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Today we have the pleasure of welcoming an expert who will provide us with a lot of knowledge about taxation. We will discuss the complexities that sellers face when transitioning from the MEI or Simples Nacional to Lucro Presumido or Lucro Real. We will also address the uncertainties surrounding tax reforms. Our guest is Anderson Souza, CEO of Arte Fiscal and Equilíbrio Contábil, who has extensive experience in the field. We will ask him questions and address common doubts from clients. Anderson emphasizes the importance of choosing the right tax regime to minimize taxes. Many entrepreneurs fear migrating to Lucro Presumido or Lucro Real due to the increased obligations and detailed reporting. It is crucial for businesses to understand the different tax regimes and make informed decisions. Anderson also discusses the creation of the ABET association, which aims to combat tax fraud and provide ethical practices in taxation. Overall, the conversation highlights the challenges and opport Hoje a gente tem o prazer de receber um baita de um especialista, que vai agregar aqui bastante conhecimento para a gente sobre um assunto que eu acho que deve estar na cabeça de todo mundo, que é quando a gente fala um pouco sobre a parte de tributação. Principalmente quando a gente fala das complexidades que nós como vendedores temos, quando a gente sai do MEI, quando a gente sai, está naquele negócio do Simples, crescendo o nosso Simples Nacional, caminhando para aquele cenário de lucro presumido, lucro real e, cara, aquelas incertezas tributárias todas pela frente e também para pegar um pouco dessa opinião desse especialista que vai estar aqui com a gente, para entender o que ele está vendo dessa questão aí da reforma tributária. Vamos endereçar um pouquinho sobre isso, nesse tópico que a gente vai falar. A gente vai receber o Anderson Souza, que é o CEO da Arte Fiscal e Equilíbrio Contábil, um cara que, cara, é excelente no assunto. Então, o intuito hoje é que eu vou entrevistar, tirar algumas dúvidas com ele, perguntar aqui as principais dúvidas que a gente já recebeu aqui de clientes do processo, que você pode estar tendo também. Um prazer enorme estar aqui contigo, cara, batendo esse papo hoje. Obrigado pelo seu tempo. Imagina, essa situação toda minha, é sempre muito bom aí contribuir com a galera. A gente sabe das dificuldades que é atuar não só no e-commerce, mas empreender em forma geral é difícil. Então, o que a gente pode contribuir e passar experiências do que a gente vivencia nesse mercado é um grande prazer. Eu que agradeço a oportunidade. Bom, então vamos começar aqui no começo. A gente está com algumas coisas que estão deixando o empresariado meio preocupado. A gente está falando aqui não só da tributação que a gente já vive hoje, que é um cenário complexo, mas também tem um monte de notícia fresquinha hoje de jornal, que está todo mundo lendo aí, de como a carga tributária está mudando por conta dessa reforma tributária nova que está vindo por aí. Então, nessa linha, cara, antes da gente começar, tu tem cacifre pra falar dessa história. Se apresenta aí pra todo mundo que está assistindo. Bora, vamos lá. Bom, eu sou o Anderson Souza, eu atuo já na área tributária há 22 anos, já tenho uma longa experiência, tenho o Instituto de Contabilidade e Equilíbrio Contábil e o Instituto de Consultoria Tributária e Arte Fiscal. Também tem um canal no YouTube, que é o Café Tributário, tem bastante conteúdo lá pra galera do e-commerce também. A gente já formou mais de 3 mil alunos, sendo advogados, contadores aí nesse mercado, fazendo aí essa forma de atuar, não só na linha básica, mas na linha um pouco mais construtiva, um lema que a gente usa bastante, que é crescer pagando menos impostos. Esse é o grande objetivo do empresário. E aí, com todo esse cenário, agora