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"Sporting confirmou-se como melhor equipa e com melhor treinador"
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"Sporting confirmou-se como melhor equipa e com melhor treinador"
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"Sporting confirmou-se como melhor equipa e com melhor treinador"
In the recent derby between Sporting and Benfica, Sporting won 2-1 and secured the title. The games were balanced, with both teams having chances. Benfica showed improvement but it may have been too late. Sporting struggled with Benfica's pressure and relied on individual moments. Ruben Amorim's tactical changes made a difference. The results could have been different, but Sporting proved to be the better team overall. Schmidt's substitutions were questionable, made too late. Sporting had a more effective coach. Música Boa tarde, estamos em visão de jogo, houve derby na 28ª jornada do campeonato, o Sporting bateu Benfica por 2-1 e ficou com o título na mão. Seria preciso agora um golpe de teatro para os Leões perderem este campeonato. Quanto ao jogo de sábado, foi equilibrado e, na minha leitura, o empate espelhava melhor aquilo que se passou no relevado. Concordas, Jorge Meia? Começamos por ti. Concordo que foi um jogo equilibrado. Já o jogo da Taça tinha sido um jogo equilibrado, esse com um empate a espelhar esse equilíbrio. E, no fundo, o jogo do campeonato também correu mais ou menos pelos mesmos moldes, apesar das alterações que o Rubem Mori introduziu na equipa. Apesar de tudo, o Benfica conseguiu, tal como tinha conseguido no jogo da Taça na Luz, conseguiu também a alva de equilibrar o jogo, conseguiu criar oportunidades suficientes para conseguir outro resultado para o Benfica também. Um Benfica melhor do que aquilo que vinha jogando? Sem dúvida. Talvez um pouco tarde demais para o seu próprio bem, mas um Benfica surpreendente no sentido daquilo que eram as expectativas que creio que todos tínhamos para ele. E, se calhar, um Sporting ligeiramente abaixo das expectativas que tínhamos para o Sporting. Se por um lado o Benfica mostrou essa capacidade para comprometer a saída de bola do Sporting, para pressionar alto, para complicar muito a circulação de bola do Sporting, foi de alguma forma surpreendente ver o Sporting tão limitado no seu estilo de jogo mais normal, e mais habitual, a sentir dificuldades para sair, a sentir essa pressão do Benfica. E, curiosamente, se calhar, a viver mais de rasgos o Sporting, de rasgos também individuais, quando isso é uma imagem de marca do Benfica. Parece-me que também houve um pouco isso. O que é certo é que o Sporting sai destes dois derbis com os objetivos do Sporting naturalmente alcançados. É verdade. Os dois jogos em que o Sporting foi menos assertivo em relação ao Benfica, nos dois primeiros jogos, mesmo no que perdeu, o Sporting jogou melhor. Falas do jogo do campeonato da primeira volta. Mesmo com menos um, o Sporting chegou a ter o jogo controlado, mais quando teve o 11 contra o 11. E, de repente, nestes dois jogos, foram os dois jogos que me parece que ao Sporting não correram tão bem, não correram tão bem, consegue ter os resultados que precisava. O empate na taça e a vitória no campeonato, mesmo em cima do apito final. Acho que houve algumas dificuldades que se perceberam na forma de saída do Sporting. Especialmente, e porque estou aqui a tentar analisar os dois jogos ao mesmo tempo, acho que no jogo da taça houve claramente dificuldades no lado direito com o Diomande e o Esgaio, que depois foram corrigidas com a entrada do Sancho. Foram corrigidas nessa altura, mas claramente levaram o Sporting a ter uma saída que não queria ter e a sentir-se desconfortável no jogo, pelo menos até o intervalo. E, não por acaso, o Rubem Amorim não esperou mais para fazer essas mudanças e para devolver um pouco dessa tranquilidade que é importante na zona de saída dos centrais. Luís, o Roger Schmidt apostou na mesma equipa que tinha desfrontado o Sporting para a taça de Portugal e o Rubem Amorim fez cinco alterações entre o jogo da taça, da segunda mão das meias finais da taça de Portugal e este jogo muito importante para o campeonato. E o que é certo é que as coisas correram bem ao Sporting e, em termos de resultado, não correram bem ao Benfica nem num jogo nem no outro. Sim, em primeiro lugar, boa tarde, um grande abraço a todos. Sim, uma coisa é o resultado, outra coisa é o jogo. Em função disso, o resultado dos dois jogos sim, poderia eventualmente ser diferente. Podia ter sido um empate agora no campeonato, como talvez na taça o Benfica tivesse estado mais perto de ganhar, sobretudo por aquilo que fez na primeira parte. Portanto, os resultados podiam ser diferentes, sim. Agora, aquilo que foi o jogo, eu penso que, ou os dois jogos, foram muito determinados pelo facto do Sporting entrar em vantagem. Isto é, a vantagem de que no jogo da taça levava a vantagem da primeira mão e, no campeonato, mesmo querendo ganhar, levava a vantagem de poder empatar o jogo e manter-se em primeiro lugar e, com a hipótese ainda de com o jogo em atraso, aumentava quatro pontos. Eu penso que este ponto de partida, de abordagem que os dois treinadores tinham, marcou logo a diferença à partida. E, se juntarmos a isso aquilo que é a diferença à chegada, e à chegada tem a ver com tudo aquilo que passou no decorrer dos dois jogos, o Sporting confirmou-se, na minha opinião, com a melhor equipa e com o melhor treinador. Porque aquilo que tu dizias do fazer alterações, o Sporting e manter a mesma equipa, o Benfica, não é que revela falta de coerência em relação a um ou em relação ao outro. Revela, na minha opinião, mais perspicácia de perceber que os dois jogos necessitavam de coisas diferentes. E alterações então mais significativas nem são aquelas com que se começa o jogo, mas são aquelas que se fazem durante o jogo. E, no decorrer dos dois jogos, Rubin Amorim mexeu no jogo da taça logo ao intervalo e, mudando completamente a equipa, mudou a defesa praticamente toda, só um elemento da defesa, entre aspas, dois elementos do setor recuado. Aquilo não são defesas. Basta ver como o Génia Catano decidiu o clássico, o derby, em dois golos. É um derby que também é clássico. Sim, exatamente. E, no jogo agora do campeonato, foi o treinador que, quando percebeu que, a meio da segunda parte, o jogo podia ir para um lado ou para o outro, e o Benfica teve aí o seu momento no jogo, diria, em que o Sporting encolheu um pouco mais, o Benfica cresceu mais, quem mexeu foi Rubin Amorim, sobretudo na entrada