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Batismo como Circuncisão

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Last week we discussed the introduction and various aspects of baptism. We learned that the rituals of purification in the Old Testament, such as washing and bathing, evolved into the concept of baptism in the New Testament. Water symbolizes rebirth and a new identity. The connection between water and blood is also significant, as seen in Exodus and the crucifixion of Jesus. The study of baptism is important for those who wish to understand its meaning and significance. Today, we will explore the connection between baptism and circumcision, as discussed in Colossians 2:6-15. A semana passada nós começamos com a introdução e vimos várias coisas assim sobre o batismo. Vimos várias coisas sobre o batismo, algumas dessas não vamos poder agora falar mas vamos muito rapidamente recapitular algumas coisas. Nós vimos como os banhos, as lavagens ou mergulhos do Velho Testamento, que eram rituais de purificação de coisas ou objetos para o uso no espaço sagrado, isso é no tempo, assim também esse pensamento é que acaba sendo transportado para o Novo Testamento que nós chamamos de batismo, aquilo que no Velho Testamento era percebido como lavagem, como banhos ritualísticos, é mesmo isso que depois se torna o que nós chamamos de batismo. Outro ponto também que nós vimos é que as águas eram um símbolo do ventre ou da morte. Portanto, a imagem do mergulhar ou do ritual do batismo, tanto no judaísmo como na nossa fé cristã, acabou sendo associada à nova criação, ao nascer de novo, a ser uma nova pessoa. Tu passavas por esse ritual e a tua identidade era transformada. Então, o morrer do velho homem, no Novo Testamento vamos falar do morrer do velho homem e o surgir de um novo homem, um homem espiritual e um homem não carnal. Esse ritual que acaba estando aí no meio dessa passagem de identidade é também conhecido como batismo. Não sei se as irmãs chegaram a ouvir o estudo que o Irmão Celestino teve em Luanda, que eu achei muito rico, porque ele fez um estudo sobre o batismo, mas centrado na criação em si. Então, a gente começa a olhar para o batismo no próprio processo da criação, descrito em Gênesis, até chegar ao Novo Testamento. E nós sabemos que em Gênesis, para dar conosco o livro de Gênesis, vemos que Deus vai... No início era tudo o começo da água, que Deus estava sobre as águas, mas depois, quando o Senhor começa a criar, a terra vai surgir da água. Então, a criação de Deus traz já esse tema da criação, porque a própria terra também já surge da água. E ele vai também trazer outras imagens que eu achei muito interessantes e bem no ponto. Ele vai olhar um pouquinho para Noé, para o Dilúvio, aquele ato de, de um lado, eliminação da corrupção, do outro lado, em Gênesis 9, a proclamação de um novo mundo. Ele ainda vai também falar um pouquinho sobre a passagem do povo de Israel ao Mar Vermelho, também é uma visão do batismo. Algumas coisas que nós falamos, embora de outro jeito, mas cagam muito bem. Em outras palavras, vemos que a água, como esse interveniente que vai diferenciar um estado antigo para dar espaço a uma nova identidade, também encontramos a Gênesis, o Velho Testamento, na verdade, é entre os dois testes de pensamento. E eu queria, assim, muito rapidamente, ainda nesta linha, lembrar, por exemplo, que mesmo a imagem do Velho Testamento e a realidade do Novo Testamento, também são marcados pelo batismo, também são marcados pela água. Nós não falamos isso no nosso estudo passado, mas com o estudo que o Irmão Celestino fez, acho que vale a pena trazer isso, que é para quem assistiu ou ouviu os dois áudios poder, então, encontrar a harmonia que existe entre eles. Por exemplo, em Hebreus 9, versículo 19 a 22, nós vamos ler o autor de Hebreus a dizer É porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo, todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes com a água, lã, purpúria e isopo, e aspregiou tanto o mesmo livro como todo o povo, dizendo, esse é o sangue do testamento que Deus nos tem mandado, e semelhantemente aspregiou com sangue o tabernáculo e todos os vados do ministério, e quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão. E eu acho que essa imagem aqui é também uma imagem de batismo, de mergulhar, de ascensão, tudo isso está dentro do mesmo tipo de ritual, de aliança, de mudança de identidade. E por que é que eu acabei de dizer que tanto o Velho Testamento como o Novo são marcados por esse ritual? Isso que nós acabamos de ler é referente a Éxodos 24. É interessante que se formos ler Éxodos 24, essa explicação que o autor de Hebreus dá é um pouquinho mais extensa, ou seja, a água que eu lhe nomei aqui não aparece em Éxodos 24, e do jeito que essas palavras estão organizadas, dá-nos a entender que o sangue e a água acabam sendo simbolicamente a mesma coisa, é um símbolo, não é? Na verdade, quando alguém é banhado de sangue, nós usamos a palavra banhar de sangue, é banhar de água, banhar de sangue. Há um batismo de sangue, no sentido que se o sangue representa a morte, ser mergulhado na água também representa essa imagem de alguém morrer, então é fácil perceber a ligação que existe entre a água e o sangue. Podíamos falar um pouquinho mais disso, mas não precisamos tanto assim. Mas vamos em João 19, 31 a 34, tendo como base isso que nós acabamos de ler em Hebreus 9. Se o Velho Testamento é marcado com essa aliança do Velho Testamento, que foi com água, com sangue, o Novo Testamento também vai trazer essa mesma simbologia. Os judeus pós, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pós era grande o dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem tirados. Foram pós os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado, mas vindo a Jesus e vendo-o já morto, já não lhe quebraram as pernas. Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança e logo saiu sangue e água. Vejam o que saiu, o tipo de sangue e água. Tipicamente, quem perde sangue perde água, porque a própria composição desse sangue humano tem sempre aí um lado de água. Então há essa mistura, a simbologia é a mesma, a fonte é a mesma. E esse é o sangue da nova aliança, o sangue de Jesus, a água de Jesus, Jesus foi banhado no seu sangue, foi batizado no seu sangue, na sua água. É aquele o batismo que, a vez passada, nós lemos que aproximaram-se de Jesus uma senhora com os dois filhos e diz, os filhos queriam se assentar, pediram que, aliás, a mãe pediu em nome dos filhos que, no reino do Senhor, os filhos se assentassem uma à direita e a outra à esquerda de Jesus. E o Senhor Jesus responde, não compete a mim, ah, e se seja o pai, é o pai quem sabe quem ele reservou essa posição. Mas ele depois pergunta, vocês podem ser batizados com o batismo que eu serei batizado? E nós lá falamos que esse batismo era a cruz, é o batismo do martírio. É esse batismo aqui, Jesus na cruz também foi batizado. A cruz do nosso Senhor foi um batismo, então precisamos também ver a dimensão desta simbologia. Então, muito mais poderíamos falar sobre o batismo, mas nós vamos apoder, não temos tanto tempo para isso, vamos um pouquinho mais, de forma objetiva, aquilo que facilita a nossa missão e o propósito que nós temos. Estamos a ter essa série de estudos porque, pronto, alguém entre nós havia manifestado a vontade de ser batizado e nós entendemos que talvez não seja a única pessoa, talvez tenha mais, então vale a pena nós termos um estudo sobre o batismo para que ninguém fique, pronto, confuso sobre o que é, por que é, enfim. Então, hoje nós vamos falar sobre o batismo como circuncisão. Há uma ligação muito profunda entre o batismo e a circuncisão e, se nós estudarmos o batismo a partir deste fio da circuncisão, poderá nos ajudar a dissipar certos equívocos que se tem em relação ao batismo. Colossenses, capítulo 2, versículo 6 a 15. Nós vamos ler. Como pós recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele. Arraigados e edificados nele, confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tendo cuidado para que ninguém vos faça a presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo, porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Estás perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade. Versículo 11, no qual também estás circuncidados, com a circuncisão não feita por mão, no escojo do corpo dos pecados, da carne, a circuncisão de Cristo. Vejam, no versículo 12, sepultados com ele no batismo nele, com a circuncisão não feita por mão, acho que saltei, desculpem, sepultados com ele no batismo nele, também o ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. Notem que a minha leitura do versículo 12, deve ser um pouquinho diferente com a maioria das bíblias, há um vírgula no batismo, sepultados com ele no batismo, vírgula, não sei se as vossas bíblias são assim. Bem, me vem à mente a possibilidade de que talvez a melhor forma deste verso seja, sepultados com ele no batismo nele, e na circuncisão da vossa carne, o Jesus ficou juntamente, acho que saltei alguma coisa, desculpem, sepultados com ele no batismo nele, também o ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, porquê que eu acabei por pôr a vírgula no nele? Porque uma das coisas que vamos ver, e já falamos a vez passada, é sobretudo a ideia do batismo em Jesus, e não sabemos que a forma como se escrevia, não havia vírgula, não havia pontos de interrogação, são coisas que nós, mais para aqui, desenvolvemos. Então faz muito sentido a ideia de ser sepultados com ele no batismo nele, porque a Bíblia, o Nosso Testamento, fala em ser batizado em Jesus, e fala sobre ser batizado em Moisés. Então, é por essa razão que nós lemos daquele jeito. No verso 13, e quando vós estáveis mortos nos pecados, e na circuncisão da vossa carne, vos vilificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a célula, a lei, que era contra nós, as suas ordenanças, a qual, de alguma maneira, nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz, e disposando os principados e potestades, os expôs publicamente, e deles que não foram em si mesmo. Esse último verso, sobretudo, traz o aspecto de batalha espiritual, que falaremos no próximo estudo sobre o batismo, batismo como sacramento e batalha espiritual. Mas aqui nós só queríamos ver, sobretudo, esse paralelo. Por que que Paulo está a nos apresentar à circuncisão como batismo? Por que essa familiaridade? Por que essa simbologia? Ele está a dizer, não, o batismo em Jesus é como a circuncisão, mas não é a circuncisão na visão da carne, é uma circuncisão mais profunda. É isso que o batismo está a apontar. Essa é a mensagem. Então, se nós entendermos, por exemplo, que o verso 11, nós temos tais circuncidados nele, é praticamente o paralelo no batismo, ou no batismo nele, se preferir a minha traduçãozinha, esse paralelo forma muito forte a trazer a ideia de que entenda bem a circuncisão do Velho Testamento para entender bem o papel do batismo no Novo Testamento. É este o paralelo que lá está. E nós escolhemos isso porque os principais equívocos à volta do batismo podem ser dissipados se nós meditarmos um pouquinho sobre a circuncisão e o que a circuncisão não era para representar ou não tinha poder de fazer e do mesmo jeito no que o batismo não é para fazer e não tem poder de fazer. Então, é mais ou menos por essa razão ali. Então, com isso na nossa mente, a ideia de que vamos olhar para o batismo à luz da circuncisão, já que é isso que Colossenses 2 nos apresenta, vamos começar a falar sobre, sobretudo, os dois principais problemas físicos que têm surgido. A vez passada nós falamos sobre o credo-batismo, a ideia de que só se deve batizar quem crê. E essa é a posição geral, ou seja, o solo geral, entre aspas, pode dizer, é a maior posição do movimento ou das igrejas protestantes, tirando aquelas mais reformadas, tipo a igreja, estamos a falar da presbiteriana, aqui, por exemplo, acho que a caieca também é dessa mesma linha, que batizam crianças, e mais algumas outras reformadas por aí que batizam crianças. A maioria das nossas igrejas pentecostais, evangélicas, a