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Visão de Jogo - (04-03-2024)

Visão de Jogo - (04-03-2024)

André Meneses

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"FC Porto-Benfica foi um amasso a todos os níveis"

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The speaker begins by mentioning that Vítor Santos is absent due to personal reasons. They express their condolences for the loss of Cássio Pereira Santos, who was a beloved colleague and friend. The speaker reflects on the qualities of Cássio and the impact he had on their lives. They send their support to Vítor and the Santos family. The conversation then shifts to a discussion of the recent football match between Porto and Benfica. They analyze Porto's strong performance and the weaknesses in Benfica's strategy. The speakers highlight the midfield dominance of Porto and the struggles of Benfica's defense. They praise the individual performances of Francisco Conceição and Galeno. The discussion concludes with an evaluation of Porto's overall superiority in the match. Bom tarde, estamos em visão de jogo, hoje sem a participação do Vítor Santos, que por questões familiares não pode estar connosco. Um abraço forte e apertado para o Vítor. Sim, é verdade, um abraço muito, muito forte para o Vítor, pela partida daquele que era o melhor de todos nós, o Cássio Pereira Santos, seu irmão e também meu irmão do ponto de vista de vida e de amizade e de companheirismo ao longo de tantos, tantos, tantos anos. Com ele aprendi muitas coisas, aprendi caindo sete vezes, a levantar-me oito, nove, dez, quinze, porque de facto como companheiro, como camarada, como alguém que escolhemos para nos seguir, como companheiro na vida, foi alguém único. Esteja onde estiver, estará de certeza sempre connosco, como inspiração e como alguém que nos vai sempre acompanhar. Um abraço forte à família, ao Vítor, a todos. Seguiremos sempre tentando ser um pouco, nunca chegaremos perto, um pouco daquilo que ele foi. O Cássio Pereira Santos que era chefe de redação, atualmente chefe de redação adjunto do jornal O Jogo, um fantástico jornalista, mas para além disso uma excelente pessoa. Sim, sem dúvida. Por isso que dizia, por além da questão do profissional, do jornalista, o amigo de todas as horas, o companheiro, a pessoa que sabia que os princípios, os valores e a forma de estar na vida era inegociável perante tudo e todos, foi assim que viveu até o último dia e é alguém que vai ficar para mim para sempre e para todos que conviveram com ele. Toda a redação hoje está a viver um dia de chumbo, mas todos iremos seguir o seu exemplo. Fica este abraço a toda a redação do jornal O Jogo, à família do Cássio Pereira Santos e em particular o abraço apertado ao Vítor Santos que costuma estar aqui connosco, como todos sabem, no Visão de Jogo. Contamos hoje com o contributo documentador de futebol José Pedro Marques que se junta então ao Luís Freitas Lobo na edição de hoje do Visão de Jogo e vamos começar depois desta nota triste, vamos começar pela análise ao clássico que terminou com uma goleada 5-0 do Futebol Clube do Porto ao Benfica. Luís Freitas Lobo, foi aquilo a que normalmente chamamos um amasso. É verdade, a todos os níveis penso que é um jogo muito bem preparado pelo Porto. Achei curioso o Galeno referir no início que o ministro prepara-nos bem para estes jogos, dizia o Galeno, porque também pensava um pouco naquilo que foi o jogo recente com o Coarcenal e recorda-te, há pouco tempo, na semana passada dizia-te que estes jogos se calhar era o que o Porto precisava, estes jogos com o Coarcenal, estes jogos com o Benfica para reencontrar-se com a sua qualidade competitiva que existe dentro daquilo que são os índices de motivação máximos, que também o Sérgio de Conceição se referiu ontem na conferência de imprensa. E é curioso que o Porto vinha, nos últimos quatro jogos para o campeonato, apenas uma vitória. Sim, é verdade, e com exibições de facto muito abaixo daquilo que sabemos que a equipa pode fazer. Agora dentro da teoria dos estímulos, estes jogos são algo à parte, à margem de tudo, o jogo das Champions e o jogo com o Benfica. Além dessa questão mental, há questão também tática, e portanto os jogadores estão concentrados ao máximo nestes jogos, são muito bem preparados, também na dimensão estratégica, poderemos ver, ao contrário do senso que o Benfica falha muito na dimensão estratégica, o seu treinador, mas queria começar esta análise em função da tua pergunta pelo que é o Porto, a definição bem das normas de pressão, como fazê-lo, impedir o Benfica de sair a jogar, ou condicionar a construção desde trás, depois a capacidade da recuperação de bola, de saber jogar entre as linhas do Benfica, a movimentação do PP, do Nico, do Eduardo, do Evan Nilsson, a capacidade de desequilibrar através das faixas, e portanto é um jogo muito bem estudado, por parte do Porto, que é um Benfica mais de copy-paste em relação àquilo que foi a parte final do jogo frente ao Sporting, depois a Schmidt apanhou ali aquela parte final que contém o Stade, e tentou reproduzi-la no jogo do Dragão, só que pode haver, não há jogos iguais, pode haver jogos parecidos, mas dificilmente os são quando se afronta grandes outras equipas do mesmo nível competitivo, e nesse sentido o Porto preparou melhor o jogo, preparou aquilo que era previsível, que era o Benfica fazer esse copy-paste da parte final do jogo de Alvalade, e anulou completamente o Benfica, utilizaste o termo amasso, e foi um amasso estático, que traduziu-se no resultado de uma forma que faz recordar outros tempos, um Porto de outro tempo, o último 5-0 tinha Falcão, Luca, Rames, Moutinho, Fernando, enfim, tinha uma equipa de luxo, esta equipa do Porto está muito, muito longe de ser das melhores equipas do Porto, não vou dizer que seja talvez a menos forte dos últimos 5 anos ou 7, mas claro que é a menos forte daquilo que o Sérgio Conceição já teve ao seu dispor. Mas há um ponto de contacto com esse jogo que tu recordas, que também ficou 5-0, é que o Benfica nesta partida também, Jorge Jesus adaptou um central à defesa esquerda. Sim, é verdade, mas aí foi uma ideia que eu acho que qual fosse o lateral esquerdo com aquele hulk, eu acho que até lá podiam estar dois ou três. Foi o David Luís que começou a partida. Mesmo que não tivesse inventado um lateral esquerdo, eu acho que com o hulk era imparável. Neste caso é diferente, o Porto tem que inventar, o jogador do Sérgio Conceição tem que inventar esta dimensão competitiva, ele próprio dizia que não o consegue noutros jogos, como se notou nos jogos com o Rio Avo, o próprio jogo com o Oroca que foi fantasmagórico, com o Gil Vicente, o próprio jogo com o Gil, a forma como