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Jaciely and Teodosine discuss the book "A Metamorfose" by Franz Kafka. They talk about Kafka's life and how his personal experiences influenced his writing. They also discuss the plot of the book, where the main character, Gregor, transforms into a giant insect and is rejected by his family. They highlight the themes of loneliness, oppression, and the pressures of work that are explored in the book. They find the book interesting and appreciate Kafka's ability to address important issues in a subtle way. They also mention that the book was written in just 30 days. Olá, pessoal! Sejam bem-vindos a mais um episódio da nossa resenha literária. Eu me chamo Jaciely Trenepon. Eu me chamo Teodosine Sousa Silva. E nós somos alunos do 1º ano de administração TAG do Instituto Federal Sursovambiense Campos Lajeado. E no episódio de hoje, falaremos sobre o livro A Metamorfose, de Franz Kafka. Tá bom, Teodosine, mas afinal, quem foi Franz Kafka? Então, Franz Kafka foi um escritor tcheco, escritor da língua alemã do século XX. Foi considerado um dos principais escritores da literatura moderna. Ele nasceu em Praga, no ano de 1883. Formou-se em direito em 1906 e passou a se dedicar à escrita somente no ano de 1922, quando teve sua aposentadoria antecipada, devido a uma tuberculose, enquanto trabalhava no Instituto de Seguros e Acidentes. E também já havia trabalhado na companhia de seguros Azicurasione Generale. Hum, entendi. Mas eu já ouvi falar que as obras de Kafka contam muito sobre sua vida. Isso é verdade? Por fim, as narrativas de escritor muitas vezes contam de forma subjetiva situações que aconteceram na sua vida, a qual, convenhamos, foi bem turbulenta. Turbulenta? Sim. Desde a infância, Kafka foi uma criança muito solitária e que possuía muitos conflitos com seu pai, devido ao fato de ser um homem autoritário e não aceitar que seu filho tinha vocação para a literatura. Para você ter noção, nem na vida amorosa Kafka teve sorte. Ele namorou três vezes, duas vezes com a mesma mulher, porém nenhum dos relacionamentos deu certo. Ou seja, ele nunca se casou. Kafka começou a publicar suas obras somente com a ajuda de seu amigo Max Brugge. No entanto, o escritor teve um triste final. Após decidir morar em Berlim, ele teve um colapso nervoso, retornou para a cidade de Praga e foi internado por seu amigo em um sanatório na Áustria para se recuperar. Mas veio a falecer seis semanas depois, em 1924. Nossa, que história! Então é por isso que a maioria dos livros de Kafka exploram temas como a solidão, a opressão e fatores críticos do nosso dia a dia, como personagens que possuem o tema de Albu? Isso mesmo. Mas vem cá, deixa eu te contar uma curiosidade. Sabia que o livro A Metamorfose, que é um romance, foi um dos poucos livros que foram publicados quando Kafka ainda era vivo? Pois a maioria de suas obras foram publicadas por Max Brugge após a morte do escritor, mesmo esses tendo pedido para que o amigo queimasse suas escritas e não as divulgasse. Nossa, ainda bem que essas obras foram publicadas. Imagina um trabalho impecável deixando autores perderem o tempo? Impecável mesmo. Ainda mais que abordam tantas questões extremamente necessárias. Verdade, como no livro A Metamorfose, que o personagem se transforma em uma barata. Mas a mensagem que Kafka deseja transmitir não tem nada a ver com isso. Uma barata? Agora me esquecei. Me conta mais! Então, o livro narra uma situação na vida de Gregor Sansa, um jovem que trabalhava como caixeiro viajante. Ele não gostava nada de sua profissão, mas se via na obrigação de trabalhar para sustentar seus pais e sua irmã mais nova, que dependiam dele para sobreviver. Essa história se inicia em um dia pela manhã, quando Gregor acorda atrasado para pegar o trem na estação. E ao despertar, ele se depara com uma grande dificuldade de se mover. Foi aí que ele percebeu que estava metamorfoseado. No corpo de uma barata? Exatamente. Ele havia se transformado em um inseto gigante. Possuía uma casca rígida e enorme, com patas minúsculas e finas, que dificultavam movimentos que antes eram tão simples de se realizar. Ao se deparar com essa situação, Gregor se preocupou imediatamente com seu trabalho. Sua saúde não importava. O que mais importava era chegar a tempo na estação para pegar o próximo trem. E o que ele fez? Gregor iniciou uma luta