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Este episódio foi ao ar na Rádio Fonte de Vida no dia 15 de fevereiro de 2024 Imagem de Freepik
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In this conversation about diabetes treatment, the doctor emphasizes the importance of lifestyle changes, such as incorporating healthy habits and avoiding foods high in saturated fats and trans fats. They also discuss the significance of treating pre-diabetes as diabetes and the potential harm caused by delaying treatment. The non-medicinal approach includes implementing a healthy diet, educating patients about glycemic index, and engaging in physical activity for at least 150 minutes per week. The doctor emphasizes the importance of personalized treatment and the need for medical professionals to stay updated on available medications. They mention the availability of medications through the Brazilian Diabetes Society protocol and the importance of communication between doctors and patients to adjust medications if needed. The doctor also encourages elderly patients to engage in physical activity to improve cardiovascular health and prevent sarcopenia. The conversation concludes with Bom dia, doutor. Mais um programa, mais um encontro aqui na Ponte de Vida. Bom dia. Bom dia, meu amigo. Bom dia, amigos. Nós vamos voltar ao assunto da diabetes. Ontem nós falamos muito sobre a diabetes e hoje vamos falar sobre o tratamento da diabetes. Pois é. O paciente, ele foi diagnosticado com a diabetes, doutor. E aí, como deve ser feito esse tratamento com o paciente? Pois é. É muito interessante porque o seguinte, o paciente, como tudo que a gente fala, né, em relação, não só diabetes, pressão alta, a gente sabe que estilo de vida, alimentação, isso é muito importante. Então, a gente tem que seguir certas diretrizes. Não é assim, ah, mas um médico faz de um jeito, outro faz de outro. Lógico que cada um tem a sua tática, tem a sua conduta e é individualizado. Mas nós temos diretrizes. Por exemplo, a Sociedade Brasileira de Diabetes, na edição de 2023, eles têm um protocolo e esse protocolo deve ser seguido principalmente para a rede SUS. Agora, uma outra coisa que eu quero deixar bem claro logo de início é sobre o pré-diabetes, que há mais tempo o pessoal não tratava pré-diabetes. Eu sempre brinco. É como se eu tivesse uma telha quebrada e aí eu não ia consertar o telhado, não. Eu ia deixar chover para depois mexer na goteira? Não. Então, o pré-diabetes hoje, a gente já considera um diabetes. Por que que eu estou falando, gente, que muitas pessoas ficam lá, tem cinco anos que eu fui no médico, o médico falou que eu só tenho inícios em diabetes. Aí, depois de cinco, seis anos, é, agora eu vou começar o tratamento. Olha, gente, durante esses cinco, seis anos de, entre aspas, pré-diabetes, o organismo já está sendo prejudicado, pouco a pouco, os olhos, os rinhos, todo o organismo. Então, a gente tem que ficar ligado nisso. E uma das coisas muito importantes que a gente gosta de separar são duas abordagens, medicamentosa e não medicamentosa. Em relação a essa abordagem não medicamentosa, digamos assim, o protocolo recomenda, tanto para pessoas com diabetes e pré-diabetes, a implementação de hábitos de vida saudável. Isso deve ser bem claro. Incorporação de frutas, verduras, legumes na alimentação, evitar, como a gente sempre fala aqui, os alimentos ricos em gorduras saturadas, gorduras trans, o pessoal fala, e o paciente com diabetes, o diagnóstico caso, esse ainda tem que ser instruído a alimentação ainda mais saudável. Muitas vezes precisa de orientação dietética, até com um profissional habilitado, um nutricionista, por quê? Porque o paciente tem que aprender a saber qual o alimento que a gente fala assim, índice glicêmico. O que que é isso? Tem alimentos, é como se falasse assim, ó, esse alimento tem mais açúcar do que o outro. E muitas vezes a gente engana, acha