sofre o gol acabar, aquela descompressão da equipa é imperdoável a este nível, mas nestes jogos, viu-se no campeonato de Jair Seixboas no jogo com o Braga, que é um grande, também metido lá em cima, viu-se na Liga dos Campeões de forma notável com o Arsenal, e agora outra vez com o Benfica, com uma equipa que está muito longe, os jogadores do Porto, atenção, desse 5-0 que referia, o que destaca mais naturalmente, o valor estratégico do treinador, foi a função disso que eu referi em contraste da falta de visão estratégica no tempo da do Benfica. Zé Pedro Marques, o futebol com o Porto foi melhor em tudo, e construiu um resultado que é pouco habitual num clássico. Sim, boa tarde a todos, antes de mais, e obrigado, sim, é claro, e concordo com as palavras do Luís, eu acho que até a gol mais longe do que o Benfica não apareceu para o jogo ontem. Há muito mérito do Porto, sem dúvida nenhuma, mas há grande demérito por parte do Benfica na preparação que faz ao jogo. O meio-campo do Porto, por exemplo, abafou o meio-campo do Benfica. Sim, abafou o meio-campo do Benfica, não permitiu o Benfica jogar, e também há certas situações no próprio jogo que são incompreensíveis até por parte dos médios do Benfica. Há várias situações em que os médios do Benfica recebiam a bola e podiam rodar para jogar para a frente, e optavam sempre por jogar atrás, por uma construção atrás. Isso permitiu sempre que o Porto estivesse sempre alto, sempre a pressionar alto, e quando o Benfica conseguia jogar, perdia fácil a bola, e quando chegava à última linha do Porto, a bola, como se uma dizeria, morte. Era fácil para a recuperação e para o Porto voltar a construir e voltar a jogar. Creio que alguns equívocos por parte de Roger Schmidt são evidentes na formação do Onze, e até na dimensão do próprio jogo, porque voltou a ver-se aquilo que era, na equipa do Benfica, pouco nervo, pouca intensidade e uma preparação até do lado emocional para o contexto competitivo ficou aquém. Luís referia e bem, o Porto gosta destes jogos, precisa disto, alimenta-se deste tipo de jogo, e o Benfica não consegue transportar o jogo para essa dimensão ou controlar essa dimensão do próprio jogo, e vai sentindo muitas dificuldades, principalmente aqui no Dragão, em lidar com essa conjuntura competitiva. O Depósito Porto teve alguns jogadores nível altíssimo, Francisco Conceição e Galeno, por exemplo, Pepe também, mas aqui a questão de Francisco Conceição e Galeno, dois jogadores que estiveram muito bem neste clássico e que apanharam pela frente dois laterais adaptados. E mais que dois laterais adaptados, a ajuda que tinham não existiu. Quer Di Maria, quer Coxo, que aparece a jogar da esquerda para dentro, que seria essa a estratégia de Roger Schmidt, não acompanhavam e constantemente um para um ou dois para um, criado pelo Porto nos corredores laterais, levou que o Benfica tivesse muitas dificuldades em estancar esse futebol. Já em Alvalade, sentiu essa dimensão de não conseguir estancar o futebol largo do suporte num primeiro momento aos corredores e depois a bola entrar dentro, obrigou sempre João Neves e João Mário a esticar muito e a abridezar muito espaço e a não ter tempo depois de recuperar o posicionamento em zona interior. E isso aí, o Porto jogando noutro esquema tático, mas com o corredor lateral de um lado e do outro sempre muito forte, criou sempre muitas dificuldades aos equilíbrios defensivos do Benfica, porque os jogadores jogam à frente desses dois laterais adaptados e não têm esse perfil de fechar a propósito os corredores. E a dupla Alan Varela, Nico Gonzalez, Luís, sempre mais forte que aquela dupla do João Neves e João Mário. João Neves até houve alturas em que tentava correr a vários fogos e quase que dava pena ver João Neves naquele meio campo do Benfica tentar colmatar tantos e tapar tantos buracos do meio campo do Benfica. Sim, mas eu não consigo ver só o Nico e o Varela sem juntar o PP. Acho que essencialmente é um triângulo que o Porto faz no meio campo, em termos ofensivos inverte o triângulo e a questão do Nico jogar ali um pouco interior esquerdo e o PP interior direito desequilibra completamente essa dupla, esse meio campo a dois do Benfica. Houve ali momentos da primeira parte em que o Cocchiu procurou mais uma zona central. O Roger Schmidt percebeu que o problema estava ali, estava em muitos sítios, mas ali estava essencialmente no núcleo central. A passagem do João Mário do corredor central para jogar aberto na segunda parte era para não jogando aberto, ou melhor a partir da faixa vir mais dentro e segurar a bola e equilibrar um pouco essa questão do meio campo, não o que eu consigo fazer. Voltar àquela forma um pouquinho do ano passado, que jogava a partir do corredor, vinha dentro para formar ali um quadrado, quatro homens por dentro, mas não tem conseguido. É verdade que há um erro aqui conceptual, independentemente da questão estratégica e acho que de facto é evidente que falta ao Benfica, há um erro conceptual e o João tocava nessa espécie em relação à questão dos laterais improvisados, é que retira a equipa não só o equilíbrio certo para começar a jogar, como depois a dinâmica certa para desequilibrar em posse de bola. Morato não faz sentido nenhum a defesa esquerda, lateral esquerda, do ponto de vista de equipa grande, a sair a jogar, na capacidade que tem inclusive da profundidade, que não tem, e Austras, que cumpre, atenção, a lateral direita. Não está aqui em questão, é um jogador de facto com uma responsabilidade tática e um sentido tremendo, mas não é de facto a solução que o Benfica tem que ter para o lateral direito. Nesse sentido sim, são improvisações que neste tipo de jogos em que se falam verdades absolutas, que são os jogos das contas europeias, são estes jogos grandes, fica exposto a essas debilidades. E vocês não acham que o João Mário, também num jogo desta dimensão, já não tem andamento para jogar naquela posição? Sim, acho que ele próprio sabe isso, o próprio João. E o treinador não sabe? Não sabe. Porque o João Mário já deve ter vido. Aliás, a época passada ele fez a época toda a jogar a partida à ala e bem. Portanto, eu acho que no corredor central o João Mário percebe que se subirmos o terreno, dificilmente depois vai fazer a transição defensiva da melhor forma. Isso prende a equipa. E quem está ao lado também percebe, embora, atenção, o João Neves é um miúdo que tem uma maturidade, parece que já joga há 20 anos na... Mas não chega para tudo. Mas não chega para tudo. Eu dizia que até me tinha pena ver João Neves a tentar tapar tantos buracos. Mas a questão é essa, Gui, da minha opinião é que este jogo pede uma dimensão estratégica muito importante. E a verdade é que tu olhas para aquele