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Olá, eu sou a Zainete, estudante de adolescência de educação social pós-global e estou aqui hoje reunida neste podcast com duas amigas, do curso, com o objetivo de refletirmos um pouco sobre o tema de um vídeo do TED Talk que faz referência à dependência das pessoas em relação à tecnologia e que apesar de ser um vídeo que já tem 12 anos, parece aos nossos olhos manter-se bastante atual. Dito isto, passo a palavra à Márcia. Márcia, o que é que tens a dizer-nos sobre as tecnologias e o mundo atual e refletindo um pouco sobre o vídeo que vimos? É que sim, o vídeo foi há 12 anos, mas na verdade parece que foi ontem e encaixa perfeitamente nos dias de hoje, não é? Tem quase um passado de avanço, porque cada vez mais as questões de tecnologia e essas coisas. E no meu ponto de vista, e em caráter pessoal, eu já adoro muito a tecnologia, mas também tenho um livro que transforma o projeto da tecnologia no privado. A gente tem pessoas que estão a mandar mensagens, porque chamadas é miúdo, se a gente não tem micro-doem, assim, com uma variedade de outras chamadas, hoje em dia, usando os áudios, porque a gente consegue falar, a pessoa fica mais certa de quem está lá do lado, o que eu quero dizer, e por conta da liberdade de dizer uma mensagem, ele responde o que é que é imediato, não é? Mas tu achas, por exemplo, que o facto de poderes mandar áudio, mas então achas que, por exemplo, o facto de usar as tecnologias e de certo modo não precisar estar a falar tão diretamente as coisas, consegues refugiar atrás de uma mensagem ou num áudio, ou não é bem essa a tua intenção? Nas mensagens, uma pessoa consegue refugiar-se muito mais. No áudio, já temos, é a outra pessoa do lado que está respeitando aquilo que a gente quer dizer, não é? E hoje em dia, usamos áudio conforme, como sempre descobrimos, nem sempre a viram ligar, então, um áudio, uma mensagem, não precisamos estar lá na hora em que a gente quer dizer. É mais rápido e mais sensível ao contato, não é? E tu, Ana, o que é que tu achas deste vídeo e que ligação é que tu falas com o teu dia-a-dia, com as tecnologias na tua vida? Então, ainda sou muito afogadista da palavra e da conversa pessoalmente. Não sou realmente muito fã das redes sociais. O Instagram criei-o há relativamente pouco tempo e eu posso dizer que, claro, que foi uma questãozinha da sociedade, ou, olha lá, é que eu consigo identificar, olha lá, é que estou a falar, não é que estou a falar, e não veem também que eu não ponho. Então, criei o Instagram para existir, basicamente. A nível profissional, é que, realmente, as coisas as mesmas só se fazem por e-mail. Começa por telefone, nós temos o alíquote, mas raramente se toca o telefone. Talvez, se for uma urgência que se justifique, é para ser tratado por outro, então, aí, pronto, ninguém vai sempre a escrever e-mails. Não, é tudo por e-mail, pode ser de uma pessoa que está à frente da outra, mas não abre a boca, é por e-mail, manda por e-mail, segue a hora e é só com um grito. E, a nível de relações, nota-se perfeitamente, por exemplo, nas horas das refeições e assim, há, às vezes, um silêncio enorme na copa, em que todo mundo está agarrado à telemóvel e ninguém está a olhar nem uns para os outros, nem a conversarem sobre o fim de semana. É como se não existisse ninguém. Exatamente. É o mundo em cada um, num certo pequeno aparelho, que não existe um segundo ou terceiro pulmão. Já há amizades, na minha época, que quando eu andava por casa, estava com a amiga do Salém Maurício, que convida-me toda