igreja batista, o próprio nome batista já traz essa ideia de que eles, para a visão batista ou batismo, só pode ser para quem crê, quem tem idade para acreditar. Então é credo-batista. Há essa posição que é preciso entender o que é o batismo para que a pessoa seja batizada. Mas, por vezes, para além dessa ideia de que tem que ter idade e maturidade para se crer, ainda assim, associam-se ao batismo certas coisas que talvez a Bíblia, o Novo Testamento e o Velho Testamento não corroboram. Então é isso que nós queremos ver um pouquinho. Depois tem a outra posição, que é a posição pedobatista. Essa é a posição que as crianças, não somente podem, antes devem ser batizadas. E qual é a ideia fundamental que traz, que defende o pedobatismo? É essa doutrina famosa do pecado original, da depravação total ou do... Qual é a outra palavra que usam para chamar isso? Eu usei. Pecado original, depravação total, natureza pecaminosa. Então, essa teoria que está, sobretudo, associada ao São Agostinho de Ipona, acaba dando essa força a essa prática. Quer dizer assim, todos os seres humanos nascem com uma natureza pecaminosa. Não é um pecado que eles cometeram, mas é um pecado que eles adquiriram, porque nasceram a partir do desejo sexual, e o desejo sexual já é visto como fruto do pecado. E São Agostinho é a principal pessoa que apresentou essa teoria. Isso que acabei de explicar chamam de tradicionismo. Então, é mais ou menos assim. Já que todos nascem com o pecado original, se morrerem com o pecado original, vão para o inferno. Então, o mínimo que pode acontecer é que, passando por esse sacramento especial da Igreja, segundo as palavras de Agostinho, da Igreja Universal, no caso católico, são assim então que as crianças estariam livres desse pecado que adquiriram de Adão. E, embora nós acho que ainda não fizemos um estudo na comunidade assim aprofundado só sobre esse tema, já sabem que pelo menos nós, eu pelo menos não abraço isso, não vejo fundamentação bíblica para essa teoria famosa. De qualquer das formas, vamos ler aqui as palavras de Agostinho. Agostinho vai dizer assim, né? Apenas o médico que veio, não devido aos que estão saudáveis, mas devido aos que estão doentes. Apenas o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Apenas o Salvador de quem os humanos foram informados. Hoje nasceu-vos um Salvador. Apenas o Redentor cujo sangue apaga a nossa transgressão, liberta as pessoas deste pecado, desta doença, desta ira de Deus. Vejam já a seleção de palavras. Liberta as pessoas deste pecado, Adão, desta doença que todos os seres humanos herdaram, e desta ira de Deus porque, de alguma forma, é como se o próprio Deus que tivesse decidido que poderiam ter pecado daquele jeito, então o castigo é a natureza pecaminosa. Ele diz, mesmo que não tenham pecado pessoal, no caso as crianças, devido à sua idade, aqueles que carregam consigo o pecado original, são por natureza filhos desta ira. Para usar a linguagem de Efésios 2, versículo 3. Ele depois diz, quem será tão audacioso a ponto de dizer que Cristo não é o Salvador e Redentor das crianças? Em outras palavras, se Cristo é o Redentor e Salvador também das crianças, é porque também as crianças estão doentes, também têm pecado. Ainda que não seja um pecado que eles próprios cometeram, mas o pecado que receberam de Adão. Então, essa visão vai ter várias formas de interpretações, mas nasce desse tipo de pensamento que a Igreja Católica, as igrejas reformadas a partir de Lutero, Calvínio, enfim, essas figuras todas abraçaram esse tipo de pensamento avucinado. E assim temos, então, essa prática do credopatismo. Quer dizer que os nossos irmãos cristãos que batizam crianças, fazem-no não só por qualquer pensamento estranho, mas sobretudo porque acham que estão a fazer o melhor para os seus filhos. Quer dizer que não estamos a purificar os nossos filhos do pecado original, assim se alguma coisa acontecer, não vão para o inferno. Se não passaram pelo batismo, é para morrer. Se não passar pelo batismo, vão para o inferno. Mais ou menos as implicações aí possíveis. Então, segundo Agostinho, o batismo vai limpar a criança do pecado original e vai garantir a salvação das crianças. Agora, essa visão, ainda que presente em muitas igrejas, milhões e milhões de cristãos do mundo abraçam essa visão, não sei se bate certo com aquilo que nós vemos o Apóstolo Paulo a introduzir em Colossenses 2, que é quando nós metemos o batismo como o paralelo de circuncisão. Então, há alguns problemas exatamente ali. Quando nós passarmos a olhar para o batismo, a luz, a circuncisão, poderemos nos livrar de certas ideias, ainda que sejam famosas. Vê, por exemplo, essa ideia de que uma vez a pessoa é batizada, a pessoa está bonificada e que a pessoa está segura. A nossa experiência contraria muito disso. Quantas pessoas foram batizadas na infância e cresceram para ser pessoas profanas, perversas e que não temem a Deus? Muitas pessoas. Não há nenhuma segurança de que porque uma criança foi batizada quando era criança, vai crescer no caminho da palavra Deus. Não há essa prova. Muitos foram batizados como crianças e cresceram profanos. Alguns foram batizados como crianças e depois desviaram-se, abraçaram as coisas mais livres do mundo. Muitos passaram por isso. Então, não há aqui essa certeza de que por eu ter passado pelo batismo como criança, então estou seguro em Cristo. Não. Algumas vezes, habita a ideia de que depois de batizar como criança, a pessoa vai confirmar o batismo como adulto. Nem sempre é o caso. Não sei a estatística, mas a minha experiência com pessoas me dá a ideia de que a maioria não confirma nada o tal batismo. É mais uma ficção do que uma realidade. Mas também, do mesmo jeito que estamos a falar das crianças, dos adultos. Muitos vão dizer, não, bem, porque eu fui batizado, porque eu confessei a Cristo naquele momento há 10 águas, eu sou salvo. Mas quantos foram batizados, confessaram com os lábios, mas depois de passar pelo batismo, a vida não mudou, os caminhos não mudaram, continuam a falar do mesmo jeito que