meio cabo do Benfica e não sentes que há ali treinador no sentido de preparar o jogo nessa dimensão estratégica. O Sérgio preparou aquele jogo, claramente, para impedir o Benfica de jogar e depois cair de em cima. O Benfica pensou que podia pegar no seu jogo de alvalade e trazê-lo para o dragão. Porque aquilo podia pedir... E entendo, não vamos aqui alargar-nos muito e podemos falar a seguir na nossa segunda parte. Mas aquele jogo podia pedir mais um Florentino e podia pedir mais a colocação de um Cocosho por dentro e fazer três médios e não a vertente que cada ou toda raça atrás de Tankstead e de Imeria aberto, sem defender, naturalmente. Pedro Martins, podemos dizer que caiu a máscara a este Benfica de Roger Schmidt? Isso é uma pergunta muito interessante, que eu acho que vai ter a resposta nos próximos episódios, curiosamente. Não teve já em episódios anteriores em que o resultado acabou por não ser tão mau para o Benfica? Exatamente. Isto não podia ter acontecido já em San Sebastián, não podia ter acontecido em Milão com o Inter, não podia ter acontecido em casa com o Real Sociedad, não podia ter acontecido em casa com o Inter, o jogo em Guimarães é muito mau, o jogo no Estoril é muito mau, o jogo com o Rio Ave na Luz até a expulsão de Adernalã é muito mau, a primeira parte em Alvalade agora na meia-final da taça é muito má, em Toulouse é péssimo, o Benfica podia perfeitamente ter sido eliminado em Toulouse, ou seja, isto que aconteceu, esta debacle do Benfica no Dragão verdadeiramente até acaba por chegar tarde, porque o Benfica tem, o Roger Schmidt, de certa forma, não sei se vocês concordam, com estas exibições que o Benfica tem feito, tem conseguido que a equipa passe entre os pingos da chuva, ou ele próprio passe entre os pingos da chuva. Sim, o que quero dizer é que foi segurando muito por conta dos resultados que foram aparecendo e não os sinais que a equipa ia dando e as exibições, e são, e são, inegavelmente, acho que é preciso comemorar. Aquela primeira parte em Alvalade, agora recuando mais um bocadinho, mas não recuando muito, foi agora há poucos dias, a primeira parte do Benfica em Alvalade é muito, muito má. E nesses jogos o que salva são as individualidades ofensivas, a grande qualidade individual que o Benfica tem. Sim, porque o Benfica, o Benfica na época passada tinha um coletivo fortíssimo e isso é que me deixa surpreendido, porque sem menos três peças, vá, sem Grimaldo, sem Gonçalo Ramos e se quisermos metade da época do Enzo, a queda no futebol coletivo é tremenda. Eu recordo, a minha opinião, o ano passado o Benfica tinha um ataque posicional tremendo ofensivo e tinha a melhor reação à perda de bolo. Não na pressão alta, que eu acho que aí o Porto ainda era melhor que o Benfica, na pressão alta, mas na reação à perda era tremendo e isso parece que se esfumou e perdeu-se. Agora o porquê, como é que o perfil dos jogadores são diferentes, etc. Deixa-me dizer que já é diferente, mas eu acho que este aspecto é importante, o perfil dos jogadores é muito diferente. Mas já a reta final da época passada é muito preocupante, já os sinais começavam a ser maus. O Benfica acaba o campeonato, chegou a ter, a Benfica recebe o esbócolo do Porto, penso que na jornada 27, com 10 pontos de vantagem. Os problemas não eram os mesmos. Exatamente. As causas não são as mesmas. O Benfica depois termina o campeonato apenas com 2 pontos de vantagem e todos nós temos a sensação que se o campeonato tivesse mais algumas jornadas o esbócolo do Porto ainda ganhava esse campeonato. Mas as causas não são as mesmas. Repara, no ano passado tinhas no Benfica o Gonçalo Ramos a pressionar defensivamente, coisa que ainda não encontrou este ano um avançado assim, se calhar até o mais parecido até o próprio Tenkster. E tinhas na frente, nas alas, o Austin e o João Mário, que fazem toda a diferença. É evidente que o Di Mari é um jogador que pode resolver o jogo numa jogada, mas ao mesmo tempo pode comprometer a equipa noutra jogada em termos ofensivos no adversário. Portanto, com 2 médios centros e 2 jogadores desse perfil, o João Mário e o Austin, dão capacidade de pressão muito mais à frente, o João Mário não se expõe tanto quando perde a bola. Ou seja, o que vocês querem dizer é que é um Benfica com mais soluções mas mais desequilibrado? Sem dúvidas, na minha opinião sim. Rapaz, lembra-te que a frase que eu disse no início da época, este Benfica pode ter melhor plantel, mas certamente terá pior equipa. E com Grimaldo, é um absurdo de diferença, olhar para o Grimaldo e Mourato não tem nada a ver. Mas aqui também há responsabilidade da estrutura do Benfica, incluindo o treinador, porque o Benfica já contratou jogadores para a posição do Grimaldo, gastou 13 milhões de euros em Jurassec, fez chegar Juan Bernat emprestado pelo Paris Saint-Germain, agora faz chegar Álvaro Carreras e quem continua a jogar é o Ayrsvas ou o Mourato. Porque aqui, eu acho que quem vinha para jogar, sinceramente, quem vinha para jogar pegar destaque era o Bernat, sem dúvida nenhuma, até pelo perfil mais Grimaldo, pela capacidade de jogar por dentro, de sair de espaço de linha lateral e conduzir o golo. Mas é outro filme Draxler. Exatamente, só que a lesão, depois o Jurassec não pegou claramente, ficou aquém, até faz um bom jogo no Bessa, no início, até se lesionar, pensou-se que poderia estar ali a solução, mas depois caiu rapidamente o Rémi Mendes. Repara, aquelas soluções que o Porto tem estão longe de ser soluções que marquem a diferença à partida, não é? Tu tens como lateral esquerdo, o Zaidou, que se lesionou, e o Wendel. Que agora foi chamado a seleção do Brasil. É um enigma para mim, sinceramente, em relação àquilo que é as opções do Dorival, mas isso é outra questão. Embora o Wendel, no nosso campeonato, ok, está bem, mas está muito longe dos atalhos que o Porto já teve e o João Mário é um jogador intermitente. Portanto, a questão que acontece é que acho que há mais treinador, há mais ideia de jogo, há mais dimensão estratégica. E isto na maior parte dos jogos grandes. Porque o campeonato não é só estes jogos. Porque depois destes jogos que tu falas, jogos com o Rio Ave, mas o que é que vão ganhar-los? Todos. Mas há alguns tirais muito maus. Ok, mas ganhou-os. Recordas-te da cara do Rui Costa, por exemplo, no jogo no Estúdio, que vê-se que ganhou. Acho que há uma cara muito pior, que é a cara do Sérgio Conceição, depois de os perder. Depois de empatar no BES, com este Boa Vista, depois de perder em Eroca, num jogo fantasmagórico, empatar em casa com o Rio Ave, sofrer daquele gol que o Gil descente a acabar. Acho que a cara do Sérgio foi muito pior nesses jogos. Temos um Porto Vintage, no Dragão. Foi absolutamente esmagador