do Daniel Bragança, como antes já tinha feito, com a questão do Diomandé, depois, perdão, mais à frente. A saída do Gonçalo Inácio e a entrada do Diomandé. Sim. Antes eu estava a me referir, no jogo do campeonato, na questão da mexer os centrais, um deles que se manteve para o jogo do campeonato, que foi o Santos Viste, porque foi importante no lado direito. Acho que é um jogador que pode fazer apenas 10 jogos por ano, mas fez os dois jogos mais importantes e foi decisivo nos dois jogos mais importantes. Podemos entrar aqui também em mais detalhes do jogo, mas esta é a primeira análise que eu faço, do ponto de vista macro dos dois jogos, mas mais em particular do jogo do campeonato, porque é aquele que está mais recente e penso que é mais importante analisar agora, e que revela no fundo também aquilo que eu acho, é que o Sporting é a melhor equipa, do ponto de vista de coerência de ideias de jogo, desde o início, não estou a falar do sistema, estou a falar do modelo de jogo, embora o sistema também tenha a sua importância, as escolhas que tem para os jogadores interpretarem as diferentes posições, a forma como mexe, Daniel Bragaça ou Maurita, como a Mourinho disse que sentiu o Maurita nervoso e por isso errou alguns passos, sensibilidade também mental para aquilo que possa ser o transferto tático de alguns jogadores. Daniel Bragaça entrou muito bem. Muito bem, aí está, por isso mesmo que te refiro a esta alteração, que é feita no momento certo, é o transferto a jogar durante o jogo, coisa que não vemos em Schmidt, jogar durante o jogo, vemos o plano inicial, depois não vemos o transferto a jogar, praticamente durante o jogo todo, e também depois aquilo que o Rubino Mourinho faz de perceber as diferenças que podia fazer de um jogo para o outro um jogador como o Pote. Eu imaginava de início, já escrevi sobre isso, que o Paulinho talvez até fosse mais importante neste jogo do campeonato, perceber melhor a bola, interpretar melhor, depois melhor a posição 9 para aparecer, mas o Rubino Mourinho percebeu que eram jogos diferentes e ele começou o jogo da taça e jogou com o Pote numa posição, e com isto termino a minha primeira intervenção, numa movimentação muito difícil de marcar, que é jogar em largura e buscar muito a faixa esquerda, e isso de facto confunde completamente as marcações adversárias. Tu podes dizer que aquele golo ao primeiro minuto aparece sem o jogo ter começado, não revela ainda nenhuma tendência, são golos que aparecem do nada, não. Aquilo aparece já de uma movimentação pensada, o Benfica não estava a esfargar os olhos, digamos assim, e foi surpreendido por aquela movimentação que deu logo vantagem ao Sporting. Posso tirar a conclusão de que, na tua opinião, o Sporting tem mais treinador que o Benfica? Claramente, muito mais treinador que o Benfica. No início dos jogos, no decorrer dos jogos. Surto no decorrer dos jogos. E isso, claro, reflete depois que no fim também eu tenho. Concordas com esta análise, Jorge Meia? Sim, concordo, é inevitável concordar com essa análise, por tudo o que se viu nestes dois jogos, e por tudo o que tem havido ao longo da temporada. Não deixa de ser... É quase obrigatório falar daquelas substituições do Roger Schmidt aos 93 minutos após sofrer o golo, e perceber que há alguma desconfiança em relação às soluções que tem no banco. Ele continua a fazer as alterações muito tarde, muito perto dos 90 minutos, ou até já para além dos 90 minutos. Sim. E os anteriores um pouco inconsequentes. Sim. O Dr. Cabral, pelo Tengsted... Nada que mule o jogo, é apenas dar uma limitação. Aliás, isto é uma opinião, mas durante uma parte, já na parte final da segunda parte do jogo, apareceu-me que o Rafa estava claramente em perda. O Rafa quase não esteve. Exatamente. E acho que... Estranhamente, sim. Estranho de teres um jogador como Cocos, que curtou, curtou, nós todos sabemos, mas também que tem a qualidade que nós todos sabemos que tem, não ser uma hipótese, a não ser aos 93 minutos, com pouquíssimas hipóteses de mexer com o que seja no jogo. É essa a questão, desculpa, João. É isso que eu referia, o que o Jorge está a tocar, é jogar durante o jogo. Um treinador tem três jogos que eu digo sempre que joga. O jogo imaginado, antes, em que faz o seu plano, o jogo no seu decorrer, em que pode jogar e intervir, mexendo na equipa. Às vezes é que tem que jogar muito, às vezes é que não precisa jogar nada. Estes jogos precisavam que o treinador jogasse muito. A Rubina Mourinho jogou, e jogou bem. O Roger Schmidt não jogou. E, portanto, a partir daí, até perde pela inércia e depois o jogo é que fica a pensar o terceiro jogo naquilo que poderia ter feito ou não ter feito. E acho que esse aí tirou-se a Roger Schmidt e deixa a dormir descansada a Rubina Mourinho. E aposta no caso para a Tankstead. Temos aqui falado muitas vezes, percebemos o objetivo do Roger Schmidt, na perspectiva de ter um ponta-de-lança que trabalhe muito. E ele já disse que, para ser ponta-de-lança de Benfica, não chega a marcar golos, mas também é importante marcar golos. E o caso para a Tankstead, vê-se aflito para marcar um golo. E não é só nisso. Não se vê aflito só nisso. Vê-se aflito em vários aspectos técnicos do jogo. Tiveram outras medidas para marcar golos. Também se colocava essa questão em relação ao Paulinho, no Sporting. Também não era só para marcar golos. A Rubina Mourinho também dava a mesma resposta. Mas havia quem aparecesse para fazer esses golos. A equipa estava pensada, exatamente, para ter um 9, que fosse também de apoio. No Benfica, a equipa não estava montada para ter um 9 de apoio. Estava pensada para ter um 9 mesmo, o goleador. E, portanto, acho que é um erro conceptual. Grande jogo do Di Maria. Um dos melhores jogos, para mim, de Di Maria com a camisola do Benfica, neste regresso ao Benfica. Mas há uma questão. Di Maria devia ter sido expulso, na minha perspectiva. Não sei qual é a vossa. Morten Neumann, também, na minha opinião, devia ter visto a segunda cartão amarela, devia ter sido expulso. E depois há uma jogada, que não se fala tanto, em que o Vítor Iócares seguia numa diagonal para a baliza do Benfica e o árbitro marca falta de Iócares sobre Otamendi. Na minha perspectiva, na minha leitura, a haver falta seria de Otamendi sobre Vítor Iócares. Sim, quer dizer, o Di Maria, de facto, faz um grande jogo. Aliás, o golo do Benfica volta a nascer... Um passo fantástico. Um passo fantástico de Di Maria. Ele, na segunda parte, tem um remate fantástico que o Francois Real defende para a barra. E neste jogo não foi só na bola parada. O