falavam, a fazer as mesmas coisas que faziam, o coração continua egoísta, alguns até tornaram-se mais perversos do que antes. Muitos assim. Eu fui batizado, acho que eu devia ter aí os 12 ou 13 anos, mas a minha conversão real foi bem mais fria. Eu tenho a certeza que se eu estivesse morrido a esse período, eu estaria na condenação porque sei o tipo de vida que eu levava. E como eu, quantos outros foram batizados, confessaram Jesus, viveram outras vidas. Então há necessidade de nós pensarmos sobre o batismo. É mesmo necessário. Há aquelas pessoas, ainda há dias eu estava, vi um vídeo, não assisti os argumentos, mas onde encontramos alguém que era pastor e tornou-se agora ateu. Ateu fervoroso. Ele batizava pessoas. Ele foi batizado, depois se tornou um ateu e agora está tentando levar pessoas a não acreditar em Deus. Então o batismo dele lhe salvou, como dizem? Não. A ideia de que foi salvo, foi purificado dos seus pecados tem que ser bem pensado. Não basta entrar na água. Há algo mais profundo que o batismo aponta e é aquilo que veremos com o paralelo da própria circuncisão porque a mesma coisa vamos ver no caso da circuncisão também. Uma análise da circuncisão do Velho Testamento vai nos delinear mais ou menos como também devemos entender a questão do batismo. Então em Tito 1, versículo 16, nós vamos ler Concessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes e reprovados para toda boa obra. Não acredito que ser reprovado ou réprobo é o estado de uma pessoa salva e purificada. Mas não há dúvidas que as pessoas que confessaram a Jesus foram batizados na água, mas que são essas pessoas assim, que as suas obras, não as suas palavras, as suas obras negam a Jesus. As suas obras são abominações, são pessoas desobedientes e reprovadas para toda boa obra. Não acredito que isso se refere ao estado de uma pessoa salva, ainda que possa se referir ao estado de uma pessoa que foi batizada. Segundo a Pedro 2, 20 a 22, ele vai dizer, por quanto, se depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor, e salvador Jesus Cristo, vejam, deixa eu repetir, por quanto, se depois de terem escapado, terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que conhecendo ou desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado, desse modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz, o cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadoro de lama. Então há pessoas desse tipo que confessaram, foram batizados, mas as suas vidas enquadram-se a essa realidade aqui, segundo a Pedro 2, 20 a 22, versículo 16. Então com isso vai de alguma forma ficar fácil vermos as palavras de João, quando ele estava a insistir, aquele grupo de pessoas que estavam a recorrer ao seu batismo, Mateus 3, 8 a 10. João vai dizer àquele grupo de pessoas, Produzi pós-frutos dignos de arrependimento, e não preso mais de vós mesmos, dizendo, temos por pai, Abraão, porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos, Abraão. E também agora está posto um machado à raiz das árvores. Toda árvore pós que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. João está a falar isso por quê? Porque João entendia que não bastava ir mergulhar alguém na água, batizar que essa pessoa estava bem com Deus. Era preciso que o coração fosse transformado, era preciso que houvesse uma rejeição dos caminhos errados. É isso que se esperava, a imagem de um novo judeu. Entrou na água, morreu aquele que estava na injustiça, e ao levantar era um novo homem, uma nova era proclamada na vida de quem passava pelo batismo. Então, não é a água em si que transforma a pessoa. Essa visão, o próprio João Batista já tinha. E eu não acho que é muito diferente da visão que nós precisamos ter como cristãos. Quero ser batizado. Por quê? O que é que o batismo simboliza? Qual é a ideia do batismo? Aquele é o caminho que eu quero abraçar mesmo? É isso que realmente está em meu coração? Uma nova criatura é o ser? É isso que eu abracei em Jesus? Eu creio na palavra de Jesus e quero viver do jeito da palavra de Jesus? É isso mais profundo que está lá? Vamos então ver algumas situações para nos ajudar a ver os dilemas. Quando o povo de Israel atravessou o Mar Vermelho, será que não havia crianças no meio deles? O que vocês acham? Tinha crianças ou não? Se tinha crianças e o Novo Testamento, acredito que em Hebreus 9, nós falamos a vez passada, apresenta aquilo como uma imagem de batismo, as crianças também foram batizadas. Ou não? É preciso pensar até aí. Quando Moisés asturgia o povo, aqui no Esmo de 24, falamos sobre o batismo, essa imagem do batismo também na outorga do Velho Testamento e também do Novo Testamento. Quando ela asturgiu a água e o sangue aos judeus, será que as crianças também não foram asturgidas? Ponto de interrogação. É só para dizer que essa imagem do batismo, desde o Velho Testamento ao Novo, dá algum espaço para incluirmos crianças aí. Estamos a falar de imagem, de simbologia, porque estamos a tentar vê-la a partir do Velho Testamento ao Novo para ver quais são as coisas que realmente estão por detrás do batismo. São perguntas que devem nos pôr a refletir, porque por vezes estamos rápidos em defender uma posição com unhas e dentes e talvez o maior problema não é aquilo. Aquilo que nós falamos no princípio, nós não queremos seguir muito a linha do que tem sido debate comum, que é o batismo, que é o batismo, mas queremos ver algo que é mais profundo e que talvez transcende essa discussão. Então vamos logo falar da circuncisão que é apresentada como a imagem do batismo do Novo Testamento em Colossenses 2. Gênesis 17, vamos ver, de 1 a 14. O batismo no Velho Testamento, e estamos a usar o Velho Testamento numa perspectiva mais solta, porque se fosse para sermos mais restritos, a circuncisão nem é do Velho Testamento, é antes do Velho Testamento. Pronto, então aqui vamos ver quando Deus vai instituir a circuncisão em Abraão. Nós vemos, Sendo pôs Abraão, da idade de 99 anos, desculpem, 99 anos, apareceu o Senhor Abraão e disse-lhe, Eu sou o Deus Todo-Poderoso, ando em minha presença e ser prefeito. Porém a minha aliança entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abraão sobre seu rosto e falou Deus com ele, dizendo, Quanto a mim, eis a minha aliança contigo. Serás o pai de muitas nações. Verso 5, vejam, E não se chamará mais o teu nome Abraão, mas Abraão será o teu nome, porque por pai de muitas nações te tenho posto. O que é que estamos aqui a ver? Mudança de identidade. Verso 6, E te farei fortificar grandissimamente, e de ti farei nações e reis sairão de ti. Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência. Depois de ti e suas gerações, por aliança perpétua, para tecer a ti por Deus e a tua descendência depois de ti. Essas palavras, numa visão menos espiritual, se referem diretamente a Israel. Mas quando nós interpretamos a fundo a visão do Novo Testamento, sabemos que essa descendência que Deus está a prometer a Abraão se refere ao próprio Jesus. Veremos isso um pouquinho mais à frente. Paulo vai falar isso no livro de Gálatas. Ele diz, E te darei a ti e a tua descendência, depois de ti e a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e servilizei o teu Deus. Diz-te mais Deus, Abraão. Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência, depois de ti e nas tuas gerações. Esta... Ok, por favor, desliga isso aí, eu vou tirar... Estou desconectado. Estou desconectado dessa parte. Espero que não... Ok. Ainda não deu carga. Pode tirar-se desta parte. E a... E a, e a. Pronto. Depois, estava em que verso? Desculpem. Em que verso parei? Nove. Nove, né? Diz-te mais Deus, Abraão. Tu, porém, guardarás a minha aliança, Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência, depois de ti e nas tuas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti, que todo homem entre vós será circuncidado. Prestem atenção ao verso 11. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio, e isso será por final final da aliança entre mim e vós. Final. Vejam a palavra que ele usou. Final da aliança. É apenas um final. No verso a seguir. O filho de oito dias, vejam, adulto ou criança? Criança. O filho de oito dias, vós, será circuncidado. Todo homem nas vossas gerações, o nascido na casa e o comprado por dinheiro, a qualquer estrangeiro que não for da tua descendência. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro, estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua. Vejam. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro, estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua. É a marca dessa aliança. Ela sinaliza a aliança. E o homem incircuncido, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada do seu povo. Quebrou a minha aliança. Em outras palavras, a promessa que Deus fez a Abraão, a aliança que Deus fez com Abraão, era para aqueles que faziam parte da casa de Abraão e os membros da casa de Abraão tinham que carregar consigo a marca dessa aliança. Era o final de que faziam parte da casa de Abraão. Agora, será que toda pessoa que fazia parte da casa de Abraão, todo macho, sobretudo, era perfeito? Estava salvo porque tinha o seu prepúcio circuncidado? Eu acho que a resposta não vem assim tão longe. O povo de Israel era circuncidado. Será que todos eles honraram a Deus, caminharam segundo a palavra de Deus? Qual é a resposta? Sim ou não? Sim ou não? Não. Então, não era o prepúcio cortado que garantia que o coração da pessoa circuncidada caminhava segundo a vontade de Deus. Se a visão do batismo é que o batismo é como se este sinal, que no Velho Testamento era a circuncisão, do mesmo jeito no Novo Testamento, não é o fato de nós mergulharmos alguém em nome de Jesus na água e tirarmos essa pessoa. Significa que essa pessoa, de facto, é nova criatura que realmente faz parte da casa de Deus. É algo mais profundo do que o corpo molhado, do que o prepúcio cortado. É essa imagem que nós queremos trazer quando estamos a ver, com licença, o batismo e a circuncisão. Há algo mais a fundo. Aquela circuncisão apontava para algo mais profundo, apontava para uma vida que abraçava de coração a aliança que Deus havia feito, que vivia segundo a promessa que Deus havia proclamado a Abraão. Nem todos assim viveram. Nem todos caminhavam na direção da promessa de Deus. E isso é importante. E uma outra coisa que provavelmente as nossas irmãs poderão pensar é exatamente aquela coisa. Sim, mas quando Deus fez essa aliança com Abraão, Ele disse que era pela circuncisão, e nós, as mulheres, não somos circuncisas. Mas é como? Então as mulheres judaicas, hebraias, não participavam dessa cerimônia, não faziam parte da casa de Abraão. Eu acho que o mínimo que nós podemos trazer aqui é exatamente já vermos uma das diferenças fundamentais entre esse sinal da aliança do Velho Testamento e esse sinal da aliança do Novo Testamento. Para mostrar que a nova aliança, a aliança do Novo Testamento, é mais inclusiva, é mais expansiva. A diferenciação de gênero desaparece. O homem e a mulher estão aí. O gentil e o judeu estão aí. O preto e o branco, o chinês, não sei lá o que, todos estão ali. É mais abrangente. Eu acho que ela já finaliza para isso quando olhamos para o batismo como essa nova circuncisão do Novo Testamento. Outra coisa que aqui já vale a pena ver de novo, além de que o povo de Israel, mesmo sendo circuncidado, nem sempre caminhou de acordo com a palavra e a vontade de Deus, é nós notarmos que Abraão foi justificado antes da circuncisão. Em Gênesis 15, 4 a 6, E este veio a palavra do Senhor a ele, dizendo, Este não será o teu herdeiro. Ela pensava sobre Ismael. Mas aquele que de tuas entranhas... Ah não, Ismael não. Ela pensava sobre o... Não, o filho do servo, Zeu. Que ele achou que pronto, o filho do servo poderia ser o seu herdeiro. E Deus lhe diz, Não, este não será o teu herdeiro. Mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. Então o levou fora e disse, Olhe agora para os teus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe, assim será tua descendência. E creu ela no Senhor. E imputou-lhe isto por justiça. Então Deus já havia considerado Abraão como justo antes de Abraão passar pela