a gente abriu também uma associação chamada ABET, que é a Associação Brasileira pela Ética no Tributário, no qual eu sou vice-presidente. E essa associação, ela vem, ela tende a combater os golpes, os crimes tributários, que muitas empresas aí acabam sendo iludidas, muitas vezes, com recuperações tributárias fraudulentas. Sabendo que a recuperação tributária é muito bem feita, ela é um grande ganho para o empresário, mas, infelizmente, existem golpistas, como em qualquer outro mercado, e a gente constituiu agora uma associação também para tentar lutar por essa ética, para que as empresas possam ter tranquilidade para trabalhar. Então, é o que eu falo. O que eu adoro fazer isso aqui, é estar no dia a dia, é poder estar conversando com pessoas, desenvolvendo negócios, e em cada momento desse, pode ter certeza que eu aprendo muito. Show de bola, cara. Então, assim, para mim, você é o convidado ilustre, eu quero já cair nas perguntas extremas para poder gerar valor aqui para esses nossos, para quem está aqui vendo ao vivo, e você que está ao vivo, cara, aproveita esse momento. Se você tiver dúvida também, joga aqui embaixo, na nossa caixinha de comentários, que, pô, a gente está com especialistas aqui para fazer esse papo, só que guiando essa linha, vamos lá. Cara, a primeira pergunta que eu tenho para você, e, assim, para você deve até parecer uma pergunta muito simples e muito esdrúxula, mas, cara, por que que todo mundo tem medo de migrar para lucro presumido e lucro real? Por que que todo mundo faz questão, tributariamente, de ter 300 contas no Simples Nacional, com filho, tia, pai, mãe, cachorro, gato, enfim? Ah, já sei o que é isso, né? Cara, esse é um tema que daria umas três lives brincando, para ver se poder falar, para tentar resumir um pouquinho do que eu vejo de mercado. Primeiro ponto, tá, foi criado, foi criado uma expectativa nas empresas, nos empreendedores, né, porque, assim, vamos começar lá da raiz, acho que é melhor. O empreendedor, muitas vezes, ele se torna um empreendedor por uma ocasião do histórico profissional dele. Por exemplo, o cara, ele trabalha para uma empresa e ele se deu muito bem em vendas, ele começou a bater todas as metas, ele virou gerente, ele falou assim, cara, estou pronto agora para ter o meu próprio negócio. E aí, nesse ponto, abre-se um CNPJ. Só que quando eu abro o CNPJ, eu deixo de ser o vendedor para ser o empreendedor, o gestor do negócio. E aí vem algumas dificuldades que ele não teve contato ainda no dia a dia. Por exemplo, contabilidade, apuração de impostos, gestão de pessoas, financeiro, negociação de crédito, enfim, começa a vir alguns outros pontos que o fato deles venderem bem não fazia ele ter as preocupações de hoje, ele vai ter que ter. Então, uma coisa que a gente tem que deixar bem claro aqui, é essa virada-chave de operação para ser um empreendedor tem que virar na cabeça também, entendendo que eu vou ter que começar a gerir o meu negócio de forma que eu não esteja mais totalmente na operação. No primeiro momento, a gente entende que é o eu empreendedor, eu faço tudo, mas isso tem que ter um momento. E a nossa jornada é mostrado para ele que é uma escadinha. Primeiro você vai ser do síntese nacional, depois você vai ser uma empresa do lucro presumido, depois você vai ser uma empresa do síntese nacional. O que não explicam para ele é que ele pode definir o regime tributário a qualquer momento, desde o momento que ele abriu o CNPJ. Então, ele tem a opção dele escolher qual que é o melhor regime tributário. Qual que é o melhor regime tributário? O que vai fazer eu pagar menos impostos? Então, eu não tenho que iniciar por um síntese nacional. Obviamente, na lógica, inicia por um síntese nacional, porque eu estou abrindo um negócio no qual eu não sei qual o resultado que aquilo vai me dar. Então, é mais seguro para mim trabalhar com uma carga