Di Maria, na bola parada, na bola correta, o Di Maria sempre à procura de descobrir o seu sonho. Acima da equipa. Sim. Acima da equipa e, muitas vezes, a levar a equipa às costas. Eu colocaria o Neves muito perto em termos de influência e as próprias trocas posicionais dos dois com muita influência naquilo que foi o jogo que o Benfica conseguiu criar em termos ofensivos. Quanto à ideia ou à hipótese do Di Maria poder ter sido expulso? Podia, pelas imagens que se vêem na televisão. Podia. Não tenho grande explicação para o facto de não ter sido. Parece-me que até há uma espécie de preocupação pedagógica do Artur Soares Dias, que o chama quando ele vai marcar aquele canto na sequência desse lance com o pote. Sendo que, convém recordar, para um jogador ser expulso basta haver tentativa de agressão. E aqui houve mesmo agressão. Sim. Pelas imagens ficou mesmo na cara do pote. Não sei, não faço ideia de qual é que poderá ser a justificação para não ter sido expulso. Talvez... Parece-me evidente que há uma conversa do Artur Soares Dias com o Di Maria na sequência do lance. Vendo essa conversa, fico com a ideia de que lhe terá sido transmitido algo pelo video-árbitro que ele possa não ter visto. Provavelmente optou por ter uma atitude pedagógica numa altura prematura do jogo e evitar fazer uma expulsão que iria marcar o jogo. Não faço ideia. E pensas que isso depois o condicionou também para não mostrar o segundo cartão amarelo a morte da Nilma? Pois, voltando-nos à zona das teorias, não sei. Admito que possa ser uma hipótese usar uma lei das compensações que não deve ser usada. Não devia ter acontecido a não expulsão. Não devia ter sido usada uma lei de compensação nenhuma as faltas quando são cometidas. São para ser devidamente administradas e não foram. Luís? Sim, eu penso que a primeira doença é possível de avaliação do VAR. Se o senhor dos vários dias não o viu, a questão da agressão de Maria ao Pedro, o outro lance, sim, era possível de segundo amarelo. E a avaliação poderia ser... Aí, sim, já é do árbitro. Porque está mesmo em cima do lance. E penso que, sim, se justificava aquele lance de amarelo do Ilma. Não foi essa a avaliação do árbitro. Ponto final. Mas penso que os lances não têm, como tu costumas dizer, duas leituras. O campeonato está entregue, na vossa opinião, em termos de título? Vamos ver, neste momento o Sporting tem tudo na mão. O Sporting é que pode perder o campeonato, já ninguém o pode ganhar. Neste momento só o Sporting o entregar, digamos assim. O campeonato está entregue ao Sporting, agora só o Sporting resolver que não o quer, entre aspas, naturalmente, e o devolver ao Benfica. Porque são quatro pontos que podem ser sete se o Sporting vencer o seu joguinho atraso, antes do joguinho atraso. Há o jogo em Barcelona. Há o jogo em Barcelona. Então são dois jogos que vamos ter no espaço de uma semana e meia. E, nesse sentido, esses jogos penso que serão decisivos. Se o Sporting cavar e a diferença para sete pontos, sim, campeonato decidido. O Sporting campeão, Benfica em segundo, está tudo decidido a esse nível? Sim, parece-me que sim. Depois da derrota do Porto com a Vitória. Depois da derrota do Porto com a Vitória, nove pontos para o segundo lugar. Os sete que são previsíveis que o Sporting tenha em relação ao Benfica, parece-me que o primeiro e o segundo lugar estão decididos. Se calhar o terceiro lugar está longe de estar decidido. O Porto tem, neste momento, dois concorrentes muito fortes e muito próximos de dois pontos. E aí, com fornos diretos, ainda para jogar. Exatamente. Vitória-Braga, um Braga-Porto. Porto, no final do campeonato. Porto mete-se aqui em problemas em relação ao terceiro lugar. Porto ainda vai receber Sporting. Há aqui muitas hipóteses de variações que podem mexer com o terceiro lugar. Vamos ter a oportunidade de falar sobre essas questões depois, na segunda parte do programa, depois do noticiário das oito da noite. Eu, para já, ainda queria tocar aqui num ponto relativamente a estes dois derbis a seguidos, um para a taça e outro para o campeonato. Não gostei. Voltei a não gostar. Já houve um período em que não gostei dele logo no início e depois quase que me convenceu. Mas agora estou a ficar, outra vez, com muitas dúvidas sobre Trubino. Está-se a referir ao lance do primeiro golo? Ao lance do primeiro golo e também ao lance do golo do Paulinho no jogo da Taça de Portugal, em que ele larga a bola para a frente e depois o Paulinho empurra, fazendo o segundo golo do Sporting. Os erros, ia dizer, os lances, os erros são semelhantes. Aquilo podia ser um soco forte na bola para atirar daquela zona e foi uma sapatada leve que a colocou ainda mais a jeito naquela zona. Sim, tem responsabilidade nos dois golos. Mas isso não me leva a avaliar o jogador no global, sinceramente. Acho que é um bom guarda-redes fazer erro nesses dois lances. Sim, estamos de acordo. Acho que, apesar de tudo, no jogo do campeonato havia ali... Salveu o erro Otamendi, estava muito próximo dele e houve um choque com Otamendi no momento em que tenta dar o tal murro na bola que pode justificar um bocadinho aquilo que é claramente um erro e que torna o golo muito fácil para o Catamo. E neste jogo do campeonato foi um gênio do Catamo que resolveu as coisas para a equipa do Sporting. Mas, caros, vamos ter uma segunda parte do programa um bocadinho mais curta do que é habitual. Vamos tentar acelerar para tentar colocar aqui todos estes temas ainda que temos para falar no programa. Ainda não falámos aqui de Jani Catamo, que foi o herói deste derby. O moçambicano que acabou por marcar os dois golos do Sporting sendo que o segundo golo é um golosso. Sim, já o primeiro é um golo com sentido de oportunidade relevante. O segundo é um golo, de facto, até pela importância que teve a calma que ele teve na marcação e com o pé menos articulado que ele tem de facto é um golo fantástico e com a importância que tem. É um golo que pode valer um título. O Sporting ganha mais, Luís, com Jani Catamo à direita em detrimento de Ricardo Desgai, fechando à esquerda com Mateus Reis para não ter dois laterais muito ofensivos que seria a solução de ter Jani Catamo e Nuno Santos. Sim, ganha claramente. Acho que é o fator dentro do modelo de jogo da equipa o desdobramento ofensivo da faixa. O jogador que o faz melhor é o Caminhote na direita. O Nuno Santos é um lateral vertical que também dá muitos desequilíbrios. É difícil ele jogar com os dois ao mesmo tempo com esses dois laterais tão ofensivos num jogo destes. Portanto, acho que há um flanco de desdobramento ofensivo. O