perante o Benfica. Por que é que este futebol com o Porto não aparece mais vezes, José Pedro Marques? Pois, curioso, não é? Um jogo de grande dimensão, geralmente, consegues ver sempre o melhor Porto. Quando aqui hoje já foi dito que o Porto precisa e alimenta-se deste jogo, é mesmo verdade. Este tipo de jogos com grande ambiente, com grande dimensão. Já que nem está muito bem num jogo diferente, frente ao Arsenal. Sim, jogos grandes de grande dimensão. E claro, não se percebe. O curioso, o anormal, é o menor rendimento do Porto em jogos, teoricamente, mais fáceis. Com as aspas todas. O Porto tem dificuldade com equipas que jogam fechadas? É isso? Ou seja, o Porto sente-se mais confortável frente a equipas que jogam um jogo mais franco? Sim, um jogo pelo jogo. Penso que sim. Beneficia de espaço para jogar. Beneficia de aulas muito fortes, como Galeno e Francisco Conceição. E sim, a Arteta, por exemplo, queixou-se no jogo da Champions. Pensa que o Porto não quis jogar, ou aproveitou muito. Mas faz parte da estratégia, como dizia o Luís. É a dimensão estratégica do jogo. E aí Sérgio Conceição é muito forte nesse aspecto. E contra o Benfica verificou-se novamente essa parte estratégica, que foi claramente superior. E nestes jogos o Porto galvaniza-se e foi melhor. E nessa dimensão estratégica, em quatro dias, de quinta até domingo, Roger Smith leva dois banhos táticos. Um de Rubem Amorim e o outro de Sérgio Conceição. Ou se quisermos, meia dose de banho tático em Alvalade, na primeira parte, e uma dose de banho tático no Dragão. Sim, é verdade, em relação àquilo que foram as exibições nos dois jogos. Mas a questão, como te referi, não vou apenas afundilar para dois jogos a época toda do Benfica, como estamos aqui a falar. Tínhamos que analisar as coisas de uma forma macro e não tanto nos jogos em si. Embora exista um padrão comum nos grandes jogos... Eu já aqui falei de vários. Na primeira parte, elenquei aqui uma série de jogos que alguns até correram bem, em termos de resultado, ao Benfica, mas onde os sinais foram muito maus. Sim, mas uma coisa... Mas mostraste aí, com todo respeito, jogos diferentes, incomparáveis. Uma coisa é jogar em casa com o Rigoavo, no nosso campeonato, com o portugonense, com o Rigoavo. Enfim, os jogos que elencaste aí... Outra coisa é a dimensão internacional da Liga dos Campeões e os clássicos. Esses são os jogos onde se fala as verdades absolutas, como eu costumo dizer. Os outros são verdades relativas, porque a diferença entre os adversários é enorme. Ou era a menor dificuldade, ou que o Rigoavo jogou muito bem, mas quando, de repente, o Benfica tem as individualidades, pode decidir e pode acontecer isso noutro jogo. Eu percebo o que quer dizer, Luís, mas não seria normal que o Benfica conseguisse, num jogo, por exemplo, na Liga Europa, frente ao Toulouse, marcar uma diferença grande para o Toulouse, que não conseguiu marcar ao ponto de, no jogo em França, o Toulouse ter sido muito superior ao Benfica e de o Benfica ter tido uma certa, ou grande dose de felicidade para ter conseguido chegar aos oitavos de final da Liga Europa. Sim, devia ser, mas aí entra aquilo que eu disse sempre desde o início. Há uma identidade que o Benfica devia ter e não tem dentro daquilo que é o padrão de comportamento tático de uma equipa em relação aos jogadores que têm a seu dispor. Devia ter encontrado já, eu não digo 11 bases, mas os 5 bases em relação àquilo que é defesa, meio-campo e ataque. E não o tens, muito menos no corredor central. A questão de jogar a raça como segundo avançado desequilibra-te o corredor central, por exemplo. Isso nota-se nesses grandes jogos. Se não tendo essa identidade clara do 11 ou dos 5 bases que tu queres, tens de ter algo que é fundamental, dimensão estratégica. Tu tens qualidade, tens de ter agora a operacionalização dessa qualidade numa ideia de jogo ou numa estratégia para um jogo. E essa estratégia para o jogo é o que está a falhar nestes grandes jogos. Claramente, independentemente de depois ganhares ou perderes, empatares, porque há, naturalmente, tudo aquilo que é aleatório num jogo. E nesses jogos todos que disseste, mesmo com esse Peluso, que é uma boa equipa, pode estar em França a sofrer muito para não descer de divisão, mas a nível internacional ou a nível da dimensão que tu encontras num campeonato português é uma equipa acima do meio da tabela. É uma equipa daquelas que te cria dificuldades que não criam muitas equipas em Portugal. Até na forma de jogar, e depois o estímulo que tem de jogar numa competição europeia. O Benfica revelou essas insuficiências de preparação tática para esses jogos. Mas isso nasce desde o início da época nas opções e na falta de decisão em relação à estrutura base e além, como já falaste, da questão das escolhas, das contratações para as posições de laterais. Mas a Zé Pedro Marcos faz muito mais Sérgio Conceição com menos ovos. Ainda agora vimos na reabertura do mercado em janeiro o Flóculo do Porto contratou... Nestes jogos. Contratou apenas Otávio Ataíde. O Benfica contratou quatro jogadores no mercado de janeiro. Álvaro Carreras, Benjamin Rolleizer, Prestiani, Marcos Leonardo. Os quatro jogadores contratados pelo Benfica no mercado de janeiro. Ou seja, muitas armas à disposição de Roger Schmidt para tão pouco futebol. Ao contrário, por exemplo, com aquilo que Sérgio Conceição... Esta época nem é o melhor exemplo, mas neste grande jogo está a mostrar outra vez essa veia. Consegue fazer com menos ovos e ovos talvez de menor qualidade uma omelete melhor. Sim, retira melhor rendimento daquilo que tem à sua disposição. Mas atenção, as quatro contratações do Benfica que ele encaste são contratações de antecipação de cenário. Não creio que estejam a contar para serem já de caras a entrada, ok, para poder acrescentar ou ajudar, mas para serem lançados numa próxima temporada. Anteciparam cenários Rolleizer, foi assim, Benjamin... Já vês quanto é que o Benfica tem no banco de suplentes já em pontas de lança? Certo. De investimento. Tem muito dinheiro. Mas isso, como está provado muitas vezes, investimento não quer dizer golos. Não é? Seja aqui, seja no outro lado qualquer. Depois está aqui uma série de condicionantes que intervêm nisso mesmo. Se adapta, se não adapta, se tem característica. O Artur Cabral sempre marcou golos. O Artur Cabral marcou golos na Suíça, marcou golos na Fiorentina. Chega a este contexto competitivo diferente, num modelo de jogo diferente, a pedir missões diferentes e sentiu-se desconfortável. O que eu, por exemplo, não consegui compreender foi porquê que o Artur sai da equipa ou deixou de ser tão solução na equipa quando já estava... Ele falou sobre isso na conferência de imprensa da revisão