocada. Dá-lhe o CPI, a compra para a residência, a conta bancária, quando a gente faz o depósito. Às vezes exige-se isso em relação à verificação de novo. Por exemplo, SPC Serasa, eu entendi, não verifica, mas aí ele precisa ter a CPI negativa ou seja, a receita estadual, a receita federal, e a gente está falando de recurso público. Então, qualquer recurso público só pode ser pago com um pé no aumento dessas duas certidões. Não tem dependência. Eu entendo que o... Ah, certidão negativa, não tem essa. Ah, certidão... Ah, se não precisa, não. Eu entendo que o sucesso desse programa, assim, tocando em minutos, eu entendo que o sucesso do programa é uma mão amiga para quem tem uma ideia. É mais ou menos o que eu entendo. É ter alguém que você possa contar. E aí depende quem é o governo que está na situação. Se o governo está fazendo com você, é mérito sim do governo. No caso do governo estadual aqui. Agora, o que eu quero entender é o seguinte. Você atua, e aí eu continuo dizendo, quando eu falo você, eu falo só que você atua, mas você atua em todos os municípios aqui. Então, aí existe uma divisão de tipo... A maior parte é destinada para capital, que é de uma pessoa, não existe essa divisão, é o projeto. A lei da população, o problema também foi pensado lá no começo. Até pensando nessas questões do equilíbrio, da isonomia, de capilaridade, e hoje a gente está tendo 223 municípios. Conseguimos atender os 53 municípios. Porém, a lei do empreendedor exige que nós temos que atender os municípios com pelo menos 30% de atendimento do programa, tem que ser para municípios de menor IDA. Então, os municípios com menos capacidade, com mais vulneráveis, são os que a gente mais precisa atender. Até fazer esse equilíbrio. Porque aqui na pessoa existem outras oportunidades. Tem os pontos privados, existe um programa municipal chamado Eu Posso, que trabalha no Rio de Janeiro, sobre o empreendedor paraíba. Então, ele foi feito justamente para tentar equilibrar um pouco essas diferenças. Diferentes opções diferentes. Diferentes opções diferentes, não é? Sim. Exatamente. O que a gente continua a ver, o governador Jorge, a gente fala muito sobre isso também quando a gente fala sobre o empreendedor, que além de ter essa questão relacionada com o seu trabalho, é uma fábrica de sonhos, mais ou menos assim. Você tem a ideia, a gente entra com o capital para ajudar ele a concretizar aqueles sonhos que ele teve. Então, ele é de uma vez ou depois? Vai ser através das notas cotidiais? Do que eu comprar? Tem que levar para lá para se numerar no valor? Ele recebe o crédito. Aqui no contrato recebe o crédito. Quando ele for futuramente limitado pela equipe nas ações de pós-crédito, ele vai precisar apresentar as notas fiscais comprovando o que ele adquiriu. E obrigatoriamente... Se é obrigatoriamente para todo mundo que vai renovar o crédito, vai ter que fazer a comprovação também. Então, você falou sobre as equipes técnicas que fazem isso. É legal de falar. Então, existe um acompanhamento. Depois que essa grana chega na minha mão, existe um acompanhamento do meu negócio. Não que você vá fiscalizar, mas de tempo em tempo os meus técnicos vão lá para saber se eu investi essa grana no que eu disse que investi. É isso. É muito mais o sentido de entender se o recurso está sendo aplicado da forma correta do que de fiscalizar. Porque, às vezes, o empreendedor vem com uma ideia e, quando nós executarmos, a realidade é outra. Então, a nossa equipe também tem a capacitação de dar os toques. Não deu para fazer o investimento que você gostaria de fazer, mas pega parte desse dinheiro e faz isso aqui. Isso aqui melhora, melhora. Direcionalmente. Porque, no final das contas, o que importa para a gente é que esse dinheiro seja bem aplicado. Se o cara chegou lá no empreendedor e disse que ia botar uma padaria, e a realidade endureceu para ele, ele conseguiu botar uma padaria para ele. A nossa equipe é uma padaria. E fala uma coisa assim, desse fundo garantidor, porque foi o que eu vi, 12% de tudo o contrato fechado