circuncisão. E o ideal talvez seja isso, que antes de nós passarmos pela água, antes de nós sermos batizados, tenhamos a certeza que já cremos no Evangelho, que já a obra de Deus no nosso coração foi feita, já vivemos em novidade de vida. E aí sim vamos confirmar publicamente que abraçamos esta nova identidade em Cristo. Então é preciso vermos esta coisa. E em Gálatas 3, 16, nós vamos ler Paulo a dizer, Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a sua descendência. Não diz e as descendências, no plural, como falando de muitas, mas como de uma só. E a sua descendência que é Cristo. Em outras palavras, a descendência de Abraão é Cristo. Não é só a que nós somos batizados em Cristo. Somos batizados nele. Fazemos parte do corpo dele. E assim participamos também do seu ser descendência de Abraão. É isso que a promessa que o Velho Testamento já apontava. O Novo Testamento vem já preparado pelo Velho Testamento com essa base toda que nós estamos aqui a ver. E creio eu que esta imagem da água, esta imagem do batismo, fala profundamente sobre a transformação, sobre a circuncisão do coração. E essa circuncisão do coração o faz o Espírito Santo. É ali onde entra esse ponto fundamental. A ideia do batismo ser o reflexo da circuncisão, do Velho Testamento, essa ideia do cortar, do sangrar, do lavar, esse lavar profundo é o que o próprio Espírito Santo faz. Sou Espírito Santo. Vejam o que é que em Efésios 1, de 11 a 14, Paulo vai nos dizer. Ele diz, Nel, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade, com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo, em quem também vós estáis, depois que ouvisteis a palavra da verdade, vejam, depois que ouvisteis a palavra da verdade, vós estáis em Cristo, depois de teres ouvido a palavra da verdade, quer dizer, o Evangelho foi pregado, você creu, e assim você entrou em Cristo. Ele diz, o Evangelho da vossa salvação, eu acho que eu vou ler de novo, porque são passagens muito debatidas, sobretudo para aqueles que têm uma inclinação calvinista e tal, então vamos ler com mais calma isso, embora não vamos entrar muito a fundo naquelas outras partes mais polêmicas. Em quem também vós estáis, quando, depois que ouvisteis a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, e sendo nele também, querido, fé, fortes selados, primeiro cremos, depois somos selados, com o Espírito Santo da promessa, essa promessa volta para as palavras de Deus do Abraão. É preciso vermos isso. Verso 14, O qual é o penhor da nossa herança para a redenção da concessão adquirida para o louvor da sua glória? É como se a fatura, o Espírito Santo é a fatura, é a marca de que fomos comprados por Jesus. A pessoa que creu de verdade, a pessoa que abraçou a Cristo de verdade, o verdadeiro sinal não é apenas que ele foi batizado, aquele batismo está a apontar para o sinal verdadeiro, que sinal é esse? O Espírito Santo. Por quê? Romanos 8, de 8 a 11. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estáis na carne, mas no Espírito. Se é que o Espírito de Deus habita em vós, quem não tem o Espírito de Deus em si, não está em Cristo, porque o Espírito de Cristo não está nele. Ele diz, mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Então, aqui o papel do Espírito Santo é totalmente fundamental e óbvio que o batismo está a apontar, o batismo do Novo Testamento está a apontar para isso. Esse é o fundo. Essa circuncisão é feita pelo Espírito Santo, não por mão humana. Ele diz, e se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o Espírito vive por causa da justiça. Essa é a linguagem do batismo. Morrer no mar e ressuscitar. E se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais pelo seu Espírito que em vós habita. Em outras palavras, a nossa promessa de ressurreição, de comunhão eterna com Deus, da glorificação, só é certa na medida que temos o Espírito Santo dentro de nós. Esse é o sinal que somos de Deus. Esse é o sinal que atesta verdadeiramente que fazemos parte da casa de Jesus. É isso que ela está a contar. Galápagos 5, 1 a 5, 1 a 6. Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Pense que eu, Paulo, vos digo que se vos deixar de circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. Não, aquela circuncisão do Velho Testamento era apenas um sinal. Agora que chegou Cristo, é preciso entender Cristo. É Cristo que tem o foco. Não é o corte no prepúcio. Ele vai dizer, e de novo protesto a todo homem que se deixar circuncidar que estará obrigado a guardar toda a lei. Separados estás de Cristo, vosos que vos justificaste pela lei. Da graça tens caído, tens tornado-os reprovados, e apostatados. Verso 5 diz, porque nós, pelo Espírito da fé, aguardamos a esperança da justiça. É pelo Espírito da fé. É pela fé. Verso 6, porque em Jesus Cristo, vejam, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem valor algum. Mas sim a fé que opera pelo amor. Qual é o poder da fé que opera pelo amor? O Espírito Santo. O batismo deve refletir isso. É o Espírito Santo na pessoa que, na verdade, dá a justificativa desse batismo. Você se for batizado, mas o teu coração não está em Cristo, se traste, lavar, molhaste o teu corpo, cantaste os livros bonitos, mas não é nada grande que vai acontecer na tua vida. Mas, sim, de todo coração, abraçando o evangelho, vamos receber a promessa do Espírito Santo. Romanos 8, ainda de 1 a 5, portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Esses são aqueles que foram batizados em Jesus. Que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. É uma realidade espiritual, no fundo. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível a lei, visto como estava enferma pela carne, é a carne onde se corta o prepúcio, atenção, enviando seu Filho em semelhanças à carne do pecado, pelo pecado, condenou o pecado na carne. Por essa razão é que o próprio Jesus foi também circuncidado. Por essa razão é que o próprio Jesus também foi batizado por João Batista. Porque ele tinha que se tornar o mais familiar conosco, com o próprio povo de Israel. Eu digo, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Andar segundo a carne é aquela visão de quem ainda está no pecado, que ainda não morreu. Não, aqueles que vivem segundo o Espírito são aqueles que, ao mergulhar, representam a vida do pecado que morreu, e ao levantar, representam a vida nova pelo Espírito. Porque os que são segundo a carne, inclinam-se para as coisas da carne. Mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Quando o Espírito Deus está em nós, nós temos prazer e preocupação de fazer as coisas espirituais que agradam a Deus. Não somos derrotados pelo pecado. O nosso coração anseia pelos caminhos de pureza, pelas coisas boas de Deus. É isso que o Espírito Santo manifesta em nós. E a vida nova é essa. Essa é a vida da pessoa que está preparada idealmente para o batismo. Se é isso que realmente o nosso coração deseja, está bem. Aí podemos batizar. Se isso não faz parte daquilo que tu entendes, que é o ser batizado. O ser batizado, vão também dizer que eu fui batizado apenas. Não, não. É preciso a pessoa entender o ideal, que não. Eu sou nova criatura. Eu vou viver do jeito de Cristo, dos caminhos de Cristo. Essa aqui é a disposição do meu coração. Quero viver nos caminhos de Cristo. Decidi viver com Cristo. Então estou preparado a ser batizado, a abraçar a Jesus assim no batismo também. Então, desta forma, o batismo vai ser uma resposta ao Evangelho. Não vai ser o poder do Evangelho. Vai ser a resposta do Evangelho. E essa diferença é fundamental. Porque muita gente, como falamos da visão tradicional credo-batista ou credo-batista, esse erro por vezes surge naquele meio das interpretações. Mas a visão mais bíblica é que o batismo é uma resposta ao Evangelho. Já abraçamos o Evangelho e é isso que vamos levar a dizer que quero ser batizado. Estou disposto a ser batizado. Não é que não vou ser batizado para ser salvo. Vou ser batizado para ter os meus pecados perdoados. Não é bem isso. Se você já abraçou a Cristo de todo o coração, arrependido, esse processo em que você se entregou a Cristo já operou em si uma transformação em que o próprio Cristo atuou. Mas é por causa dessa transformação que você vai depois estar disposto a fazer o ato de se batizar e publicamente abraçar esse final, essa imagem das coisas espirituais que já aconteceram dentro de ti. Vejam em Atos 10, 44 a 48. Quando Pedro vai, aqui o contexto é, Pedro vai ser levado a casa do Centurião Piedoso. Deus vai o mandar a ir com esses vendidos, que era algo proibido no judaísmo do tempo. E lá ele vai pregar ao Centurião e seus amigos e familiares. Vai lhes falar de Jesus, que é a mensagem que o anjo havia dito ao Centurião, que tinham que receber a mensagem que Pedro iria lhes apresentar, que é o Evangelho, depois de serem apresentados esse Evangelho é que nós lemos esses versículos de 44 a 48. E dizendo Pedro ainda essas palavras, que palavras? A proclamação do Evangelho, que já não vamos repetir o que é a proclamação do Evangelho. Nós lemos, e dizendo Pedro ainda essas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Eles não acreditavam que fosse possível, não entendiam isso assim, porque na sua visão típica o gentio era impuro, era um indivíduo ritualmente não lavado, não batizado. E nós lemos, porque os ouviam falar língua de madrificar a Deus, quer dizer que aqui temos uma espécie de apos dois, mas nos gentios. Pentecostes dos gentios. Respondeu então Pedro, pode alguém por ventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também receberam como nós o Espírito Santo? Ele perguntou. E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. Em outras palavras, a casa do corneio, os seus amigos foram batizados depois de abraçarem o Evangelho, depois de receberem o Espírito Santo. Foi a reação, foi a resposta do Evangelho pela fé que os levou a serem batizados. Não que só depois de serem batizados é que Deus os aceitou, não. Eles foram aceitos porque abraçaram o Evangelho com o coração rendido e preparado. A mesma coisa acontece mesmo em atos dois. Depois daquela celeuma toda do Espírito Santo descer e eles estarem a falar em línguas dos outros povos ali, depois o pessoal vai pensar que não, que os apóstolos, os discípulos estivessem bêbados. Ele vai falar e vai proclamar a boa nova até chegar a este versículo 36 a 39. Podem ler com mais calma o capítulo todo. Então nós lemos ele a dizer, Pedro está a falar. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel, que a este Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. E ouvindo eles isto, confundiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e os demais apóstolos, que faremos irmãos? E disse-lhes Pedro, arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Verso 39, porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. Então aqui também vemos que é resposta, o batismo vem em resposta ao evangelho que foi proclamado. Eles ouvem o evangelho, são confundidos, arrependem-se dos seus caminhos errados, arrependem-se de terem seguido uma direção diferente daquela que Jesus havia revelado, porque foi revelado quem Jesus é por Pedro naquela pregação. Ele está dizendo então, agora vocês sejam batizados para a remissão dos vossos pecados. Não é que o batismo vai limpar os vossos pecados, mas a imagem é essa. Eu só vou aceitar ir ao batismo porque arrependi-me, estou disposto a abraçar uma vida nova em Jesus. Então é nesse sentido que há aqui esse símbolo que encontra respaldo na prática de um coração arrependido, que abraçou a palavra, que está agora a responder ao evangelho. O mesmo nós poderíamos falar do Paulo também. Paulo teve aquela experiência perseguindo a igreja. Nosso Senhor Jesus aparece, ele fica cego. Depois, aquela conversa que nós já conhecemos, quando Paulo depois vai receber o mensageiro de Deus que Jesus vai enviar, esse vai orar para Paulo, para ele receber a sua visão. Paulo naquela altura já é crente. E depois de ele receber a sua visão, o Sérgio Deus vai lhe dizer assim, seja batizado. O batismo vem como reação, como resposta ao evangelho. Não é o próprio evangelho. Poderíamos, de forma mais restrita, mais profunda, aceitar