que está comendo uma coisa que é, entre aspas, saudável, mas para o diabete ele faz mais mal. E muitas vezes o diabético deixa de comer bem, porque acha que, ah não, o diabete não pode comer isso. Pode, olha bem, tem que ser bem orientado. Bem orientado, inclusive você que está me ouvindo, pode passar lá no Cadite, pedir a Celeste, Luizinho, lá que nós temos vários pacientes mostrando, são receitas para diabéticos. Há mais tempo o pessoal fala, mas o diabético, coitado, não come nada gostoso. Come, existe pratos, ainda mais hoje, a gastronomia como toda, a gente vê nas redes sociais aí um monte de gente dando dicas, mas nós temos que aprender a dosar os carboidratos, ou seja, ver cada alimento de açúcar. E sobre a educação também, não só alimentar como físico, a gente tem que lembrar que para o pré-diabético e para o diabético, a gente precisa, é recomendado uma média de 150 minutos de atividade física por semana. É como se fosse de segunda a sexta, meia hora. Menos do que isso não é efetivo. Lógico, a pessoa pode fazer mais, mas menos, ah, mas eu faço três vezes só. Que bom, melhor do que nada, né, melhor do que nada. Mas o ideal são 150 minutos, no mínimo, durante a semana. Então essa é a abordagem não medicamentosa. Antes de conversar com medicamentos, vamos fazer isso, principalmente no pré-diabético, às vezes não há necessidade. Quando eu falo que o pré-diabético tem que ser tratado, ele está sendo tratado. A forma de tratamento pode ser com ou não uso de medicamento. Muito bem. O paciente já idoso, o que o senhor recomenda para ele fazer? Qual a atividade física, doutor? Ele não pode ir à academia, por exemplo, né? Por causa da idade, às vezes ele tem essa dificuldade. Olha bem que coisa interessante que você está dizendo. Muito boa, muito, muito, muito agradeço muito essa colocação, o senhor que dá a chance da gente fazer um adendo para esse paciente específico. Existe uma coisa chamada sarcopenia, que inclusive vai ser um dos temas de bate-papo nosso aqui, breve. A sarcopenia é quando a pessoa perde não só a força muscular, como ele vai perdendo a musculatura, todos nós com a idade. Você pode notar que vai ficando um pouco entre as, meio magra, perda de massa magra. E o que acontece? O paciente idoso, principalmente o diabético, ele tem uma tendência a ficar mais sarcopênico ainda. Então, primeiro, os exercícios físicos com um bom personal, com um bom profissional de educação física, ele pode, se ele tiver disponibilidade, fazer academia, sim. Lógico que são exercícios, por quê? Porque geralmente esse paciente tem outras patologias. Às vezes ele tem um problema de artrose, como ele junta tudo, né? Então ele tem um problema de artrose, às vezes ele tem um problema de bigos papagaicas, falam que é a coluna. Então, por isso que tem que ser bem indicado. Agora, a atividade física aeróbica, que é o caminhar, esse aí, todo mundo tem que fazer independente da idade. Mesmo aquele senhor que está com a begalinha dele, ele tem que andar. Por quê? No andar, ele vai melhorar toda a atividade física, mas principalmente o condicionamento cardíaco. A bomba não pode parar. E outra coisa, as panturrilhas. É como se a gente falasse que a gente tem um coração central, que é esse do tórax, e a batata da perna, que são as panturrilhas, elas têm que movimentar para melhorar o retorno idoso. Então, o idoso, muitas vezes, fica muito parado, assistindo televisão. Essas senhoras que gostam de ficar só no tricô sentado, não. Tem que caminhar, tem que exercitar. Muito bem. É uma pergunta, e isso aí é bom, né? Porque, às vezes, o paciente, com a diabetes, não tem disposição, às vezes, de fazer uma caminhada. Então, é bom que seja orientado que faça, pelo menos, uma caminhada. Isso, e não só para o paciente diabético, o paciente idoso, no sentido geral. Hoje, o idoso, 80 e tantos anos, está fazendo exercício, faz as bicicletas, caminhando sentado, para não