tributária menor, que o síntese nacional é mais garantido nesse sentido. Acontece que pela experiência que a gente vem, primeiro das empresas, quando as empresas entram no marketplace, elas ficam em média dois anos ali e o síntese nacional tende a estourar o faturamento, que é onde ela tem que optar para qual regime eu vou agora. E é nesse momento que essa opção eles não se prepararam para tomar. Então, qual que é o meu conselho que eu dou para a galera que está iniciando ou que está ali no síntese nacional? Você tem que fazer uma gestão do seu negócio aonde o síntese nacional serve como... Você tem que pôr na cabeça isso, que o síntese nacional é uma forma de apurar os impostos. Eu pago os impostos sobre o faturamento, ponto. Agora, a contabilidade, a gestão do negócio, o resultado do negócio, ele tem que existir como qualquer outro tipo de empresa, que ela for do lucro presumido ou do lucro real, porque é exatamente aí que você vai conseguir tomar uma decisão. Vou dar um exemplo clássico aqui. Eu vejo no e-commerce, é muito comum, as empresas tomarem com faturamento de R$ 250 mil por mês ali, R$ 220 mil, e são empresas que têm uma lucratividade baixa. Por quê? No e-commerce, você tem taxas, você tem uma despesa alta, a margem do e-commerce não é alta, isso não é novidade para ninguém. Você ganha no giro. É 14,15% apurada aqui pelo Brasil. Quando se trabalha bem, né? Não, é a média. Só que margem não significa lucro, porque você tem custo fixo ali, você tem aquela dor de cabeça toda e você está certíssimo. Vendeu no marketplace e você é um grande vendedor, cara, ou você tem uma gestão muito afiada ou você fatura muito, é o que a gente chama do super patriota ou super patriota, né? Que é o cara que paga muito imposto, muita taxa de comissão, muita taxa de correio e frete e ganha dinheiro que é bom nada. E não ganha, né? Só vive para os outros negócios. E aí, nesse momento, é onde ele tem que falar, cara, se eu estou tendo uma margem baixa, opa, no lucro real, é um regime onde eu pago os impostos sobre o lucro. Então, pode ter que ser interessante eu não pagar pelo faturamento, e sim pelo meu lucro. Só que por que o cara não vai para o lucro real? Ele não vai para o lucro real porque ele não preparou a causa antes, porque quando você muda de regime tributário, você muda também as obrigações que são entregues ao fisco, são obrigações com muito mais detalhe, com um nível de detalhamento muito maior. Afinal, você está pronto para o fisco. Se eu tiver lucro, eu pago imposto. Se eu tiver prejuízo, eu não pago imposto. Basicamente é isso. O fisco vai ter que saber, né? Sabe onde você está tendo lucro ou não, e aonde você está tendo lucro ou não, né? Exatamente. E aí vem esse nível de detalhamento. Só que esse cara, ele foi instruído que, lá no símpios nacional, ele não precisa fazer culpabilidade, que no símpios nacional, ele pode pagar as contas da casa dele, da pessoa física, tudo dentro da empresa, que não tem problema. Que ele não precisa declarar 100%. Então, esse cara não está pronto para migrar para o lucro real, porque quando ele migrar, ele vai começar a tomar uma bucha atrás da outra. Então, o conselho aqui, de cara, para a galera é, indiferente do seu tamanho, se você for MEI, a sua empresa, na sua cabeça e na gestão do negócio, ela tem que ser uma empresa do lucro real. A sua gestão, a sua organização, ela tem que ser uma empresa do lucro real. Então, o seu primeiro ponto, o seu primeiro passo, se você tiver um mapinha aqui nessa live, o seu primeiro passo é, eu tenho que me reunir com o meu contador e entender como que eu faço uma gestão de uma empresa de lucro real, mesmo que eu esteja pagando os impostos do símpios nacional. Aí, você vai preparar a casa, você vai estar organizado, você vai saber exatamente qual a rentabilidade do seu negócio, qual a lucratividade do seu negócio e aí, você