Ricardo Desgai é o L mais fraco nas laterais do Sporting. Depende do plano de jogo. Em função do adversário, o flanco de desdobramento ofensivo ser o esquerdo e jogar o Nuno Santos, ele deve jogar o Desgai. Portanto, tem que haver esse equilíbrio com o Mateus Reis, que também fecha bem quando o flanco de desdobramento é do direito. Mas o que eu quero dizer é que se jogar o Ricardo Desgai joga o Nuno Santos aberto na esquerda. E se não jogar o Ricardo Desgai, joga o Génio Catamo aberto na direita e tem que fechar com o Mateus Reis. Neste tipo de jogos de exigência maior de transição defensiva o Ano Marítimo tem feito isso bem. O Génio Catamo acho que é um talento. Sempre o achei. Mas o Génio, na época passada, fez 11 jogos no Marítimo. E chegou a jogar na equipa B do Marítimo. E antes estava emprestado ao Vitória e pouco jogava no Vitória. Mas o Rubén Amorim sempre acreditou nele. Nunca deixou de acreditar. Não sei se sempre acreditou ou não. Até porque o Sporting não acionou nunca a opção de compra do Génio. E agora tem que pagar mais ao Amor, claro que exige mais dinheiro. A verdade é que eu acho que o Rubén Amorim, depois da avaliação que fez esta época depois da pré-época, viu que tinha ali um jogador que não tinha reparado nos anos anteriores da melhor forma. Porque o Génio sempre foi o maior jogador. Claro que cresceu um pouco. Todos crescem. Mas lembro até de ter feito o último jogo dele em Guimarães, que foi um jogo à borda fechada, porque o Vitória estava a cumprir castigo. Foi um jogo contra o Gil Vicente. Dei-lhe o prêmio de melhor em campo. Fez um jogo espetacular. O Iptera venceu 5-0, acabou o campeonato. E viram o Génio e disseram que este miúdo ainda não se firmou com consistência. Às vezes tem que se conhecer melhor o jogador ou melhor a personalidade antes do jogador. E acho que este ano adquiriu essa consistência. A qualidade está lá. O aproveitamento da qualidade neste sistema de jogo ainda mais. E no fim, de facto, a última imagem do bolo e das lágrimas dele em pleno relevado fazem-nos devolver num ápice a essência do futebol. E o Sporting tem ainda um outro jogador que me encanta, que é o Morten Neumann. O Neumann é um jogador incrível. É uma contratação acertadíssima do Sporting. O Vitório Ócares é outra contratação acertadíssima do Sporting. Aliás, sobre o Ócares, dissemos no relato que faz lembrar aqueles tanques do Exército com aquelas lagartas que passam por cima dos obstáculos que lhe aparecem à frente. Tal é a facilidade com que ele, por vezes, consegue forçar a entrada e abalroar. Abalroar sem fazer falta. Passando por cima dos adversários, como os tanques do Exército. E o Morten Neumann é uma bússola no meio-campo do Sporting. Sem dúvida. Faz a ligação perfeita entre a defesa e o ataque do Sporting. Equilibra muito a equipa. É fundamental, tanto naquela transição ofensiva do Sporting, mais ainda, se calhar, na pressão, na recuperação de bolas naquela zona. Portanto, sim, é um pivô por onde passa o futebol todo do Sporting, nesta altura. Aliás, sobre ele e sobre o João Neves, quase que é até pegar na canção do Sérgio Godinho e dizer que viu-se a trabalhar o jogo inteiro, construir as jogadas para os outros, carregar bolas e não desperdiçar muita força por pouco dinheiro. Porque são dois jogadores que não foram o caso do João Neves, que é um jogador de formação. E o caso do Morten Neumann, para aquilo que joga, também não é um jogador caro. Ou seja, foi um jogador barato para aquilo que dá à equipa. Tudo com um brilhozinho nos olhos. Tudo com um brilhozinho nos olhos. Eu acho que o Neumann tem aquilo que um médio deve ter no futebol moderno, no sentido de que tanto pode equilibrar a 6 como desequilibrar num 8 livre, até pressionar. Acho-me a contratação perfeita, sobretudo para um meio-campo a 2. Porque é um meio-campo que exige um jogador que faça quase o papel de dois jogadores, nesse sentido. E há o equilibrador, depois, que o Rubén Amorim consegue fazer, em jogar o Maurito ou o Dani Bragança. Acho que ontem também foi decisiva a entrada do Daniel Bragança. Claro que o Neumann também há questões que me parece que tem que ter mais cuidado, e falámos aqui há pouco da questão de ter visto a Segunda Amarela ser expulsa. Isso já acontecia em outros jogos, nesta época. Marcou um golaço também na segunda mão da partida de Portugal. Sim, mas essa dimensão física do jogo que ele tem, muitas vezes leva-o para jogadas de contacto que me parece que são excessivas e que ele joga muito nos limites do Segunda Amarelo. Muitas vezes. Mas é um jogador fundamental na equipa do Sporting. E a percepção de que, repara, as duas equipas têm sistemas estáticos diferentes, mas basicamente o meio campo é dois, as duas equipas. E há semana passada aqui falávamos de uma questão que acho que é importante no Benfica, e tu dizias-me, ao contrário do que eu dizia, eu achando, fazendo-me uma antevisão daquilo que deveria ser, talvez, a abordagem do Benfica dos dois jogos está-se em campeonato de Sporting, que fossem abordados de forma diferente. E Florentino podia ser útil para um jogo e não tanto para outro. E eu disse logo que ficaria surpreendido se o Florentino não jogasse as duas partidas e ele jogou as duas partidas. Ele repetiu as duas partidas. E, portanto, acho que vai ao encontro mais uma vez. Agora, por outro caminho, voltamos ao mesmo ponto que falávamos na primeira parte, que é a forma como mexe o Ana Mourinho e a forma como não mexe a Raja Schmidt. E o Jorge lançava na primeira parte a questão de Kokichu, porque eu acredito que esteja ultrapassado o problema que existiu entre o jogador pela declaração que diu, pela entrevista que fiz eu, e a partir daí é um jogador como os outros. Mas parece que não, vendo ontem, porque acho que a determinado momento do jogo da taça, o Benfica necessitava de João Mário, porque eu acho que o Florentino conseguiu ser o melhor jogador em campo durante muito tempo e depois passou a ser o pior no mesmo jogo, no momento em que deixou de chegar a tempo às jogadas, começou a chegar mais tarde, a falhar passos, e demorou a Raja Schmidt a mexer, pedia-se João Mário rapidamente. Só entrou no tempo de discurso. Ontem, num momento certo também do jogo, quando o Benfica, na segunda parte, com o jogo dividido, e o Benfica tinha que ganhar o jogo, eu acho que a questão de Kokichu colocava-se no jogo. E Florentino, que tinha sido importante num determinado momento, naquela altura, Kokichu talvez fosse mais importante. Voltamos ao ponto do treinador a jogar, e por isso eu te dizia, na semana passada, que Florentino sim, mas