a esta partida no Dragão. Sim, e nós estamos aqui... Ele diz que para ter ponta de lança do Benfica não chega a marcar golos. É preciso trabalhar, é preciso defender, é preciso pressionar, é preciso ser o primeiro elemento a pressionar, mas a questão que o Artur Cabral e, por exemplo, o Marcos Leonardo podem colocar ao Roger Schmidt é se todo esse raciocínio só é válido para a posição de ponta de lança. Não é válido só para a ponta de lança. E o modelo do Benfica, se olharmos à época passada, tinha muito mais gente a pressionar muito mais cedo e muito mais alto do que tem a capacidade deste ano para o fazer. Mas o Artur Cabral, quando estava a melhorar essa capacidade a entender-se melhor com o Rafa ou com os dois médios alas que tinha que fazer a zona de pressão, sai da equipa, deixa de ter tantos minutos. Portanto, esta instabilidade também, esta falta de decisão... Se nós nos lembrámos, ano passado, da equipa do Benfica, jogavam quase sempre os mesmos. Este ano a oscilação é muito maior. É certo que houve muito mais lesões também neste ano. Bá, nerds, muito tempo lesionados. Mas o que é certo é que, mesmo assim, a oscilação é muito maior do que propriamente foi o ano passado. E essa instabilidade também traz mecanismos, traz automatismos, traz outro tipo de confiança. Luís, o futebol, o futebol do Porto e o Sporting é que não têm qualquer culpa disto, destes equívocos todos do Benfica e desta produção fraca da equipa do Benfica. A Roja Schmidt não conseguiu colocar a equipa a jogar bem e o Sporting para a taça e o Porto para o campeonato foram muito superiores. Sim, é verdade. O Porto ontem faz uma grande exibição e já falei na questão da dimensão estratégica que a equipa teve no jogo. Mas o professor de concepção lamentava-se no fim de que a equipa não tivesse o mesmo comportamento. Os jogadores também não terem o mesmo comportamento noutros jogos. Essa é uma grande questão para o Porto nesta época. Porque o Porto dá 5 a 0 ao Benfica... Mas está a 6 pontos. Exatamente. Está a 6 pontos do Benfica que está em 2º. E a 7 do Sporting que está em 1º pode ficar a 10 se o Sporting ganhar o jogo em atraso em Famalicão. Exato. E esta vitória tirou o Porto o braga de cima que estava com os mesmos pontos no 3º lugar. Também podemos analisar este jogo com o Benfica em relação à época do Porto mas há muitas coisas a analisar em relação à época do Porto nestes tais jogos em que o Porto perdeu o campeonato. Ou perdeu as hipóteses de lutar pelo campeonato de uma forma clara em termos de... Acho que o Porto já não vai lá em termos de hipóteses de chegar ao título. É muito difícil em relação à distância pontual. Agora vai tentar encurtar o máximo que pode. E pelo menos tentar chegar ao 2º lugar. Sim. A questão do 2º lugar também é importante. Sabemos bem o que é a Liga dos Campeões em relação à questão desportiva e financeira. Sobretudo financeira para os clubes embora a Liga dos Campeões agora o 2º lugar dá play-off. Sim. Agora a Champions vai ser uma coisa diferente. Mas isso é outro assunto. E portanto, o Porto não encontrou a melhor forma de equilibrar a equipa para a maior parte destes jogos que tu referiste. O Porto em 4 jogos ganhou o jogo apenas ao estrado da Amadora e fez um ponto apenas. Fez dois pontos. Liga a Vigília e perde em Iroque. É um jogo de uma sucessão de erros tremendo. Faz 5 pontos nesses 4 jogos. E antes já tinha empatado no Bessa pouco antes. Portanto, deita fora praticamente o campeonato nessas exibições. Agora, chega a estes jogos e o melhor que podia acontecer ao Porto era encontrar estes jogos. Porque os jogos são feitos à medida estratégica. É diferente. E aí o Sérgio tira o melhor da equipa. Agora, por que é que ele não tira o melhor para a regularidade que está a longo da época? É uma questão de ser colocada. Estava incapaz de respondê-la e havia essa frustração dele. Ontem havia um Sérgio que depois de ganhar 5 a 0 ao Benfica sem fazer aqui uma análise psicológica e não técnica mas olhava para ele e pensava na cabeça dele está eu ganhei 5 a 0 mas estou a 6 pontos como é que é possível? Com esta equipa, com esta possibilidade estar a perder as hipóteses nesta época em termos de campeonato. E isso eu acho que é algo que o Porto tem que o Porto, a sua estrutura, o seu treinador refletir porque é verdade que tem alguns argumentos sim, tem mas nota-se que não pode ser só uma equipa de estratégia. A identidade tem de ser mais forte. Vocês pensam que o facto do Benfica ter jogado na quinta-feira em Alvalade frente ao Sporting. É verdade que o futebol do Porto também jogou na quinta-feira nos Açores um jogo que estava em atraso uma hora de um jogo que estava em atraso frente ao Santa Clara também no espaço de Portugal mas num jogo claramente de um grau de dificuldade completamente diferente. O Benfica ter jogado o jogo frente ao Sporting e 3 dias depois jogar o clássico no Dragão. Isso pode ter pesado na equipa do Benfica? Zé Pedro agora começa por ti. Sinceramente penso que sim. Pela carga de jogo com todo o respeito que nos merece o Santa Clara não é a mesma coisa jogar nos Açores e jogar em Alvalade com toda a carga e toda a responsabilidade é um derby. A exigência física e emocional a concentração, tudo o que tens. E se tu reparares o Benfica em Alvalade consegue com a quebra física do Sporting na segunda parte, consegue ter ali estar por cima do jogo no jogo de ontem não viste essa resposta física sequer física do Benfica a tentar nivelar ou igualar a intensidade que o Porto punha no jogo. E claro que é a diferença e teve também o seu acordo. Mas em Alvalade também anotaste na segunda parte? Sim, sem dúvida, porque o Sporting na primeira parte foi muito intenso. Também muito pela dimensão física pôs muita intensidade, muita pressão, não deixava mas depois pagou na segunda parte e atenção que ali o momento daquele golo se não é no lado do Di Maria o jogo podia ter outro tipo de contorno porque eu vi alguma instabilidade se esse golo tem sido validado, se esse golo conta o Benfica ainda poderia ganhar esse jogo? Eu não sei se poderia ganhar ou não mas o jogo podia ter contornos diferentes porque emocionalmente o Benfica ficaria melhor e fisicamente estava claramente melhor que o Sporting. Ontem não consigo dar essa resposta para além de tática estratégica, física também não. Luís, esta questão de proximidade de dois jogos frente a rivais em quatro dias. Tem alguma influência dentro daquilo que é o rendimento do Benfica. Pode ter na qualidade não digo na qualidade em si mas no rendimento físico sim que tem um transferto naturalmente para a questão tática e técnica. Longe de ser decisiva acaba por ser muito com o decorrer do jogo não se torna mais evidente mas repito que acima