forçar a barra, caminha. A gente conhece muito idoso aí, que faz exercício todo dia. Muito bem. Oito horas, mais treze minutos. Você está acompanhando aqui, pela rádio Fonte de Vida, o nosso bate-papa, a nossa conversa com o doutor Fábio Araújo de Sá. E, se você tem alguma pergunta, pode fazer aqui no nosso whatsapp, 333-3156-41. Estamos aqui à disposição para atender você, ouvinte, que está aí ligado, acompanhando aí, o nosso programa. Doutor, mas quando isso não resolver, ou seja, quando mesmo com dietas e exercícios físicos, o paciente não conseguir aí, controlar a sua diabetes, e aí, ele deve usar medicamentos, doutor? Perfeito, perfeito. É isso que eu falo. Não existe medicamento nenhum, melhor do que mudança de hábitos. Hábitos saudáveis, alimentação. Primeiro isso. E aí, juntamente com isso, se o caso, olha, não conseguir, meu organismo não tem insulina suficiente, ou tem uma coisa chamada resistência insulínica, aí é muito importante, sim. Agora, olha que interessante. E é muito importante também que o colega médico tenha pleno conhecimento das diversas opções medicamentosas. Porque hoje, sabe, tem medicamento próprio para cada tipo de paciente. A verdade é a seguinte. Primeiro, nenhum paciente é igual ao outro. O ser humano tem essa digitalidade. E o tratamento também tem cheio de digitalizado. Às vezes, o paciente tem comorbidades. O que é isso? Ele tem mais de uma doença. Além de diabetes, ele já tem outras coisas. Então, tem paciente que não acerta com aquele medicamento, ou ele é intolerante, igual, por exemplo, a metformina, que é um medicamento ótimo, vamos falar daqui um pouquinho. Tem 60 anos já. Geralmente, cada 100 pacientes, 15 não conseguem usar metformina. Por quê? Porque tem intolerância intestinal, ousador de barriga, outros atensígnos, os diarreicas. Então, é o seguinte. O médico passou metformina. Ah, não, mas não vou usar, não, porque comecei a tomar e fez mal. O médico não tem como ele saber se você é intolerante. Você tem que voltar no médico e falar, olha, esse medicamento não acertei com ele. E não simplesmente parar de tomar. Outro erro muito, o médico passou três vezes por dia, mas três vezes por dia está me fazendo mal, vou tomar só duas. Não, não é assim. Então, você tem que conversar. E o colega médico tem que estar atualizado, muito atualizado com o processo de medicamentos. Porque hoje nós temos um moleque muito grande. De seis anos para cá, principalmente, o tratamento da diabetologia mudou muito. Então, tem muita coisa nova, muita coisa boa. Então, o médico também tem que estar sempre atualizado nesse sistema. Muito bem. Oito horas mais dezesseis minutos. Oito e dezesseis. Obrigado a você que está ligado, está acompanhando aí a programação da Fonte Vida, acompanhando o nosso quadro aí com o doutor Fábio Araújo de Sá. E nós estamos falando aí sobre o tratamento da diabetes. Vamos lá, doutor. Quais são aí os principais medicamentos usados aí para o tratamento do diabetes? Que se encontra disponível hoje na rede SUS. Tem muitos, doutor? Tem. O SUS oferece aí os remédios suficientes para o paciente com diabetes? Olha, eu vou dizer que sim. Pelo seguinte, lógico que a gente tem que acrescentar novas drogas que estão chegando. Porque tem paciente, como eu disse, ele é refratário. Ou ele tem intolerante, ou aquela medicação para ele não serve. Eu sempre faço uma brincadeira, uma coisa lúdica, que eu comparo o seguinte. Aquelas fazendas antigas que tinham aquele monte de janelas. Então vamos supor que eu tenho uma fazenda aqui. Fazendão mesmo. Fazendão. Vamos supor que eu estou falando aqui de 12 janelas. Olha só, eu saio de casa, vou fechar a porta e fechei 11 janelas. Deixei um aberto. Não adiantou. Se tiver um ladrão, ele vai entrar do mesmo jeito. Por que eu estou brincando com 12 janelas? Porque hoje nós temos 12 efeitos deletérios que podem atuar ajudando a piorar o diabetes. Então, às vezes, uma medicação é