em função dos jogos e dos seus momentos. Jorge Maia, quando chegarmos ao final da temporada, será a fim de linha para Raja Schmidt no Benfica? É difícil fazer esse tipo de previsão. Normalmente não há grande tolerância. O Benfica não tem uma grande tolerância. Ou pelo menos não tem a tolerância que, por exemplo, o Sporting teve o ano passado, e que o Rubem Mourinho até já se referiu a ela, de lhe permitir perder tudo, percebendo que estava a construir algo para a temporada seguinte, que é esta. Até porque o Benfica tem aqui um investimento grande. O Benfica não costuma ter tanta tolerância, porque também costuma armar os seus treinadores até aos dentes, garantindo que tenham todas as condições para apresentarem outros resultados. Ora, neste momento de facto parece mais natural que o Benfica acabe a temporada apenas com uma supertaça. O que é muito pouco. É uma época frustrante para o Benfica. É claro que ainda tem a Liga Europa, e vai jogar agora os quartos de final. Começa a jogar na quinta-feira a primeira mão com o Marcelha. Mas a Liga Europa é muito difícil de conquistar, desde logo há ali dois tubarões, o Liverpool e o Bayer Leverkusen em prova. Sim, mas toda a época foi frustrante. Foi frustrante a participação na Liga dos Campeões. É frustrante a taça da Liga eliminada pelo Estoril. A taça da Liga. É frustrante a saída agora com o Sporting. Foi frustrante perder 5-0 com o Porto. É frustrante perder agora com o Sporting. É frustrante, com tanta matéria-prima, não conseguir apresentar um futebol que seja mais eficaz, que seja mais assertivo, que seja mais capaz de se impor num campeonato como o português, onde ninguém tem a capacidade, que tem o Benfica, de se armar até aos dentes. A questão é essa, é que gastar muito dinheiro e armar-se até aos dentes, mas falhar o alvo principal que o Sporting conseguiu nas contratações cirúrgicas é decisivo. Falei no homem tático, que é o Ilman, dentro do modelo do Sporting, mas a grande diferença está na contratação do ponto de alança do Sporting, em contraste com as contratações dos pontos de alança do Benfica, que foram tiros ao lado, do ponto de vista da qualidade que deve ter um ponto de alança do Benfica. É impensável. Quando acordas um jogador como o Jonas, ou como o Cardoso, pensando nos últimos, e de repente vês o que tem que ser tido como ponto de alança do Benfica. É perturbador para qualquer adepto do Benfica, acredito. Sendo que o Benfica gastou muito dinheiro em Artur Cabral, Marcos Leonardo... Eu acho que também fica... Só no banco, neste jogo em Alvalade, Marcos Leonardo, Artur Cabral e Coxu, só nestes três, são mais de 50 milhões de euros. A questão é que há algumas dúvidas sobre a real qualidade dos jogadores, do Artur Cabral, que marca, sai entre o Marcos Leonardo, marca um golo... O próprio jogador tem dúvidas. Fica em dúvida o jogador. Eu não tenho a certeza que eles sejam tão maus como parecem. Agora em relação a jócaras há uma diferença enorme. Sim, mas também lá está. Há um dedo muito grande do treinador, porque já falamos aqui também, que o jócaras não é assim. É ele e as circunstâncias. Nós vimos na seleção no outro dia e não era o mesmo. E há um ano no Coventry e também não era o mesmo. Portanto, o papel do Rubem Amorim no desenvolvimento destes jócaras, provavelmente é tão importante como a falta de dedo do Roger Schmidt pode ser no eclipse, digamos assim, do Artur Cabral, do Marcos Leonardo, que são jogadores de qualidade. Sim, que não estão a aproveitar-se da melhor forma. E também o Cocchouro numa outra função. Sim, é essa que eu lhe referi há pouco. Vocês acham que o Rui Costa já está a pensar no nome do próximo treinador? Tem que estar. Se não estiver, devia estar. Já aqui falámos da possibilidade. O José Amorim tem visto muitos jogos do Benfica. Não quer dizer que vá ser treinador do Benfica, mas tem estado muitas vezes no Estado da Luz a assistir aos jogos do Benfica e nas duas vezes em que esteve, que ele saiba, nas duas vezes em que esteve em Alvalade, estava lá o Benfica a jogar. Pois não sei se o José Amorim, nesta altura, será propriamente a melhor escolha para o Benfica. Uma grande admiração pelo José Amorim e pelo percurso dele, que acompanhei sempre de muito perto. Mas aquilo que vi nas últimas equipas do José Amorim não foi exatamente aquilo que eu acho que o Benfica precisa. E, para além disso, há um risco de se tornar uma contratação, como é que eu ia dizer, mais pelo espetáculo do que propriamente pela utilidade. Portanto, não tenho a certeza que o José Amorim fosse a melhor opção para o Benfica nesta altura, por aquilo que vi, por exemplo, a Roma jogar, e que não me parece que seja o que o Benfica precisa, ou o futebol que o Benfica precisa para dominar um candidato. Pensas que empolgaria, num primeiro momento, os sócios e os adeptos do Benfica, ou a maioria dos sócios e os adeptos do Benfica, mas tens dúvidas da eficácia dessa contratação, em termos de médio prazo? Acho que sim, acho que empolgaria. Tenho dúvidas sobre aquilo que é o Amorim neste momento. Se calhar estou enganado e se calhar o José Amorim tem a capacidade para pôr as equipas a jogar de uma maneira diferente, aquela que, por exemplo, eu vi a Roma jogar enquanto ele esteve lá, e que, sinceramente, não me parece que seja aquilo que o Benfica precisa nesta altura. Luís. Acho que teria de ser tudo muito bem enquadrado. Acho que o José Amorim, neste momento, é um treinador que está noutra fase da sua vida, não há comparação em relação ao José Amorim que esteve no Porto e no Chelsea, ou até no Inter, e teria tudo de ser bem enquadrado em relação à direção desportiva do Benfica. Exatamente o que é que se quer, o que é que se pretende, e como é que se quer. Quer a nível de contratações, daquilo que é possível, da forma como se quer jogar, e a partir daí existir uma sintonia total de ideias entre presidente, diretor desportivo e treinador. Foi algo que também não aconteceu na Roma. O Benfica saiu com palavras sempre bastante azedas para o Tiago Pinto. E, portanto, é um treinador que sabemos que tem um ego enorme, mas também tem uma qualidade incomparável. E, portanto, não nos aprendeu. Agora, os tempos são outros. E, portanto, eu acho que sim, se isso tivesse a sintonia toda, este enquadramento todo, seria, de facto, fantástico que alguém fique a ter o Mourinho. Agora, se não existir, e se à partida for só essa contratação, que tudo isso supera a estrutura do treinador que vai resolver, e depois, por trás, não há esse enquadramento forte e em sintonia com o Mourinho, que é uma personalidade também