vai ter o poder de escolher para onde eu quero ir. Eu vou ficar no símpios nacional, eu vou ficar no lucro presumido, que eu pago os impostos também sobre o faturamento, mas no e-commerce é muito raro, é muito raro uma empresa do lucro presumido, ou eu vou para o lucro real. A decisão é mais, símpios nacional ou lucro real? Símpios nacional ou lucro real? Por média de mercado, passou dos 200 mil por média de mercado, não é uma regra, mas a média, passou de 200 mil, já está na hora de começar... E o que é de faturamento mensal? Faturamento mensal, essa é a média de mercado. Agora, tem empresa que está faturando 100 mil com prejuízo, todo endividado. Cara, essa empresa não tem lucro real. Seria muito melhor, né? Principalmente quem sabe que o primeiro ano da empresa é um ano praticamente de reinvestimento, ou um ano que você não tem nem lucro, nenhum direito, né? Exatamente, exatamente. Tem muitas empresas que precisaram injetar capital de terceiro dentro do negócio, estão pagando ali, e ela vai trabalhar ali com giro, ela sabe que ela vai ter prejuízo, só que ela continua pagando imposto porque ela escolheu um regime tributário, aonde ela paga o imposto sobre o faturamento. Perfeito. Então, essa decisão, ela é muito, ela tem que ser assertiva, e até, por quê? Você definiu o regime tributário no início do ano, você vai carregar ele até o final do ano. Esse trabalho, nós estamos nos 45 minutos do segundo tempo. É a hora de sentar, analisar, fazer essa análise, e já tomar a decisão em cima de um orçamento, faça um orçamento ali para o ano seguinte, o que você apresenta no seu negócio, e aí você já toma a decisão sobre a lucratividade do seu negócio, e qual regime você vai seguir no próximo ano. Você comentou que é normal a gente estar entre sempre, ou a ideia de um sempre nacional, ou a gente caminhar para o lucro real e não ficar muito nessa estrutura do lucro presumido. Aqui no Processo eu vejo muito isso também. A gente tem praticamente quase zero clientes que estão no lucro presumido, não vou dizer zero, porque eu lembro de uns cinco, seis, oito, talvez dez no máximo clientes que já passaram aqui, que estavam no lucro presumido. Por que normalmente as empresas não escolhem o lucro presumido e caem direto no lucro real? Legal, boa pergunta. O lucro presumido, você também paga os impostos federais sobre o faturamento, indiferente de você ter lucro ou não. Então você vai pagar na média ali, de impostos federais, vai dar uma casa de 16%. Então 16% já está acima da margem do que eles praticam no mercado. Então acaba não compensando. Fora que, na parte, é bem importante falar, galera, quando a gente sai do simples nacional, qual é o grande impacto que você vai ter? É no ICMS. Porque tanto o presumido quanto o real, a regra não muda, aí é igual. A parte estadual, ICMS, que é o Imposto de Circulação de Mercadoria, presumido e real, não muda, a regra é a mesma. Você passa para pagar de saldo. Só que aquele default que você tem no simples nacional, que é quando você compra a mercadoria, você não tem mais. Então o default que você paga agora nas suas vendas para o consumidor final e em operações interestaduais. Então muita gente impacta na saída do simples nacional por conta do default. E o default não tem estratégia tributária para eliminar o default. Anderson, mas eu tenho um concorrente que não paga default. É opção de risco dele. Ele fez uma opção com risco de não pagar o default. O default tem que ser pago em todas as vendas interestaduais, quando a empresa não está no simples nacional, quando a mercadoria é destinada ao consumidor final. E se ele não está pagando, é porque ele está correndo o risco de ser penalizado amanhã e ser cobrado com multijuros. O único ano que foi questionado o default foi em 2022, porque não assinaram uma legislação na época certa e em 2022 se conseguiu a cobrança do default, por