como se fechar as três janelas. A outra fecha mais duas. Essa aqui fecha mais quatro. Então, às vezes, a gente precisa de mais de uma droga. Não estou dizendo que você já vai começar com dois, três medicamentos. Por que? Só para vocês entenderem rapidinho. Isso que você falou no SUS, e é o que a gente usa também, lógico, na rede particular. Eu sempre falo, coisa boa e barata, todo mundo gosta. Tem que ser efetivo. Então, por exemplo, quando a gente fala da sulfonil-ireia, o que é isso? É um medicamento que ele faz o quê? Ele aumenta a secreção pancreática da insulina. Lembra que ontem nós falamos sobre a insulina e o pâncreas? O pâncreas não produz insulina? Então, o que esse medicamento faz? Ele vai fazer o pâncreas liberar mais insulina para o corpo. Então, você tomou aquele remédio, o pâncreas está lá. Então, vou colocar mais insulina para queimar essa glicose. É o que a gente conhece muito aí da glibencamida, glimiperida e glicazida. Agora, olha bem o que eu quero dizer. Eu, particularmente, não uso mais glibencamida. A glibencamida, para pacientes, é aquilo que eu estou falando. Vamos supor que o paciente tem um problema de coração e insuficiência cardíaca. O paciente que tem insuficiência cardíaca não pode usar a glibencamida, mas ele pode usar a glicazida, que está aí no SUS. Em muitas cidades do interior também, os próprios prefeitos ajudam a comprar essa glicazida. O outro que é muito conhecido é a metformina. O que ela vai fazer? Ela vai diminuir a produção hepática da glicose. Olha que interessante. O fígado também produz açúcar. Então, a metformina, o que ela faz? Ela diminui a produção de açúcar. O outro já vai fazer o quê? Liberar mais insulina. São medicamentos que um junta com o outro. Então, por isso que a maioria das pessoas usa muito isso aí. Agora, mesmo acontecendo isso, o paciente não tem insulina no organismo. Para que eu vou dar glicazida para ele? Por isso que eu estou falando, que a gente tem que estar atento. Tem pessoas que falam assim, Dr. Fábio, eu estou usando a tal da glicazida que o senhor falou já, e o meu diabetes não regula. Será que o seu pâncreas tem insulina para poder? Porque a glicazida, eu falei o quê? Ela vai aumentar a secreção. Se você não tem produção, como é que você vai liberar alguma coisa? Vai tirar leite de pedra? É que eu sempre brinco, é aquele cavalinho que está subindo aqui, o pangaré subindo o morro da raposa. A carroça está vazia, mas o coitadinho do cavalinho está subindo com muita dificuldade. Se o eixo, a carroça ainda é de tijolo, aí que ele não vai subir mesmo. Então, muitas vezes, tem paciente usando glicazida, à toa, nem devia, porque o pâncreas já está falido. Você ainda vai espremer ele para tirar o quê? Então, nesses casos, você tem que usar insulina. Então, o paciente que está me ouvindo tem que parar de pensar assim, como se a insulina fosse um castigo. Ah, meu Deus, agora eu vou... E muitos médicos falam, se você não melhorar, vai ter que tomar insulina como se fosse ameaça. Não, aí o paciente já vai triste, já vai ser refratário. Não, se tem insulina. Então, nós falamos aqui desses principais aí no caso, que é a metformina, a glicamida e a insulina. E agora tem um medicamento novo, que saiu há pouco tempo, uns 10 anos para cá, que chama-se as glifosinas, são os inibidores de SLT2. Doutor, mas que nome complicado. Olha bem, essa medicação, ela mudou todo o tratamento do diabetes. Graças a Deus, agora tem no SUS. Mas presta atenção, no SUS, ela está com o nome de dataglifosina. Então, nós não estamos falando o nome comercial, nós estamos falando molécula. Então, aqui a gente não faz propaganda de remédio para empresa nenhuma. Mas ontem, eu sou obrigado a falar, porque a gente tem que citar fontes. Ontem, antes de ir preparando o programa aqui, eu entrei em contato com o pessoal da AstraZeneca. A AstraZeneca, essa que fez as vacinas aí da Covid, né? Ela produz essa dataglifosina. E