forte, enfim, com quem tens de conversar, mas tens de perceber à partida que existe ali uma margem curta de debate. Acho que o Mourinho está disposto a explicar, não está disposto a debater. Mas tem de existir aqui uma sintonia. E acho que se o Benfica... E acho que o Rui Costa, se o fizer, terá que haver isto tudo, seria, de facto, um grande treinador para o Benfica. Mas, sem isso, corre-se o risco de, de facto, ser apenas uma aposta individual que fuja um pouco à lógica de estrutura de política desportiva. Mas, atendendo a esta fase da carreira que o Mourinho atravessa, vocês acreditam na possibilidade de contratar este treinador, o José Mourinho? Sim, acho que sim. Ele próprio já... Sim, mas para em que sentido? Nesta fase da carreira desportiva do Mourinho, na fase em que ele está da vida dele, não é? Outros planos que ele possa ter para a carreira dele, não sei como é que ele quer gerir a carreira dele daqui para a frente, se vocês veem viável a possibilidade? Sim, ele próprio recentemente disse que estava disponível para treinar em Portugal. Ora, estar disponível para treinar em Portugal, não há muitas opções para o nível de treinador que é o José Mourinho. Portanto, acho que... A seleção está ocupada? A seleção está ocupada e há três opções em Portugal, sendo que aquela opção onde existe maior disponibilidade de dinheiro acaba por ser o do Benfica. E acho que é desconfortável para o Roger Smith saber que em alguns jogos o José Mourinho está no estado da luz ou no estado de assistir a jogos do Benfica. Eu acho que não tem que ser desconfortável. Sinceramente, um treinador tem que conviver com isto. O futebol é viver sob pressão. E que se passe naturalmente quando está a ganhar-se, um treinador aparece a ver um jogo e se coloca mais pressão. Agora, tem que responder em campo a essa pressão e a equipa jogar melhor. Uma coisa também que eu faço em pressão... Em pressão, enfim, dá-me igual. Mas no sentido de que raramente vejo algum elemento da estrutura técnica do Benfica a falar com o Roger Smith durante os jogos. É muito habitual. Os adjuntos? Os adjuntos, sim. A equipa técnica, exato. É muito habitual, talvez, um adjunto levantar-se e dar uma indicação ao treinador, ou alguma indicação, uma conversa. Sim, gosta especialmente de ver sozinho ali na área técnica, de mãos nos bolsos. Nunca vejo nenhum adjunto a ter essa palavra, que é muito importante. Um adjunto pode ter, como o treinador de mais balas paradas no Sporting. Isto para olhar o aspecto dos grandes. É muito importante esse papel do adjunto, sobretudo um treinador estrangeiro que chega a Portugal e percebemos que o Roger Smith, depois de um bom início à época passada, precisa também desse enquadramento. Muitas vezes nos jogos. Às vezes vejo-o demasiado sozinho, por opção ou por incapacidade, dos elementos da equipa técnica, com todo respeito. Por falar em treinadores e saída de treinadores, o Ruben Amorim pode também sair do Sporting. Fala-se cada vez com mais insistência em Inglaterra na possibilidade de ele ser o próximo treinador do Liverpool, portanto ser o substituto de Jurgen Klopp. E podemos até ter aqui, na próxima época, os três maiores clubes portugueses com treinadores diferentes, porque também não é certo que o Sérgio Conceição continue no Fóculo de Porto. Sim, é uma possibilidade que está a crescer. O Roger Smith já falamos. Falamos também da semana passada do Ruben Amorim. E a hipótese do Liverpool continua em cima da mesa. Continua em cima da mesa, ainda que eu ache que possa ser um presente envenenado para o Rubem, chegar um clube daquela medida, especialmente Sporting. É quase impossível recusá-lo, e não ao Liverpool. É quase irrecusável, mas ao mesmo tempo tem esse lado de... ser uns sapatos muito grandes para calçar, especialmente se o Liverpool for campeão, embora tenha empatado esta jornada. E o Sérgio Conceição, sinceramente, também acho que, apesar do presidente Pinto da Costa insistir nos seus discursos, que acredita que o Sérgio continuará se ele for eleito presidente, eu começo a sentir, até no discurso de Sérgio Conceição, algum cansaço. Ainda ontem? Sim. Falava de não sentir alegria. É muita quente no fim de um jogo. É capaz. O Sérgio hoje já está diferente. Depois também acho que tem a ver com os desafios que possa ter pela frente. Isso é outra coisa. Se não jogar a Champions, e não vai jogar a Champions, que tipo de equipa é que vai ter para enfrentar a tentativa de atacar o título? E que presidente é que vai ter? Certo. Mas estou a partir do princípio com o presidente Pinto da Costa mesmo. Mesmo com o presidente Pinto da Costa, acho que o próprio Sérgio está a chegar a uma fase em que pode avaliar... Esta é claramente a pior época do Porto. Tens derrotas no Porto. Mesmo que ganhe a taça, vai ser a pior época do Porto. Mas já tem que conseguir chegar à final. Exatamente. Vai levantar a meia da Iluminatis. Exatamente. O terceiro lugar está longe de estar garantido, como já falamos aqui. A taça está longe de ter adquirido a presença na final e, por tabela, a vitória. Portanto, esta já é a pior época do Sérgio Conceição. E eu tenho dúvidas sobre a vontade que ele terá de continuar a tentar fazer do Porto um pouco mais do que aquilo que o Porto é, que eu acho que é o que ele tem feito nos últimos anos. O Porto é, em matéria-prima, que não é da mesma qualidade que tem os rivais, ou pelo menos um dos rivais. E da que o Porto já teve também. E da que o Porto já teve, que foi perdendo aos anos que ele lá está. Não há muito tempo. Já falámos aqui sobre isso. Fizemos jogos de futebol com o Porto, com Casilhas na baliza, Éder Militão lateral-direito, Filipe, Pepe e Alex Teles, e Danilo à frente. E depois, mais na frente, Hugo Falcão e Rames Rodrigues, por exemplo. E o Porto não se compara com isto. Qualquer comparação com isto é estar a não querer ver a realidade. Sim, precisamente por isso. Não tenho a certeza que seja suficiente o Pinto da Costa ser reeleito. Para que o Sérgio Conceição queira continuar. Não tenho a certeza. Mas provavelmente eles têm outro tipo de conversas pessoais, e a esse nível, se calhar, existe até algum compromisso. Alguma promessa de esforço do plantel? Não tenho nenhuma indicação sobre isso. Esta é a minha sensação, aquilo que eu sinto. Porque o Porto tem vindo a perder qualidade em termos de plantel, com os jogadores que vão saindo, com Vitinha, que depois o Porto contrata um ou outro jogador para aquela posição, mas não é exatamente a mesma coisa. Luís Dias, por exemplo. Só para falar de alguns jogadores mais recentes que saíram do Futebol