mais que os estados queriam cobrar. Finalizou em 2022, em 2023 voltou a cobrança do default novamente. Então é importante a gente precisar que, quando a gente sai do simples nacional, a gente tem que criar estratégias tributárias para o ICMS. Por isso que estão sendo criados vários regimes especiais nos outros estados, como é o caso muito forte, hoje muito falado, que é o caso de Minas Gerais. Porque você reduz o seu ICMS ali da sua operação, mesmo que você pague o default, na soma total ele ainda acaba ali condizendo. Mas respondendo a sua pergunta, o lucro presumido, ele só muda para efeitos federais. Então eu falo sobre o faturamento. O lucro real é mais atrativo, porque as empresas pagam o imposto federal sobre o efetivo lucro. E como o lucro do e-commerce é baixo, vale mais a pena. Quando você fala então que essa média do lucro presumido, ele está girando os impostos federais na faixa de 16,5%, dando essa noção, nessa estrutura de 200 mil de faturamento, que você disse aproximado, que já é a média que você já identifica, que já faz sentido essa mudança. Você imagina que consegue ter uma boa economia do quanto desse imposto é reduzido e se sim, quanto seria mais ou menos uma ideia? Não precisa se comprometer com o número físico, mas com o estudo da sua experiência. Você quer ver um ladrão que tem no Simples Nacional? O ladrão é o modo de falar, mas é o INSS. Olha que louco isso. Muita gente está no Simples Nacional e fala assim Ah, mas no Simples Nacional eu não pago INSS de colaboradores. Porque quando você tem uma folha de pagamento, você tem que pagar lá em torno de 26%, que é o INSS patronal. 20% do INSS patronal mais os 6% que dá, que é os terceiros. Tesc, Senai, Tese, enfim. No final a conta é 26%, 25 vírgula alguma coisa ali. Legal. No Simples Nacional, não é que você não paga esse INSS patronal, você paga, porém numa alíquota reduzida que ele está incluso no DAS. Então eu faço uma analogia aqui. Analogia não. Na verdade, vocês podem pegar a Tesca Mais Fácil, uma guia de DAS, e lá na guia do DAS, vocês vão ver um descritivo dela, um cara chamado CPP, que é Contribuição Previdenciária Patronal. Você está pagando ali o INSS sob o seu faturamento no Simples Nacional. Mesmo que você não tenha funcionários. Você é empresário, mas você faz a contribuição patronal como se você tivesse funcionário. Ou seja, é uma folha de pagamento imensa. Porque quanto mais você fatura, mais INSS você paga. E no e-commerce, você não tem o hábito de ter muitos colaboradores. Eu tenho empresas aqui na minha carteira que fatura 2 milhões por mês, e o cara tem um colaborador. Não é habitual o cara ter uma folha de pagamento forte no e-commerce. Então quando a gente sai do Simples Nacional e coloca ele para o lucro presumido ou para o lucro real, automaticamente a gente já impacta direto no INSS dele. Cara, e isso é uma diferença gritante. Gritante. Porque nós estamos falando aí, por exemplo, que o cara que está em uma alíquota de 10%, nós estamos falando ali que 3% corresponde à INSS. Caramba, cara. Então você tem uma melhoria de 10% para 7% da seu imposto só de resolver a INSS, sendo que assim, isso é um dos atributos que você tem, né? Porque tem outro também, né? É isso aí. Aí a gente parte para essa linha. Então a gente já reduz o INSS. Então a primeira conta que a gente analisa quando vai fazer um planejamento tributário é o quanto de INSS está refletindo dentro do Simples Nacional e o quanto de INSS ele vai pagar estando em outro regime. Basicamente nada, porque esse cara praticamente não tem colaborador. A gente não tem aqui nenhum caso de e-commerce aqui que tem mais de três colaboradores. Então a folha de pagamento tem... Os colaboradores, Anderson, eles são terceirizados. Porque eu tenho bastante clientes que pagam os funcionários como pejota. E aí, o que acontece nesse cenário? Aí, beleza. Aí o cara emitiu