vai para esse fundo garantidor. E acaba que eu tenho essa resposta porque você me deu há pouco tempo, mas eu não pedi você que repita porque eu achei interessante. Só me corrija. O fundo garantidor serve para cobrir, não os custos, mas, no caso de falência, de morte, de qualquer um das empresas, de qualquer uma das empresas ou pessoas que teve esse dinheiro com você. É um fundo de aval, aval de todo o coletivo. Quando todo mundo que, como se falou, acessou o canto do empreendedor e recebeu lá 10 mil reais, 2% cai nesse fundo que fica lá, inclusive existem rendimentos que fazem com que esse fundo continue sendo alimentado. E, em caso de falência, no empreendedor pessoa física, seus exegeros não ergam a dívida. A dívida é pagada imediatamente. E também para, da mesma forma, as empresas. As empresas que morrem, no caso que decreta falência, também é suspeita. Em situações excepcionais, também pode acontecer de esse aval ser utilizado. As debilidades geniturais, calamidade pública, a gente até falou um pouquinho sobre isso aqui, já tiveram algumas situações em que o empreendedor foi utilizado nessas excepcionalidades. No Campinas teve um episódio onde parte das barracas foram incendiadas antes que começassem as atividades do senhor, inclusive. A gente correu lá fazer um atendimento emergencial de quem já era cliente do empreendedor, porque a gente já tinha feito um atendimento dentro do Centro Empreendedor, e a gente estava com uma parcelinha de andamento lá. Interrompida a cobrança desses créditos que tinham finalizado, e a gente entrou pro novo recurso. Isso que eu quero perguntar, a dúvida que fica é e aí ocorreu um desastre natural e a minha barraca se foi nesse desastre. Meu crédito tá quitado, mas agora eu tenho ainda minha ligação do senhor. Você recebeu essa renovação de crédito pra começar de novo, recortou a barraca dele e tocava mesmo. Aconteceu aqui também com o mercado de artesanato que fica aqui na ferida da Baú. Da mesma forma, temos clientes do empreendedor lá. Pra quem era cliente a gente criou e atendeu, e pra quem não era cliente a gente fez. Agora tá vindo cliente, tá lá o cliente. Bem, qual o retorno que o governo tem com isso? Total. Um simples investimento nos pequenos empreendedores já é o maior retorno econômico que o governo pode ter. Através tanto da regulação de impostos, como também da própria redenção das pessoas. A gente sabe que aqui em João Pessoa, mas muito mais nas pequenas cidades. Cerca de 60, 70% da força de trabalho é pendurada, digamos assim, no serviço público. Seja no governo de sempre ou no Estado. Fora as ações sociais, os programas sociais que precisam também injetar recursos pra atender as pessoas em situação de vulnerabilidade. Então quando o Estado começa a injetar recursos no potencial empreendedor das pessoas, sim, isso vai livrando o Estado. Eu concordo. Eu concordo e eu vou dizer que é na contramão que o governo, com essa ação, com esse programa, vai na contramão do que algumas pessoas falam, do jeito que os governos se comportam, que tipo, essa ação do governo ela não escraviza as pessoas, pelo contrário, ela liberta as pessoas. Essas pessoas que se você não fizer esse investimento, você como pessoal pública, se você não der essa grana pra que essas pessoas começassem seus próprios investimentos, provavelmente pelo menos de 70% dessa galera cairia no Bolsa Família. Então cairia nas costas do Estado ainda assim, mas sem nenhum retorno. Com esse projeto, pelo menos o que eu entendi, que corria se eu estiver errado, existe a probabilidade, não, mas existe o risco, vamos falar assim, que essa pessoa caia na costa do Bolsa Família, sim, provavelmente existe. Mas existe uma probabilidade muito grande dessa pessoa não precisar nunca desse programa, porque o programa que é de transferência de renda direta, onde essa renda volta para o mundo do Estado e salva a vida dessa pessoa, tira ela da dependência estadual. Você está concordo comigo? Exatamente, porque a gente vive num país que existem diversas realidades, a gente