Clube do Porto. Agora a segunda derrota consecutiva no campeonato. Tinha perdido na Amoreira, num jogo em que o Porto também protestou muito a arbitragem. Agora volta a protestar muito questões de arbitragem. Nesta derrota em Casas, a frente ao Vitória. Mas é a sexta derrota no campeonato. É uma época que está perdida para o Porto em termos de campeonato. E tem que, como já dissemos, olhar para trás, porque vê Sporting de Braga e Vitória de Guimarães apenas a dois pontos. Sim, é verdade. Mas independentemente das questões que o Porto, em toda legitimidade, naturalmente, pode reclamar em relação a algumas decisões de arbitragem, que podem ser decisivas nos jogos, e também em relação à qualidade dos jogadores, em comparação dessas equipas que tu disseste, e dessas posições, umas mais distantes, outras até mais recentes, em relação aos jogadores, o Porto, com os jogadores que tem, com a equipa que tem, tem que jogar mais. E isso também, e o Sérgio já o assumiu, é a responsabilidade do treinador. Tanto, sem dúvida nenhuma, que o Sérgio Conceição tem feito trabalhos incríveis no Porto, mas esta época tem sido a pior a todos os níveis. Claro que é num contexto muito difícil em que o Porto está a viver, internamente e externamente, é verdade, mas o que acontece é que a equipa não tem apresentado um nível exibicional consistente que lhe garante estar a lutar pelo título neste momento. E por mais que existam erros na arbitragem, por mais que os jogadores não sejam os mesmos de outros tempos, por mais que o Benfica e Sporting estejam melhores, sobretudo o Benfica tinha gastado mais dinheiro, acho que o Porto tem jogadores para jogar mais, e a forma como foram abordados os jogos, em que o Porto perdeu tantos pontos, os jogos com a Arouca, os jogos com o Estoril, os jogos com o Gil, os jogos com o Heuave, tantos jogos, foram jogos em que o Porto, mais do que a decisão de um penalti aqui ou de outro erro ali, a equipa não se teve bem, se teve, foi incapaz. Um Porto, ao nível da equipa de excelência que tem que ser, ultrapassa um penalti que não é marcado. E ganha o jogo ao Estoril, ao Heuave, ao Arouca ou ao Gil Vicente. Portanto, não é por aí. Na minha opinião, embora sei que as coisas depois entram na cabeça dos jogadores e influenciam muito as suas decisões e as suas exibições. Mas, esta época, até do ponto de vista da abordagem tática dos jogos, tirando os jogos grandes, acho que há um Porto para os jogos grandes. É, porque em concelho de conciliação, de facto, tem trabalhado muito bem, o jogo bem fica, até o jogo na Taça, em Guimarães, o Porto abordou como um jogo grande, até no bloco forte que esteve em campo. E há outros jogos, estes jogos com os adversários mais acessíveis, ou o mesmo Vitória, noutro contexto, em que... No jogo da Taça, por exemplo, o Porto até ganhou por um zero em Guimarães, até podia ter ganho, ter resolvido quase a eliminatória. Mas mais do que o poder ter ganho é não ter concedido nada ao Vitória, praticamente. É ter esse bloco com ele, defensivo, que o Arsenal não criou uma oportunidade no Dragão, por exemplo. E de repente o Vitória vai ao Dragão e tem ali uma jogada em que pode fazer 3-0. Pode fazer 3-0. Portanto, acho que os jogos são abordados de forma diferente. O Rigor acredito que é o mesmo, na preparação, durante a semana, e na intensidade dos treinos. Mas a preparação não é feita da mesma forma. Não sei se... Já tentei escrever sobre isso, tentando perceber, porque não tem nenhuma informação, nenhum inside information, que às vezes é excessiva, o excesso de informação em relação aos jogadores, em determinados jogos, sob o ponto de vista de protecção defensiva, e mais encontrar as soluções ofensivas. E acho que é um contraste grande para os jogos ditos grandes, em que há essa preocupação defensiva bem feita. Quando digo defensiva, atenção, não estou a separar da parte ofensiva, porque o jogo tem uma natureza inquebrantável, os momentos estão todos relacionados. Agora, nestes jogos, que eu refiro de campeonato com adversários cinco ditos acessivos, no sentido da abordagem, em comparação com os jogos ditos grandes, o Porto tem falhado. E isso tem muito a ver também com o treinador, mas tem a ver com a equipa, naturalmente, com as soluções. E há algumas que também... O Porto não tinha Evan Hills, ou não tens jogo com o Namaza? Tinha Taremi no banco ontem. Tony Martinez também. Foi opção. A questão dos laterais ainda não está bem definida no Porto, ao longo de toda a época. Há sido o Fábio Cardoso ao intervalo. Não estava bem no jogo, é verdade. Foi uma opção. Tudo isto... Olhas para o meio-campo, o melhor meio-campo do Porto é o que consegue afinar o Varela, o Nico e o Pepe. Aí sim, o Sérgio encontrou essa chave, depois da saída do Otávio. Mas há jogos em que não rendem a mesma coisa. E, de facto, os dois jogadores não faziam um 4-2-3-1. É um triângulo do meio-campo, que mete o interior direito o Pepe e o interior esquerdo o Nico. Mas há jogos em que isso não funciona, do ponto de vista de coberturas até defensivas. Portanto, acho que isso também tem a ver muito com o treinador. Acho que nesta época o Porto fica muito abaixo a todos os níveis, quer a nível de estrutura, de treinador, de jogadores. E as razões são várias. E o Porto só não perdeu o terceiro lugar do campeonato porque o Braga também perdeu estrondosamente em casa, frente ao Oroca, numa semana. Também isto só acontece, penso eu, no nosso país e no nosso campeonato, em que o Braga oficializa o treinador para a próxima época, ou diz quem vai ser o treinador para a próxima época, que é Daniel Souza, que é o treinador do Oroca, na semana em que o Braga vai jogar com quem? Com o Oroca. Portanto, isto é uma coisa que também acho que é bizarra e acho que é uma aberração e só acontece, penso eu, que só acontece no nosso país, porque eu não tenho conhecimento que aconteça noutros sítios. Não acontece em mais sítios. Mas com os outros podemos nós bem, não é? Sim, isto é uma coisa, uma aberração. O treinador que na próxima época vai ser o treinador do Sporting Braga é anunciado na jornada em que o Braga vai enfrentar a equipa que esse treinador treina. Parece uma coisa... Sim, provoca desconforto, como o próprio Daniel Souza referiu. Mas não o impediu da competência que teve de chegar ao Braga e montar a sua equipa em F13. Como já aconteceu no nosso caso, eu recordo o caso do Sérgio Conceição, que chegou a ser apontado... E ganhou o jogo. Chegou a ser apontado para o Porto. Foi muito discutida a hipótese dele poder fazer esse jogo. Depois nem veio nessa semana. Viria mais tarde