disso há aqui um problema conceptual em relação à identidade do Benfica que depois impede que haja uma estratégia clara. Eu acho que estamos numa fase da época já estamos no último terço não será que é o momento em que se vêm inventar coisas novas nas equipas por isso digo que isto já é algo são sinais que vêm desde o início da época e as equipas estão eu diria que o Benfica está a dar para o bem e para o mal está a corresponder àquilo que tinha sido a nossa previsão, a nossa análise o caso do Sporting é a mesma coisa a equipa que me parece de facto mais problemática de analisar é o Porto eu sei que estou a falar isto depois de um 5-0 as pessoas podem achar estranho mas a verdade é que é uma equipa que é difícil entender a alternância de rendimento desta equipa do Porto. Eu sei que o Porto tem passado momentos difíceis, momentos complicados em definição, a sua estrutura as eleições, tudo isso não me parece que esteja a afetar o Balneário acho que os jogadores são pouco imunes a isso não são imunes, não são muito sensíveis uma parte deles estão aqui no Porto a época passada estavam na Argentina e depois daqui a um ano se calhar estão no Dubai não me parece que já seja como antes em que se sentia e acho que tem um treinador que sabe de facto trabalhar esses aspectos mas aquilo que nunca e o Sérgio sempre foi um treinador que tirou o melhor dos jogadores que tu imaginavas até que já não podiam dar mais ao longo destas épocas que tem estado no Porto e esta época não o estar a conseguir e a deixar cair alguns, que até foram contratações o Navarro, o Deca de Carmo muitos é aí que me torna mais me deixa mais mais perplexo em relação àquilo que o Porto devia ser Luís tu falaste aí em não inventar nesta fase crucial no último terço do campeonato não é a altura para inventar e falaste também em assuntos laterais ou coisas que não são absolutamente decisivas mas que podem ter influência neste momento sim que influi que sentido faz uma equipa viajar no dia do jogo para o Porto, de Lisboa para o Porto no dia do jogo sem fazer estágio viajar de autocarro no dia do jogo fazer 300 e tal quilómetros que sentido é que isto faz na tua cabeça? na minha cabeça não faz sentido nenhum, é evidente que isto não marca golos nem muda a tática de 4-4-2 nem tira o Di Maria nem mete o Di Maria a defender se ele viesse de avião mas pode retirar concentração aos jogadores eu acho que olhando sobretudo o contexto, ter jogado o jogo com o Sporting esse derby na quinta-feira, portanto o desgaste que existia uma viagem de avião no sábado era a melhor ideia eu concordo, são pormenores que passam a ser pormaiores, na minha opinião não sei o que aconteceu, não sei qual é a opção também não sou fisiologista com certeza passar com os dados todos eu penso que o Roger Schmidt a única coisa que eu aqui procuro entender o porquê, ele terá privilegiado o facto dos jogadores ficarem mais tempo com a família sim, também pode ser por aí mas tanto com a família, eu percebo esse lado mas o jogador acaba por não estar absolutamente concentrado naquilo que é essencial para a equipa que é um jogo deste importante, ou não? sim, é por isso que eu digo que um treinador não joga dois jogos ao mesmo tempo, mas tem que pensar em dois jogos ao mesmo tempo um jogo e outro tem que ser preparados ao mesmo tempo e nesse contexto acho que entrava essa raciocínio que estamos a fazer eu sei que a família é importante mas não me parece que seja a melhor forma de preparar não é isso que eu acho que seja decisivo por tudo isto que está a acontecer vocês pensam que para esta época, talvez não a menos que o Benfica entrasse numa derrapagem total mas pode estar em causa o lugar de Roger Schmidt no Benfica ele tem contrato até 2026? neste momento, na minha opinião, não agora? não estou a dizer agora a menos que o clube entrasse aqui numa derrapagem total agora nos próximos jogos o Benfica levou 5-0 o Benfica levou mas está na luta pelo campeonato apesar de tudo o que estamos a dizer o ponto pode ser 2 ou 4 ou um ponto na mesma depende do resultado neste momento a realidade está um ponto, está no intervalo de uma meia final da taça de Portugal e vai jogar com o Rangers uma eliminatória da Liga Europa nós estamos aqui nesta altura imaginemos este cenário, o Benfica ganha os jogos está dentro de tudo das decisões todas vai-se jogar muito, com certeza, neste terço final muito do futuro do Roger Schmidt, claro que se vai jogar aqui, porque há insatisfação nas opções do Benfica é verificável agora vamos ver é prematuro, na minha opinião, estar a falar nisso Luís, é especulativo mas muitos sócios do Benfica já repararam nisso e não é tão frequente quanto isso José Mourinho duas vezes nas bancadas dos Estados Unidos quatro jogos e vai a Alvalade também ver o Benfica não sei não faço ideia é um exercício tremendo já ele ultrapassar acho que o Mourinho gosta muito de futebol e também estava a ver o Benfica de Soares em 13 tirando isso sempre na luz e uma vez em Alvalade quando lá jogou o Benfica havia como enorme satisfação que iria ver o Mourinho, não é gostando dele para o Benfica voltar para falar português gostaria imenso que ele voltasse a falar português e que um dia fosse selecionador nacional até por ser porque eu acho que já te disse o selecionador nacional deve ser português não é isso uma opinião minha vale o que vale, respeite quem pense o contrário agora eu acho que José Mourinho ainda tem margem de ter outros patamares competitivos em grandes campeonatos que lhe permita sobretudo uma luta pela Liga dos Campeões e espero que seja ele que seja esse o seu destino na próxima época não ligo uma coisa a outra em relação à questão do Roger Schmidt acho que sim, a avaliação será feita no final da época claro que os resultados têm sempre um peso enorme não há nada a fazer em termos de conquista ou não de títulos mas acredito que para o Rui Costa a estrutura de futebol a avaliação de tudo aquilo que é o balneário o controle balneário os sinais que já haviam sido usados o resultado que acontece aqui no Dragão mas também tudo aquilo que são os jogos seguintes tudo isso será avaliado talvez aquele momento não digo prematuro mas talvez um pouco extemporâneo foi a renovação a meio da época passada Rui Costa estará arrependido? eu acho que pode estar arrependido de uma coisa que foi ter sido levada um pouco naquela onda já se fazia uma coisa e está aqui hoje todos os programas para as pessoas irem puxar atrás espero que em breve regresse o podcast muitos, muitos, muitos ouvintes pedem que o podcast regresse é uma questão técnica que está a ser resolvida penso eu mas está aí o arquivo para ir buscar quando se comparava o Schmidt com o Eriksson o nível de impacto que tinha