uma nota para você, você vai pagar a nota para ele e você não paga os encargos desse imposto. E aí seria um caso de, por exemplo, se estivesse no lucro real, então esses 3% seria até maior, né? Seria, porque daí a gente utiliza isso como uma despesa reduzida. Então você tem ainda uma estrutura de crédito ali. Não crédito, né? Mas se você reduz o lucro da empresa e você está no lucro real, naturalmente você paga um imposto muito menor, né? Exatamente. Aí nós vamos resolver um problema de INSS e a gente vai empaquetar ele numa alta carga tributária no ICMS. Entendi. Beleza? Aí nós temos que criar uma estratégia para o ICMS. Qual a estratégia hoje mais adequada? Porque a gente vai ter dois... Alguém até perguntou se pode fazer pergunta? Pode fazer pergunta. Vai sentando aqui para fazer a repórter, tá? Eu estou batendo papo aqui porque eu estou com um cara fério. Eu conheci ele. Então manda pergunta também. Vamos lá. A cena é que, se vocês já chegam aqui, já mandem mensagem, levantem a mãozinha aqui, manda mensagem várias vezes que a gente vai ler as perguntas de vocês sim, tá bom? Continua aí, Anderson. Então quando a gente vai subir a carga tributária dele, do ICMS, obviamente, porque ele vai passar a recolher o ICMS à parte, ele vai respeitar as alíquotas, né? Sim. Ele vai respeitar as alíquotas de 18%, interna, 17%, independente do estado, 12% interestadual. Aí a gente tem que trilhar o regime especial. Por exemplo, vamos pegar Minas, que é o mais famoso agora no momento. Tem três estados que são muito fortes com o regime especial. Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais. Minas Gerais é o mais recente agora, que é onde está a quebra dos regimes especiais. Quando a gente vai para Minas Gerais, olha que louco isso. Vamos pausar na sua resposta. Vamos começar explicando o que é um regime especial, porque a gente nunca nem ouviu falar disso. Legal, show de bola. O regime especial é algo que eu peço em exclusividade para a minha empresa. Falar assim, olha, eu preciso pagar menos ICMS. Você tem uma legislação, o estado tem uma legislação, que contempla eu fazer essa solicitação para você. Então eu solicito para o estado o direito de usufruir do regime especial para que eu possa pagar menos imposto. Qual que é essa legislação? Aí cada estado cria a sua. Então, por exemplo, Minas Gerais. Ele criou um regime especial chamado COMPET, que é um regime que o Espírito Santo já usava há muito tempo. É um COMPET da vida. Esse COMPET diz o seguinte, vou resumir aqui para não ficar tão... não dar mal na cabeça da galera. Basicamente, basicamente é isso. Operação interna, você vai pagar 6% quando você vende dentro de Minas Gerais. Operação interestadual, você vai pagar 1,30% de ICMS. Caramba! Então você veja, a partir desse momento, eu não tenho mais crédito de nada, eu não tenho mais direito de crédito. Porém, eu só pago 1,30% na minha operação interestadual ou pago 6% na minha operação interna. Independente de qualquer estado que você vá vender de destino, ele fica com o valor e acabou, não é? Acabou, é isso daí. Aí eu vou pagar muita margem, muita margem. Por quê? Eu estando em São Paulo, por exemplo, eu estou pagando 12% mais de FAO. Agora eu vou pagar 1,30% mais de FAO. Mas o de FAO não é a diferença de 1,30% para o estado de destino lá. Ele vai considerar 12% também. Então o mesmo de FAO que o pessoal de São Paulo aqui paga é o mesmo que eu vou pagar lá em Minas. Então, ou seja, nós estamos competitivos igual. Só que eu ganho na competição porque no meu ICMS de saída eu reduzi ele para 1,30% enquanto São Paulo está vendendo. Você consegue ter uma margem mais alta assim e às vezes até brigar um pouco mais com o preço se necessário. É nesse ponto, é nesse ponto que é muito crucial a gente citar, que é quando a gente fala assim, por que aquele cara está vendendo num preço que eu não consigo chegar? Muito