olha que interessante, ele me falou que a Conitec, para quem não sabe, Conitec é a Comissão Nacional de Cooperação de Tecnologia do SUS. O que é isso? Essa comissão, o Bolsonaro falou que lançou um medicamento que só tem particular. Aí, eles começam a fazer testes, falam assim, gente, essa medicação tem que ir no SUS, por quê? Ela diminui a insuficiência cardíaca, ela diminui o risco de infarto, risco dos diabéticos. Então, não pode ficar só particular. Aí, conclusão. Faz os estudos, apresenta para essa comissão, e essa comissão fala, o pessoal do SUS, vamos colocar esse medicamento aqui no SUS sim, porque vale a pena. Então, lógico que isso é um processo. E foi aprovado pela Conitec, porque até então, só pacientes acima de 65 anos podiam conseguir pelo SUS. Então, tem que esperar o cara ficar mais velho, passar mal, piorar tudo, para depois liberar. Só que aí, já foi aprovado, e vai ser publicado pelo Diário Oficial da União, por isso que eu estou falando. Não, ainda não tem. Então, vocês estão me ouvindo aí, a partir de 40 anos de idade, vai ser liberado. A comissão já aprovou, mas ainda não saiu do Diário Oficial da União. Se não, depois vocês chegarem lá no posto e falarem assim, ah, o doutor Fábio falou que eles remetem, sabe o que fazer agora? Eu tenho 40 anos, não tenho direito. Não, você já tem direito. Só que ainda não foi publicado. Eu acredito que até março, abril, de acordo com a empresa, já existe. Esse ano ainda vai ter. Vai. E isso vai ser um ganho muito grande, porque essa medicação, por isso que eu falo que o pessoal tem que estar sempre atualizado. Essa medicação, ela vai fazer o quê? Ela vai pegar, aí que eu falo, o que eu disse? Um, diminuir a produção da glicose. O outro faz liberar mais insulina. E essa medicação, o que ela faz? Ela vai pegar o açúcar que está no sangue e jogar praticamente todo na urina, e não deixa reabsorver. Então, a pessoa vai eliminar, através da urina, ele vai eliminar o açúcar que está em excesso no sangue. Então, e olha que interessante, essas glifosinas, por isso que eu falo, o pessoal aí que gosta também, eu respeito muito a medicina alternativa, o pessoal que mexe com plantas, sabe? Eu acho que isso é muito importante, eu sempre digo, a diferença de medicamento para veneno é só a dose. Se você tomar da dose certa, é remédio. Se você tomar a dose errada, vira veneno. Por isso, tem que tomar cuidado com o chá. Mas por que eu estou falando isso? A glifosina, amigo, ela já foi estudada 150 anos atrás. E ela é retirada da casca, da raiz da macieira. Olha aí, da macieira. Então, quer dizer, a maçã tem a raiz na casca ali, fizeram estudo, e é dali que é feita a medicação. Mas não estou falando, só que daqui a pouco tem gente pegando a raiz aí, fazendo chá e tomando. Não, eu só estou falando de onde que vem o estudo, de onde que é tirado isso aí. Por que que eu estou dizendo? É uma droga que veio mudar o paradigma do tratamento do diabetes. Tanto a glifosina, tem a hempasifosina, tem a cana glifosina, cada empresa tem um produto diferente. O que eu quero dizer é o seguinte, essa medicação, ela é tão importante. E por que que eu vou bater nela? Porque eu preciso que você, paciente, que esteja usando, olha aí, a metformina com a tal da bebecamida há muitos anos. Tem gente que fala assim, doutor Fábio, agora eu ouvi lá que o senhor falou que tem oito anos que eu tomo a metformina só. Não podia. Ah, então tem que parar de tomar metformina? Não, tem que acrescentar, tem que fechar outras janelas. Você está desprevenido, às vezes a glicose está até baixa, mas a minha glicose está normal, doutor Fábio, eu faço o exame. De novo, fez hemoglobina glicada? De repente, não. Não, doutor, eu fiz, também está boa. O fato de você estar com os números mostrando que está dentro do limite, mostra que você está protegido. Tem que parar de pensar no controle do diabético só pela glicose. Há mais tempo era o