tido no futebol português eu achava uma coisa completamente sem sentido nenhum o Eriksson tinha revolucionado o Benfica e o futebol português nos anos 80 estávamos em 2000, agora em 2022 não havia ponto de contacto nenhum nenhum mas no meio dessa quer dizer loucura no meio dessa análise desfuncional levou à sua renovação havia resultados? havia resultados havia resultados havia resultados havia os finais completamente diferentes é verdade se uma coisa levou a essa renovação tão extemporanea não sei se agora pode levar a não continuidade mas neste momento está tudo em aberto uma coisa é a conquista de resultados e de títulos outra é o trabalho do treinador na final da época José Pedro também olhaste para essa presença de José Mourinho nas bancadas do Estado da Luz nos camarotes do Estado da Luz a ver os jogos do Benfica de uma forma assim mais benigna não é benigna cada um queria ter uma interpretação também não era maligna claro, claro vi com naturalidade alguém que gosta de futebol que gosta de ver futebol e nada mais do que isso com certeza eu acho que no futebol e hoje em dia cada vez mais futebol é aquele cliché é o momento, é o resultado é aquilo que eu costumo dizer as estruturas profissionais têm sempre, sempre que ter um plano B hoje as coisas estão a correr muito bem isto muda tudo muito rápido e o plano B poderá ser o plano B? chamar o plano B a José Mourinho? mas a alternativa se as coisas correrem mal com o Schmidt o Rui Costa poderá apostar em José Mourinho? o Rui Costa poderá apostar em qualquer treinador que entender, José Mourinho estando livre é mais uma solução que pode estar no mercado depois José Mourinho quer ou não mas isso é um exercício de futurismo tremendo nesta altura e haverá tempo para isso o Sporting viu este clássico no sofá depois de ganhar ao Ferenc por 3-2 esteve a ganhar por 2-0 parecia que ia construir ali uma goleada mas o Ferenc conseguiu empatar o jogo e depois o Sporting logo a seguir faz o 3-2 logo a seguir é muito importante porque se aquilo demorar ali um bocadinho mais o jogo poderia complicar-se para o Sporting quando menos se espera pode aparecer uma surpresa pode, mas é uma questão aqui no Sporting que é importante este jogo era um dos tais jogos que o Sporting parecia que também vem de um derby vem de um jogo muito exigente isso nota-se no jogo seguinte chegou a ser da vantagem faz o 2-0, o jogo parece estar confortável e de repente não está faz 2-0 como faz contra o Benfica faz 2-0 e depois o Benfica faz 2-2, só que aqui o Ferenc fez mesmo 2-2 fez, só que a questão aqui que eu acho importante em relação ao Sporting vale a pena ter a comparar com outras equipas do Sporting no passado mas marca a diferença é a reação à adversidade porque muitas vezes um Sporting que sofria dois golos em casa para estar a ganhar por 2-0 a equipa caia um bocado tremia, entrava numa depressão num nervosismo numa ansiedade, os adeptos também entravam logo ali também num pânico e sentia-se logo numa atmosfera, num estado completamente diferente desde os adeptos e sobretudo a equipa em campo, o que visto foi o contrário foi uma equipa a reagir rapidamente em qualidade, em intensidade de jogo e a chegar ao 2-1 numa jogada muito bem construída, portanto a reação à adversidade é muito forte e muitas vezes os campeões são feitos assim nessa reação à adversidade e o Sporting rapidamente chegou ao 2-1 ao 3-2, perdão não deixou o forense fortejar taticamente o 2-2 digamos assim e a partir daí conseguiu, num jogo em que se sentiu-se também há pouco faladas nisso a questão física também do Sporting também a questão, depois ali a troca do Morita a entrada do Morita fundamental a saída do Yulman e o Zanitta já estava a acusar um pouco o Daniel Bragança estava a acusar um pouco o desgaste, embora tenha feito um excelente jogo, numa posição ou melhor, numa missão diferente e o Ruben Amorim tocou bem no aspecto. O Ruben Amorim de facto marca uma diferença na questão dos treinadores porque ele próprio dizia eu estava a lhe a pedir coisas que não podia ser eu estava a lhe a pedir para ele ser quase o Mateus Nunes a jogar no corredor central e às vezes a equipar à direita como fazia o Mateus Nunes e o Dani não faz isso, o Daniel Bragança o Daniel Bragança às vezes o corredor central pode depois correr bem chegar à frente e ser um 10 como no gol que marcou, não pode jogar dentro, meio, fora faixa. O jogador que mais pode fazer isso, não sei se vocês concordam no suporting, esse papel do Mateus Nunes é este jogador que o suporting contratou ao Estoril. Sim, mas ainda está um pouco o contrário sim está um pouco indefinido neste momento mas tem algumas coisas porque ele consegue fazer isto que o Luís estava a dizer este tal jogo de transportar a bola, fazer com que a equipa e depois meio direita porque ele queria, o Romano que era muito um jogador como o Mateus fazia que também jogasse largura e o Daniel Bragança nisso não pode tentar mas acho que desgasta-se nisso Daniel mais toque e apoio, muito mais rasgar e romper linhas. É o grande candidato ao título este suporting, a 10 jornadas do fim para o suporting, 11 jornadas para o fim é o grande candidato. Sim, vai à frente não só por ir à frente, sim joga melhor, é o melhor nível exibicional de longe neste momento. Sim, concordo o que não quer dizer que não perca jogos viste o jogo no Rio Ave a equipa esteve ali perto e o perdeu e mesmo agora com o Ferenc, serve tempo a tarde claro, mas isso faz parte mas como disse o Luís e bem, a equipa 2-2 joga e acelera serve bem o Pop, faz golo e depois a entrada do Maurita para mim fundamental para voltar a ter bola e voltar a ter intensidade que é o suporting que precisa ter nos jogos. E mais um gol do Iacres sim, é pôr lá na frente e ele faz a diferença, tem feito, é um finalizador não está a dar hipótese a ninguém. Este aí tem quebra um pouco, bastante, é o Edward e o Trincão agora voltou porque ele teve ali aquela lesão porque é um jogador importante que o suporting tem na parte final da época e o Trincão vinha a ser uma peça muito importante uma forma, muito boa forma talvez até o melhor Trincão que vimos com a camisola do suporting, concordo sim, até mesmo o melhor Trincão que já havia até agora. O Trincão foi um jogador também um bocadinho à parte, quiseram que vestissem uma camisola à força, que era muito grande era o camisola do Barcelona quando ele devia ter crescido de forma natural dentro do processo Qualidade sempre lá esteve Estava no Braga e estava bem a crescer de repente metem-no no Barcelona, não deu depois claro, na Paula Obrampton quem é que não vai para a Paula Obrampton hoje em dia dentro deste contexto andou lá a ver as coisas mas percebeu-se também que não era bem assim o