angustiante contra seu próprio corpo, para conseguir realizar seus movimentos humanos de forma normal. Mas foi totalmente inútil. Aquele corpo dificultava qualquer tentativa de movimento. Como ele morava com a família, logo todos começaram a ficar preocupados. Afinal, o filho mais velho nunca se vazava para o trabalho. E o que aconteceu? Aconteceu que, em um instante de tempo, todos estavam chamando. Em frente à porta do seu quarto, até mesmo o gerente do seu trabalho apareceu na sua casa. Acredita? Gregor queria acreditar que aquilo tudo era um pequeno contraponto, e que conseguiria levantar e ir trabalhar. Foi então que, após muito esforço, ele conseguiu abrir a porta do quarto e aparecer para todos que estavam à sua espera. E adivinha? O que? O gerente correu, a mãe quase desmaiou e o pai espantou um inseto gigante para dentro do quarto. Ou seja, aquilo tudo não era um pequeno contraponto. Era sim um grande problema. E depois? Proibiram Gregor de sair do quarto. Ninguém queria vê-lo, a não ser a irmã que, com um pouquinho de empatia, adentrará o quarto para alimentar o irmão. Mas evitando o contato com a grande criatura que lhe havia se tornado. A situação só piora. No impasse que os pais continuavam horrorizados e perturbados com sua aparência, se negavam a aceitar que Gregor era realmente seu filho. Peraí, mas Gregor não era quem sustentava a família? Sim. Quando ele ficou incapacitado, a situação da primeira feira da família piorou. Foi aí que o pai, um homem já aposentado, tentou voltar a trabalhar e os quartos que sobravam na casa da família foram colocados para alugar. Trazendo assim três novos inquilinos. E onde estava a barata enquanto isso acontecia? Enquanto isso, Gregor era mantido como um enorme e vergonhoso segredo da família. Porém, esse segredo durou até uma noite que a irmã de Gregor, Gretche, tocava violino. O inseto decidiu aparecer para prestigiar a música, sendo visto por todos. E obviamente assustou os inquilinos, que imediatamente romperam o contrato. Meu Deus, só piora, só piora mesmo. Por perderem o contrato, contudo, o dinheiro, toda a família, inclusive a irmã, passou a ter rancor de Gregor. Passando a vê-lo como uma carga, um estranho indesejado em sua própria casa. Deste modo, todos negligenciaram os cuidados com Gregor, nem comida eles davam-lhe. Assim, ele começou a enfrentar sofrimento físico e emocional. E quando isso acabou? Infelizmente, essa história tem um desfecho trágico. Como assim? Após ser exemplarado por sua família, Gregor veio a falecer por inanição. Inani o quê? De fome, Francine, de fome. Tá, e a família? Nem ligaram. Sentiam-se aliviados por livrarem-se de um peso, que era como consideravam Gregor. Que história, hein? Pois é, mas a luz traz muitas reflexões. Verdade, assim como eu já havia citado anteriormente, Cássica retrata muitas situações de sua vida em suas narrações. Como podemos observar no livro, a solidão do personagem e a existência de um pai rígido são fatores semelhantes à vida do autor. Mesmo o livro sendo produzido em 1915, Cássica trouxe para a reida situações como alienação ao trabalho, que se encaixa perfeitamente nos livros atuais. Em que grande parte da sociedade vive em torno do seu trabalho, muitas vezes nem tiram tanto tempo para si mesmo. Sim, e você percebeu a crítica em torno da relação familiar? Em que Gregor era a base financeira da família, e obviamente que o personagem existia sobrecarregado. Imagina carregar o peso e sustentar toda uma família? Por isso Gregor se esgotou, e depois disso foi rejeitado pela família. É triste, só de pensar que muitas pessoas podem passar por isso. Não somente o esgotamento, mas também a rejeição, que pelo fato de ser considerado diferente dos demais, ele foi deixado de lado, visto como um grande monstro. Isso acabou afetando diretamente o dimensional do personagem, entrando em uma questão muito recorrente, que é a depressão. E assim como em muitos casos, ele não teve o apoio necessário para enfrentá-la. Mas e aí, o que você achou do livro? Eu achei essa leitura muito interessante, bem complicadinha. Mas quando entendemos do que ela se trata, tudo faz sentido. É incrível como Casca aborda tantas questões em apenas um livro, e de forma tão subjetiva. Pra encerrar, eu vou te contar uma curiosidade. Você acredita que esse livro, que tem há tantas abordagens, foi escrito em somente 30 dias? Tu acredita?