glucocêntrico. O que é isso? A glicose está baixa, esquece o resto. Não, hoje o tratamento do diabetes vai muito mais além. Além de baixar os níveis de açúcar no sangue, baixar a glicemia, controlar a glicemia, nós temos que ter proteção cardíaca, nós temos que ter proteção renal. Lembra que eu disse que só o fato do paciente ser diabético, ele já tem, às vezes, duas a quatro chances mais de ter um infarto. Ele já tem muito mais chances de ter problemas vasculares. Então, essa classe de medicamento, as glifosinas, o que elas fazem? Elas protegem o coração, evitam a chance de dar um derrame, diminui, a chance de dar um infarto, diminui. Outra coisa, qual que é um dos grandes medos do diabético? Problema renal. O pessoal fala, Deus me livre, para lá na hemodiálise. Então, sei o que eu estou querendo dizer, as glifosinas são as únicas drogas que realmente protegem os rins. Atenção, pacientes que já tem problemas renais graves, não podem usar metformina. A metformina é uma ótima droga, tem 60 anos, mas talvez para aquele paciente ele não pode. E aquele paciente que já tem um problema renal, além de estar usando a metformina que faz fazer mal, será que está usando essa dapa glifosina? As glifosinas? Não. Está vendo, colega médico? Está vendo, enfermeiro? É isso que a gente tem que pensar. Por quê? Olha bem, vamos supor que o paciente, no sentido aqui de retórica, caros ouvintes, vamos supor que o paciente chegue no médico e já está com os rins muito danificados, é um paciente que ficou um longo tempo com a diabetes mal controlada, não faz exercício físico, não come doce à vontade, está obeso, ou seja, ele foi no médico de riso, o médico fala, olha, eu acredito que dentro de 5 anos, mais ou menos, você vai estar na hemodiálise. Então vamos supor que o paciente está lá com 60 anos, que já teve diabetes durante muito tempo, ele vai falar, nossa senhora, 65 anos eu estou na hemodiálise, ninguém quer entrar a idade nenhuma, mas 65 hoje a pessoa está muito ativa, a vida toda é pela frente. Com essa medicação, mesmo aquele paciente que já não tem mais jeito de salvar os rins dele, com essa medicação, ele vai entrar na hemodiálise, sim, mas vai demorar 20 anos. Então de 5, ele ganha mais 15, só de usar essa medicação, isso não estou falando não. Ele pode até não ir para a hemodiálise. E sem falar que dentro de 20 anos, novos medicamentos podem aparecer. O que é dizer o seguinte, a queda que era muito rápida, 5 anos, ele vai ter uma queda, mas vai demorar 20. Então, de 60 anos, ele já passou para 80, já ganhou. Então é isso que a gente está querendo mostrar aqui, que o tratamento, ele vai muito além de você pegar uma tabelinha e falar, toma isso, toma aquilo. Não, tem que ser individualizado, cada paciente tem que ser estudado, cada paciente, além de reagir melhor àquela medicação, tem que saber se aquela medicação é ideal para ele. De novo, se ele não tem comorbidades, se ele já teve um infarto, então um AVC, mais do que nunca ele tem que usar essa glifosina. Por quê? Lembra que eu falei? Ah, você entra com um, depois entra com o outro. Não, mas eu não posso esperar para sair o outro. Ah, ele está usando metformina, eu vou esperar ele ficar ruim, a metformina não fazer mais efeito para entrar com o segundo. Aí eu vou esperar. Não, aí é uma terapia baseada em falhas. Hoje, nós já temos terapia tripla para início de tratamento. O que é isso, doutor Fabio? Você quer dizer, então, que você acabou de diagnosticar o paciente? Você já vai entrar com 3 medicações de uma vez? Sim! E isso, e isso, Defronzo, que é um dos maiores etnologistas do mundo, já recomenda. Tem casos que passam poucos dias e a gente já vai para 4 medicamentos, terapia quádrupla. Por quê? Vamos fechar todas as janelas e vamos proteger os pacientes. Então, cuidado você aí, que está usando metformina e bebecamida já há muitos anos, conversa com o seu médico, ou, às vezes, aquele médico, muitas vezes, na