provavelmente ele está fazendo uma distribuição por um estado que é concedido um regime especial para a empresa dele. Agora, cabe lembrar que o regime especial só é concedido para as empresas do lucro presumido e do lucro real. Empresas do Centro Nacional não são contempladas por regime especial. Aí entra um trelojamento. Exatamente, um módulo de cálculo desse regime especial para que o logístico tenha uma visão clara do quanto vai ser esse resultado. Cara, é exatamente isso que você falou. A gente tem algumas empresas aqui que optaram já por esse tipo de regime e a redução tributária que essa galera está tendo no ICMS é coisa de outro mundo. Papo de gente aumentando 5%, 6%, 7% a margem de contribuição média da operação só de fazer isso, só de trabalhar com esse tipo de regime especial. Agora, imagina outras componentes do lucro real, porque não é só aí que você pode também ganhar. Não é verdade, Anderson? Tem também outro tipo de crédito no meio dessa brincadeira, não tem? Exato, exato. Cara, a gente vai aqui se aprofundar cada vez mais. Estou indo bem na calmaria para a galera não perder, não confundir. Mas olha que legal isso. A gente falou já que o cara no Centro Nacional tem uma alta carga tributária de INSS, que muitas vezes ele paga aleatoriamente. A gente falou que quando ele sai do Centro Nacional ele vai impactar altamente o ICMS, mas ele pode pegar caminhos de reduzir o ICMS. E com detalhe, no regime especial, quando eu solicito ele, eu também tiro a substituição tributária. Eu ganho fluxo de caixa também. Ou seja, quando eu compro a mercadoria, eu não tenho substituição tributária. Então, o meu poder de aquisição passa a ser maior. Porque vai ficar mais barato eu comprar. Porque quando eu pago a FT, eu estou desembolsando o dinheiro que ele vai para o estoque. Você acaba com o capital de giro da empresa. Você recebe mais grana ali quando você vai para o lucro real e trabalha essa estratégia que fica preservado no seu caixa, que inclusive você pode investir em estoque melhor. Você pode guardar esse dinheiro posteriormente em uma etapa de venda. Você preserva o caixa da empresa. Faz sentido? Exatamente. Exatamente esse ponto. E aí a gente vai se aprofundando. Vai entrando no mérito. Quando eu estou no lucro real, eu tenho que entender o quê? Qual é a minha grande facada? Eu tenho que ter um resultado negativo contabilmente e um positivo financeiramente. Pô, mas que loucura é essa? Como que eu vou ter um resultado contábil negativo e um resultado financeiro positivo? A gente tem que lembrar que existem despesas que decorrem dentro da empresa que elas não dependem da caixa, não é pago com dinheiro. E sim por uma legislação que ela autoriza que você utilize aquilo como despesa. Eu vou dar alguns exemplos daquilo. Exemplo. Ativo imobilizado. Quando você adquire um ativo imobilizado, você tem a depreciação desse ativo. Eu não pago a depreciação. Eu não tiro o dinheiro do mês e vou lá e vou, esse aqui é o valor da depreciação. Mas essa depreciação do bem, ela é abatida mensalmente do resultado da empresa porque a legislação considera que esse bem tem uma vida útil. Então todo mês ele é uma despesa. Ele tem uma parcelinha de despesas. Então eu tenho que começar a computar tudo o que gera despesa no meu negócio para que o meu resultado fique o menor possível. Mas no financeiro, como eu não desembolsei esse dinheiro, ele vai ficar positivo. Vou dar outro exemplo que é o mais tradicional e assunto do momento é o que está fazendo diferença nas empresas maiores. Esse caso chama subvenção de investimento. Talvez é um assunto muito novo para alguns e alguns já ouviram falar. Por mais que seja um assunto novo, isso é um assunto discutido há anos já pelos tribunais. Inclusive esse é um dos grandes temas do novo governo. O Haddad está brigando com isso aleatoriamente. Ele está desesperado com