a gente para uma telemóvel no canto, e o primeiro pagando o ponto, paga a conta. Então, é a mesma coisa. Não tem jeito de... Não tem jeito de um ponto, não. Assim, na minha casa, eu prezo, na minha casa, se for jantar fora, se há coisa que eu prezo, a hora, a pessoa não há telemóvel. Até podem haver que ouvir, há, é capaz de haver as notícias, porque é o único momento em que uma pessoa também tem, para ficar um bocadinho mais... Aumentada. Aumentada, é, exatamente. Se não for estar a trabalhar, então não há como fazer. Mas a nível de jantar, a telemóvel também não existe, já não há nem tanto, já não há nem médio sinal. Fica ou um aparador, ou uma outra dirigante da casa, longe. Quando estiver perto, há a tendência de ir lá mexer. Sim, sim. Mas eu não faço isso. E mesmo com os crianças da minha família, é do género. Vamos jogar ao peixinho, vamos jogar ao uno, vamos jogar cartas, vamos fazer jogos e, pronto, há, tenho a sorte de ter ouvido a Adele. Mesmo, apesar de mais velhinho, caber criança, mas já não é criança, não é? Ela deve ter, vai, que é? De seis a sete anos. Ainda gosta de jogar às cartas. Lá vai estar a telemóvel, uma pessoa lá lhe dá um bocadinho. Mas é bom, porque conseguimos, mesmo assim, ter momentos em família, a ter brincadeiras que, hoje em dia, as crianças não sabem ter, porque eu, se eu fosse a minha infância, a brincar na rua e sozinha... Pois, já não acontece. Pois, isso já não acontece. Não podem sair à rua e, muito menos, até mesmo quando estão de casa, podiam fazer jogos e interagir, mas não fazem, ou põem a televisão, ou um tabletão de telemóvel, ou ficarem-se a ficar, vamos dizer, a roupas, que é o que importa. É, é uma chateada, não é? Estudarem... Sim. Estudarem os telefones, e é uma coisa básica. Todas as meninas vão gostar. Os meninos já não acreditam que o querem tirar, pois, acho que todos sabem o que é isso. Os telefones e... É quase como um cadenato. Olha, o Sr. Telefone. Porque, lá, sabe? As meninas têm que ver os telefones. Às vezes, olha, a mãe dá nada. Lá, o Lebrão. A Sr. Telefone é o... O pai que já lhe trouxe nasceu. Vai ser uma coisa de... Vai ser para a vida, não é? Não tem como tirar. É como viajar. Vira-se o futuro do... Do futuro da mãe, não é? Outra coisa que me lembro é agora. Nunca lhe deixaram sentar em uma casa das pessoas e ligar para quem está na sala, no bar, para tirar uma bobeira. Eu lembro. Eu nunca fiz isso. Nunca. Nunca. Nunca. Nunca fiz. É, sim. É o meu pai sempre. Quando eu... Os meus pais, eu lia. Eu ligava para a primeira sala e ligava. Ora, volta. Não seria assim demais. E ela não falava. Mas, logo para eu ter uma volta, ela falava. Descalço, ela não fez. Eu ligo. Por exemplo. Estou fazendo o quê? Nada. Não sei o que é. É algo tipo... Está aqui. Não faz a semana. Eu vou ligar para quem está na sala. Por exemplo. Eu ligo. Não, não vai ter um jeito. Não. Se tiver alguém... Como por si. Amigo, assim. Não possa falar. Não sei. Precisa de alguma coisa. Não, não está de nada. Está a mim. O pai me entoou. Ele está a mim. Preciso sair. Preciso sair de lá. Está. Tirando-lhe isso. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Não, não. Sim, é isso. Sim, e é assim. Em vez de conclusão, eu acho que às vezes acabamos por ter dado experiências diferentes, concordar que tudo tem que ser bom para mim e aproveitar também para quando estamos com os nossos amigos e com a nossa família e desfrutar um pouco deles. Certo, menina? Certo, certo. E é bom mostrar-lhes que foi bem melhor. Sim, esperamos que tenham gostado. Até à próxima. Tchau. Tchau. Tchau.