o batismo como uma imagem do evangelho, se nós entendermos a mensagem da vida de Jesus, da sua morte, na simbologia toda. Mas, de forma mais prática, é isso que nós estamos aqui a tentar explicar. Então, qual é o coração do batismo? O coração do batismo é a criação de uma nova identidade. O coração do batismo é a formação de um novo homem. Essa é a ideia fundamental que o batismo está a apontar. Esse novo homem só é possível pelo Espírito Santo. Pois, sem o Espírito Santo, o homem na carne continua a ser carne. Só com o Espírito Santo é que temos um novo homem, criado no Espírito de Cristo, a imagem de Cristo. Em Efésios 2, 11 a 22, estamos no fim das nossas leituras de hoje. Portanto, diz Paulo, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, ereis gentios na carne, chamados em circuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens. Paulo está a falar isso por quê? Porque é uma circuncisão feita no coração. É essa a ideia do batismo. Que naquele tempo estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel. Não faziam parte da casa. Os da comunidade eram circuncidados. Era uma das marcas fundamentais para fazer parte de quem é da aliança do Velho Testamento. Eles traem as alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, em Cristo, vós que antes estaves longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Atenção, quando falamos a primeira vez sobre as lavagens, falamos o quê? Que esses rituais de lavagens ou de batismo tinham como fundamento preparar a vem para que esteja no lugar santo. O povo, antes de ser purificado, é ritualisticamente impuro para estar no lugar sagrado. Sejam os sacerdotes, sejam os objetos que ele usava. Todos tinham que passar por um ritual de purificação ou batismo. E aquilo agora está a falar. Mas agora, em Cristo Jesus, vós que antes estaves longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Já fostes purificado, já fostes batizado. E nós já falamos aqui que este sangue é a imagem da água do batismo também. Então ele vai dizer, porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um. E derrubando as paredes da separação, a parede, não as, a parede da separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade. Isto é, a lei dos mandamentos que consistia em ordenanças para criar em si mesmo, dos dois, atenção, um novo homem fazendo a paz. Qual é a imagem? No Velho Testamento temos a casa de Abraão, que depois temos a casa de Israel. O Novo Testamento está a juntar os gentios lavados em Cristo e os da casa de Israel lavados em Cristo está a criar um novo homem. Este novo homem é o objetivo do batismo, é o coração do batismo, o novo homem. Esta é a imagem, nós falamos que a água também representa o ventre. A água representa a morte, aquele que está a sair da água é alguém que nasceu de novo. Aquele que está a sair da água é alguém que ressuscitou. Estas são as várias imagens, podemos ter outras imagens mais. Mas a ideia é que é um novo homem, é uma nova terra, é uma nova mentalidade, é um novo corpo, é um novo coração. Tantos novos que nós podemos dar aí, mas a ideia é esta, um novo homem. Assim como quando Deus faz sair a terra do mar na criação, assim também o novo homem saindo do batismo. Esta é a imagem, em Cristo Jesus um novo homem está a ser formado. Eu disse, e pela cruz reconciliar ambos com Deus e um corpo matando com ele as inimizadas. Já falamos que a própria cruz também é um batismo. Vimos já este elemento aí. E vindo ele evangelizou a paz a vós que estavais longe e aos que estavam perto. Os dois grupos, Israel e os gentios. Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo espírito, o Espírito Santo. Assim que já não só estrangeiros, nem forasteiros, mas com cidadãos dos santos e da família de Deus. É pelo batismo, é pela circuncisão que você faz parte da casa de Abraão. É essa a ideia, a nova edificada. Agora vocês todos fazem parte da família de Deus, pelo batismo. Claro, voltando a falar pelo batismo dentro, não apenas na água. Edificados sob o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Essa linguagem de templo. E claro, se é templo, é porque para se aproximar tem que passar por purificação. E essa purificação é batismo. Verso 21, no qual todo edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós, juntamente todos edificados, juntamente com os hebreus, os judeus crentes em Jesus. No qual também vós, juntamente todos edificados para a morada de Deus em Espírito. Essa é o fundo do batismo. O batismo aponta para essa realidade espiritual. Se não há essa realidade espiritual, passar pela água não faz nenhuma diferença, exceto molhar a nossa roupa e o nosso corpo. Mas se essa realidade espiritual é aquilo que o nosso coração anseia e busca em Cristo pela fé na palavra de Deus. Então, passar pela água é simplesmente comemorar essa bênção toda que aqui nós acabamos de estudar. O batismo deve ser visto como um final de inclusão à família de Deus. Um final, repetimos, final. E ela é uma resposta ao Evangelho. Ela não é a forma como somos salvos, mas é pela salvação que nós passamos por ela. E o verdadeiro batismo vai ser então essa circuncisão do nosso coração, em que é o Espírito Santo habitar em nós e transformar as nossas entranhas e nos fazer novas criaturas, com nova forma de pensar, com nova forma de agir, de viver segundo o Espírito e não segundo a carne. Romanos 2, 28-29 Porque não é judeu o que o é externamente, nem é circuncisão ao que o é externamente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. Essa é a ideia do batismo. Aqui esse final, esse símbolo abarca a todos, homem e mulher, não é como a circuncisão do Velho Testamento. E nela nós recebemos, nós de alguma forma estamos a exaltar essa transformação no Espírito, que Deus opera em nós na medida que abraçamos o Evangelho pela fé. Para o novo homem é o que o batismo em Jesus significa. É aí onde ele aponta, é isso que Deus quer. O batismo nas águas aponta para essa realidade espiritual. Para hoje é tudo, que Deus nos abençoe. Amém.

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