a ser treinador do Porto, mas não veio nessa semana. Mas também foi muito discutida a ideia de que ele poderia facilitar e ganhou esse jogo. Portanto, se calhar, se calhar é uma abolição, já é a segunda vez, pelo menos que me lembro, que é uma abolição. Não é uma boa ideia contratar treinadores de véspera, porque... Mas o Braga pode ter agora uma ponta final de época má, atendendo esta saída do Artur Jorges. Eu não vi o Braga a fazer um grande jogo, de facto, nesta... Para já é a aposta do treinador que estava no sub-23. Sim, o Rui Duarte. Pareceu-me que o Braga... A ideia é que o Q11 até foi o mesmo do jogo com Portimões. Tenho ideia disso. Não tenho certeza. Mas a forma como o Braga jogou não foi a mesma. Sim, até porque o treinador disse que queria dar sequência. Queria e queria dar mais armas defensivas à equipa. Algo é verdade que não funcionou. Eu não sou capaz de colocar o dedo exatamente no que não funcionou no Braga. Sei o que é que funcionou por parte do Oroca, aquele trio espanhol na frente, a fazer estragos. Já fizeram muitas vezes. A outras equipas, mas claramente voltaram. Vista González, Rafa Mourica e o Jason. Depois houve uma melhoria na segunda parte quando o Rui Duarte pôs o Jaló e o Ricardo Orta. O Braga chega a ameaçar o golo duas ou três vezes. Mas nunca foi uma equipa segura nem tranquila. E acho que explica isso. Se não recuperar rapidamente essa tranquilidade e com o Vitória da forma como está, se calhar não é só o Porto que está ameaçado, é o Braga também que está ameaçado por este crescimento do Vitória. Luís, o António Salvador ficou muito aborrecido, percebeu-se pelas palavras, com o treinador que estava no Braga, com o Artur Jorges. Tem motivo, António Salvador, para esta insatisfação com o Artur Jorges que foi terminar a Botafogo? Ele sabe se tem motivos ou não. O que eu acho é que, mais uma vez, o Braga gera mal a saída dos treinadores. Tem sido um clássico no presidente Salvador que tem feito um trabalho fabuloso no Braga, enquanto clube, a todos os níveis e mesmo as equipas que tem feito excelentes, grande trabalho em 20 anos. Notável, mas a forma como gera o processo da saída dos treinadores tem sido repetidamente, recorrentemente mal conduzido. Percebe-se que ele quer trocar de treinador em determinado momento, sobretudo no segundo ano, mas gera mal esse processo de substituição. Era público. Toda a gente que estava no futebol percebia que o Artur Jorges não ia continuar. Toda a gente estava a perceber que o Braga estava por conta de um treinador e que o treinador era o Daniel Sousa que estava fazendo um grande trabalho no Oroco. E é uma boa aposta, na sua opinião. É uma boa aposta, na minha opinião. Toda a gente percebia isso. O Artur Jorges também o percebeu. Ao mesmo tempo, naturalmente, tratou do seu futuro atempadamente e vai para o Botafogo. Ou seja, o Artur Jorges já sabia o que ia acontecer. Como todos os treinadores, há outros que têm hipótese de ir por um lado e outros não têm e sujeitam-se. Eu acho que não ficou bem na fotografia também o Artur Jorges pela forma como tratou do seu assunto sem dar esse conhecimento ao Presidente como o Presidente disse. Também não ficou bem o Presidente, na minha opinião, na proteção que deveria ter dado mais forte ao Artur Jorges. Não adianta dizer que tem contrato. Percebe-se perfeitamente quando há confiança ou não há confiança. E acho que o Artur Jorges foi um treinador que levou o Braga à Champions. Ficou em terceiro lugar. Venceu uma Taça da Liga por um final da Taça. Merecia outro tipo de concentração a esse nível. Ficar ou não ficar com ele é perfeitamente razoável e legítimo. E naturalmente que o Daniel Sousa ficou exposto a uma situação em que tinha que responder para continuar. Poderia dizer que só falava no final da época mas podia perder o timing de entrar no Braga. Ficou, no entanto, exposto a uma situação que no momento da carreira em que ele está deu uma resposta quando devia ter dito só falamos no fim mas podia perder o timing. São opções. E no fim deixamos só para terminar a questão do Oroco. Porque o Presidente Salvador ficou muito satisfeito com o Oroco porque pediu um milhão. Terá sido muito mas quem sabe a negociar e venha o Presidente do Braga. Se o Braga perde, o Oroco não há de pedir lá. E portanto pediu. O Braga não deu. O treinador ficou e foi lá ganhar 3-0. Acho que o Braga fica numa situação delicada e instável para abordar a parte final do campeonato. Sobretudo com um vitório forte. O Gil Vicente também vai trocar de treinador. Despediu o Vítor Campelos e fala-se de Petit para orientar a equipa do Gil Vicente que é o próximo adversário do Sporting já no próximo fim de semana. Surpreendidos com esta saída de Vítor Campelos do Gil Vicente a 6 jornadas do fim. Não resistiu à derrota em Vila do Conde por 3-0? É sempre surpreendente apesar de tudo porque a posição do Gil Vicente não era uma posição propriamente dramática na classificação. Mas há uma sequência de resultados que de facto não eram bons e que terão justificado uma decisão que pelo juízo do próprio presidente quando entrou agora mesmo em fevereiro, salvo eu, tinha prestado imensos elogios, tinha dito que aquela era uma direcção que prestava na estabilidade das equipas técnicas e pronto, mais uma vez uma série de resultados uma série de maus resultados foi o suficiente para mudar de ideias e estar agora à procura de um... Poderá ser o Petit? Temos a informação que sim, pode ser o Petit já não é a primeira vez que o Petit é chamado por este tipo de tarefas e com sucesso embora também volto a asseminar que o sucesso aqui é relativo porque o Gil não estava propriamente numa zona aflitiva o Petit é mais o tipo de treinador que retira as equipas de zonas mesmo aflitivas e já conseguiu fazer muito mais do que isso eu não sei exatamente o que é que se passou na relação entre o Vítor Campelos e a direção do Gil, não é para existir esta separação agora porque cinco equipas deviam jogar mais não meteram as melhores seleções em muitos jogos mas neste momento não sei se a direção se assustou com estas derrotas e a aproximação da linha d'água mas me parece que seja em seis jogos do fim que seja a altura ideal para trocar treinador. Tentamos meter aqui o recio na rua do Petit quase não conseguimos vai falar aqui de Abel Ferreira, conquistou o décimo título pelo Palmeiras e fica essa palavra para o Abel Ferreira ganhou o Palistão. Vai continuar a ganhar. E fica por aqui esta visão de jogo voltaremos na próxima segunda-feira para mais um programa é fundamental ver o jogo. Um abraço e até para a semana.