também não pode simplesmente achar que um tipo de ação vai salvar todos os dramas sociais. Então, existem camadas sociais que precisam ter adentrões específicos. Existe uma camada social que realmente precisa ter assistência alí. Não, eu concordo. Mas porque a exposição em uma ideia... Uma camada mais vulnerável, que não receberam oportunidades, se não que precisam. O empreendedor está no meio dessa história. Ele está aqui entre o extremamente vulnerável e as pessoas que tiveram oportunidade e que, por conta disso, foram no maior grado. Mas, oportunamente, você já estava chegando emprego para o Estado mais vulnerável. O empreendedor está aqui. Ele está aqui com as pessoas que têm uma certa oportunidade, tiveram alguns privilégios e que conseguem as habilidades do governo para colocar suas histórias. Então, ele tem... Ele está equilibrado ali. Nenhum banco, nenhum programa social. Ele está entre as duas. Eu entendo como uma troca muito benéfica. Faz encarar canoa. Eu estava tentando entender. Eu te fiz a pergunta qual é o retorno do Estado, porque eu entendo como uma troca muito benéfica para quem recebe e para quem empresta. Em todos os sentidos. Porque, para quem recebe, eu consigo dar um start no meu sonho. Eu consigo realizar o meu sonho. E, a partir dali, eu consigo tirar a minha grana para que eu me sustente. Eu consigo me devolver a sua grana. Então, eu não fico me devolvendo nada. Me transformo no seu parceiro. Quando a gente vai fazer... Quando eu faço as entregas, a outra etapa é que nós conversamos com as pessoas. Eventualmente, eu vou para o município, porque eu gosto de ver, conversar com as pessoas, até para ver esse feedback. E aí, o que é que eu costumo sempre dizer? Olha, o contrato que a gente está fazendo aqui é uma formalidade e tudo mais. Mas, ele é muito mais um contrato de confiança entre a população do Estado e o Poder Público do que qualquer outra coisa. Porque, aqui, vocês estão recebendo um investimento. Então, se eu fosse um investidor, eu mandaria os investidores que estavam acreditando nos potenciais de lança e transação, está colocando uma grana ali, para que, daqui a pouco, ele me devolva e siga os seus amendos. E o mais legal é que, quando ele me devolve essa grana como pessoa física, ele tem... Assim, se a empresa dele, se o que ele construiu com essa grana que ele pegou para pessoa física, ele obteve um crédito mínimo, ele já vai se tornar uma pessoa jurídica. Ele ainda tem a bateria do governo para que ele consiga pegar um próximo crédito como pessoa jurídica. Ele ainda não pagou mais não para investir, para a empresa dele crescer. E aí, de retorno disso para o Estado, a economia dessa pequena cidade vai documentar, como estou dizendo para vocês, a gente vai plantar milho, criar galinha para vendê-lo financeiramente, para o Estado automaticamente, para de se preocupar tanto com aquele município, já que a economia já está girando e não precisa mandar investimento para lá. Não que não precise, desculpe. Mas não precisa se preocupar... Para outras áreas. Para outras áreas. Eu achei bem interessante. É uma boa ideia. É uma boa ideia. Você está com a sua pasta 9. Estou a 30 pastas. Agora você existe há 13 anos. Quem criou esse programa? O governador Renato Corvinho ainda da prefeitura de Opessor e criou o empreendedor JP. Quando ele estourou o governador, ele encaminhou para o governo do Estado isso. E aí a gente vem aperfeiçoando o programa ao longo do tempo. Com as realidades que vão aparecendo. E essa presente de divisão de terça-feira. Mas eu vi num site lá no programa que uma parte da grana é direcionada para mulheres, uma parte da grana é direcionada para galera que trabalha partezonada. Explica um pouco isso para a gente. Qual a intervenção que vocês fazem? Na verdade, não a intervenção. Qual a intenção por trás de ajudar essa galera em específico? O que é que vocês enxergaram? Ao longo do tempo essas políticas específicas foram sendo criadas. O empreendedor hoje trabalha...

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