crescimento não era este adulteraram-lhe completamente o crescimento podiam ter-lhe matado a carreira ou pelo menos pôs-lhe a carreira de pernas para o ar podia-se perder, em termos do nível que pode atingir encontrou o suporting demorou tempo e agora finalmente está-se a encontrar mas vê lá como o futebol dos negócios ia triturando este jogador ganhei menos ganhei menos comissões e trabalhei melhor Sporting e Benfica têm jogos europeus esta semana o Sporting na quarta-feira em Alvalade frente à Atalanta para a Liga Europa Benfica também para a Liga Europa na quinta-feira no Estado da Luz frente ao Rangers equipas muito diferentes no caminho das duas formações portuguesas Atalanta e Rangers Atalanta que conhecerá muito bem o Sporting e o Sporting conhecerá muito bem a Atalanta partindo de esquema tático muito parecido com esquemas táticos parecidos dinâmicas ali um pouco diferentes mas um jogo interessantíssimo taticamente no Benfica com o Rangers não se pense que este Rangers é uma equipa daquele futebol tipicamente escojez já não é põe intensidade quando é preciso estica com certeza no seu avançado mas tenta ligar o jogo já joga um futebol mais ligado entre setores no corredor mas já não é aquele típico britânico de bater só bola na frente já tem outro tipo de futebol mas uma coisa curiosa no campeonato escojez tem dois jogos curiosamente perdeu agora em casa o Maduro o Rangers acaba por perder também o Celtic os dois rivais mas são aqueles jogos Celtic, Rangers, Rangers, Celtic pode haver ali mais mas é uma equipa boa que vai causar problemas vai causar problemas ao Benfica é uma boa equipa, uma equipa de 4-3-3 um bom avançado DSR holandês, bom jogador bom meio campo, Karskino, Lundström o Diomandei que entrou bem uma equipa que joga bem o Taverniers é uma referência daquela equipa aquela linha de 4 já joga junto há muito tempo, as 4 defesas é um adversário difícil para o Benfica o Álvaro Jaló para o Atlético de Bilbao mais um negócio do Sporting de Braga 15 milhões de euros mais 5,5 por objetivos o negócio pode chegar aos 20,5 milhões de euros um negócio que só será efetivado a ida do Álvaro Jaló para o Atlético de Bilbao só acontecerá na próxima temporada o Braga é um clube que potencia os jogadores vende e compra mais claro que o projeto desportivo queria ter uma maior consistência em continuidade mas é natural que o crescimento do Braga também é feito desta forma claro que isto depois tem custos em relação a fazer uma equipa mas eu acho que é um excelente negócio para o Braga e para o jogador e para onde quer porque era o grande desejo dele ele cresceu lá curiosamente eu há pouco falava com ele ele só fez testes na Real Sociedade não foi fazer testes ao Bilbao depois foi jogar lá em equipas pequenas fez testes em Portugal, no Benfica e no Sporting e a sorte foi um scout do Sporting ter ido para o Braga e ter dito olha está lá um miúdo treinando no Sporting é engraçado, ele já estava em Bilbao outra vez e de repente o Braga chama-o para ir lá e foi assim e é um jogador interessantíssimo e é um jogador que teria claramente qualidade para estar no plantel de um dos três maiores clubes portugueses. Sim, cresceu muito durante a temporada eu diria nesta altura uma peça fundamental no Sporting de Braga, na frente ofensiva, vai crescer ainda mais, ainda tem margem para progredir no seu futebol, mas já apresenta características muito fortes no um para um, na velocidade o repentismo a fantasia que tem, o não ter medo de assumir e ir para cima do adversário e depois não é um... E tem gol, é isso, é um bom finalizador bate bem na bola, tem baliza, portanto uma boa contratação para o Bilbao e um bom negócio para o Sporting Estamos mesmo na reta final do nosso programa Luís, o Moreno vai aguentar-se no desportivo de Chaves? A questão é, mas os Chaves aguentaram-se na primeira liga, portanto se isso passa ou não pela mudança de treinador neste momento da época, faltando 10 jogos e os sinais que o Chaves tem dado dentro daquilo que é a lei do futebol seria o mais natural, a equipa tem que jogar mais pelos jogadores que tem, eu acho que esta estrutura de 3 centrais que o Chaves insiste não faz muito sentido acho que a equipa devia mudar taticamente se isso implica mudar de treinador, é outra coisa porque o Moreno acho que já devia ter mudado de tática ele próprio levar 5 em casa do Oroco, um Oroco que está está a jogar muito 5-1 e até esteve a ganhar um 0 sim, esteve a ganhar um 0 o Chaves esteve a ganhar um bom gol do Rafael Guzo, fora da área mas depois o Oroco foi claramente melhor e amassou claramente os atletas e o Jason sim e o David Simão mas estes 3 espanhóis do ataque são teríveis Cristo González e Rafa Morrica muito bem o Oroco nesta época sim, muita qualidade vamos ver já não são também muito jovens, mas são jogadores que ainda podem ter um futuro em equipe brasileira sem dúvida, o Cristo é um jogador está a ver a promoção Real Madrid embora depois não tenha conseguido fixar-se a um mais alto nível 26 para 27 ali por outubro vamos ver se é um jogador que pode num futebol português tu gostas mais do Cristo González, de todos o teu preferido é o Cristo González acho que o Cristo pode ser um avançado moderno ele pode ser um 9, um falso 9, um aula com um segundo avançado em qualquer lado onde está ele dá uma sensação de perigo sim, sem dúvida e é muito bom também no 1 para 1 e o Rafa Morrica tem golos tem golo e curiosamente fui acompanhando lá o futebol e tive a oportunidade de ver o Porto Aroca com o Cristo aqui no Dragão isto partiu a louça aqui no estado do Dragão e depois claro acompanhei com mais atenção a partir desse jogo e claramente um jogador acima da média, tem perfume a bola sai sempre redondinha, já sabe o que vai fazer a bola, é o tipo de jogador que se olha para ele antes de receber ele já olhou, já viu o campo mas além dessa qualidade determinada, além dessa qualidade individual que o Aroca tem é o trabalho do treinador sem dúvida, acho que não tirar pelo menos algum valor ao Daniel Ramos começou na época, foi difícil começou ali naquelas pré-eliminatórias é um desgaste tremendo a equipa pré-eliminatória da Liga Conferência e depois pagou um pouco a fatura no início mas a verdade é que depois perdeu um pouco ali o condutor tático da equipa e o Daniel Sousa está a fazer um grande trabalho e ficamos por aqui Zé Pedro Marques, muito obrigado protegendo mais uma vez ao Visão de Jogo fica mais uma vez também o nosso abraço forte e apertado para o Vitor Santos Luís Freitas Lobo é aqui um lugar cativo no Visão de Jogo nos vemos na próxima segunda-feira para mais um Visão de Jogo é fundamental ver o jogo. Um abraço e até para a semana.

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