rede SUS, há uma rotatividade muito grande no portinho. Exatamente, tem que falar isso aqui, doutor. Às vezes, o paciente vai lá, esse mesmo mês que vem, vai lá, já é outro médico, aí já passa outra medicação para aquele paciente. E aí? Isso aí é muito importante. Por quê? Porque, às vezes, ele muda, ele não está acompanhando o paciente, ele não tem a história. Então, é importante que você, paciente, você que está nos ouvindo aí, você tem que ter conhecimento do seu diabetes. Tem uma máxima que diz o seguinte, ninguém conhece o seu diabetes melhor que o próprio paciente, o diabetes dele. Ele conhece melhor do que o médico. Então, ele tem que chegar perto do médico e explicar, olha, doutor, esse medicamento, o médico anterior que estava usando não está me fazendo bem. Olha, doutor, ano após ano, vem um médico novo aqui e está me deixando eu com menos medicamento. Eu ouvi um dia desses no programa no rádio, um médico falando que, de tempos em tempos, eu tenho que adicionar, eu já tenho aqui 26 anos que eu estou usando só essa droga, está certo? Não, não está certo. Mas o colega médico novo aí que está chegando, às vezes, ele começa daqui pra lá, ele não pensa na história anterior, ele tem que perguntar, tem quantos anos que você está usando isso aqui? Tem quantos anos que você é diabético? Ah, tem 15. E esse medicamento, tem quantos anos que você usa? Ah, tem 10 anos que eu uso só esse. Opa! Isso se chama inércia clínica. O que é inércia? É o médico que fica parado, ele sabe que tem que mexer ali, ah, não, vou esperar mais um pouco. Aí, ele vai embora e vem outro médico. Ah, não, vou esperar mais um ano. E vai só prorrogando isso. Não é verdade? E aí vai só complicando cada vez mais. É só complicando cada vez mais. 8 horas e 31 minutos pra gente fechar, ô doutor, mudanças de hábitos alimentares associadas aos exercícios físicos continua ainda sendo o melhor tratamento para o paciente, doutor? É isso aí. Vamos fechar com chave de ouro. Não adianta medicamentos novos, medicamentos... Bom, não adianta o susto aí, incorporando novos medicamentos, se a pessoa não faz uma boa dieta, não come direito e não faz exercício físico. Mas, na verdade, isso que você falou é tão importante que, olha só, tem medicamento... Tem paciente, rapaz. Você tem que ter que preocupar e passar medicamento bom pra ele, sabe o quê? E ele faz o seguinte. Ah, não, doutor. Agora, com essa medicação nova, minha glicose abaixou, eu tô tranquilo. Mas, na verdade, tá tão bem a minha glicose que eu nem vou caminhar mais, vou até fazer umas artes aí e começar a comer uns douros. Então, conclusão, o medicamento bom, às vezes, pode ser ruim pro paciente. Parece o paradoxal que eu tô dizendo. E diabetes não tem cura. Então, é o seguinte. Independente das novas drogas, novos medicamentos, exercício físico e boa alimentação. É fechado o programa e a semana com essa mensagem. É isso aí, meu amigo. Muito bem, doutor. Finalizando, então, o nosso programa. O doutor tá sempre lá na Casa de Maria e também no seu consultório à disposição dos nossos ouvintes aí, que tá aí com dúvida, pode procurar a Casa de Maria. É isso aí. Nós somos todas as quarta-feiras lá, lembrando que lá é pros associados da Fundação. Entre em contato lá, você pode ver que a Fundação tá fazendo um trabalho muito bonito, não só na parte física, mas também sempre na parte espiritual, que é muito importante. E estamos lá no Cadite, também liga pra Celeste no 261-6033 e ela vai te falar todos os convênios, o pessoal. A gente tem um tratamento bem diferenciado em relação à diabetologia. Muito obrigado. Um ótimo dia, meu amigo. Se Deus quiser, até semana que vem. Obrigado por esse carinho que você tem comigo aqui, essa paciência que ele tem comigo aqui. Um grande abraço a todos. Uma semana abençoada. Final de semana abençoada. Fiquem com Deus. Cada vez uma aula melhor, doutor. Obrigado. Um abraço, doutor. Um bom final de semana.