isso. Desesperado porque isso vai sim fazer com que as empresas recolham menos impostos de forma legal, porém vai diminuir a arrecadação. E o que é subvenção de investimento? Olha que interessante isso. A gente falou do regime especial. O que o regime especial faz? Eu reduzo o imposto. A legislação federal veio e falou assim. Olha, se você utilizar os benefícios fiscais estaduais para reinvestir no seu negócio, essa diferença de valor, que é o que você está deixando de recolher no fisco, pode ser atribuída como despesa na sua empresa de lucro real. Ou seja... Vamos traduzir. Deixa eu ver se eu entendi aqui. Você falou para mim que, por exemplo, vamos supor que eu estou no regime especial e, por conta disso, estou pagando uma ICMS de 1,6%. 1,3%. Vamos lá, pegar o número. Só que o meu imposto, normalmente, vamos supor que ele seja 12. Ele seria 12. Você está me dizendo que, nessa brincadeira, esses 10,4% de diferença de imposto que eu estou economizando, se eu pegasse esse valor e declarasse como sendo um investimento no desenvolvimento da minha empresa, esse valor seria abatido do meu imposto? Exatamente. Ele não abate do imposto, ele abate do resultado da empresa, como se fosse uma despesa. Ele vira como se fosse uma despesa do negócio e, na hora de fazer a conta de quanto é o lucro, ele diminui o meu lucro e eu pago menos imposto ainda? Exatamente. E essa é a grande estacada e o grande tema da atualidade. Grandes empresas fizeram isso e muito, e muito. E por que ele é o grande tema? Porque essa discussão estava no tribunal e ela foi bem pacificada, o assunto. Os tribunais entenderam que sim, só que existem regras. Por exemplo, eu não posso pegar esse dinheiro e colocar no bolso, distribuir para o sócio. Eu tenho que realmente reinvestir no negócio. Vamos lá, por exemplo, eu tenho que arcar como estrutura, eu tenho que gerar empregos, eu tenho que movimentar a economia local. Então, esse dinheiro tem que ter um destino dentro do meu negócio. Quando eu tenho um destino... Para desenvolver um produto novo da sua empresa, isso poderia ser uma... Por exemplo, o aumento de estoque. Então, você poderia usar essa mesma prerrogativa, estando no regime especial. Principalmente vindo da época de Black Friday, vindo da época de Natal, que são épocas que a gente sabe que a gente vai vender muito naturalmente. Eu poderia dizer que eu estou preparando a minha empresa no nível de investimento para que eu possa conseguir atingir resultados financeiros. Dessa forma, também aumentar eventualmente a minha arrecadação. Porém, utilizando esse investimento como uma despesa, que vai fazer com que eu pague ainda menos imposto no fim do dia. Exatamente, exatamente. Olha, alguém aqui falou assim, e para importação o lucro real faz sentido. Olha que interessante. Existem N regimes especiais para importadores. O regime especial, quando ele reduz a carga da importação, ele vira uma subvenção de investimento. Caramba, olha a possibilidade de ganhar dinheiro com essa brincadeira, de economizar e você paga menos imposto. Então, quando você... Olha que interessante. Eu estava nos rincos pagando uma alíquota cheia sob o faturamento. Quando eu começo a trilhar outro caminho, eu vou para um lucro real, eu tenho que analisar o que eu já reduziu. Reduzi NSF, legal. O que aumentou? Aumentou o ICMS. Aumentou o ICMS. Ok, eu busco um regime especial ou busco uma forma de refazer o ICMS. Exemplo, substituição tributária. Vou dar outro exemplo aqui. Eu compro uma mercadoria com substituição tributária. Quando eu vendo para dentro do meu estado, eu não pago o ICMS mais. Mas quando eu vendo para fora do estado, eu tenho que pagar o ICMS novamente. Eu posso voltar na nota de compra e me refazer do imposto que foi pago. Então, eu tenho regras para fazer isso. Então, eu tenho que analisar. Que tipo de produto você comercializa? Tem EFT, não tem EFT? Eu tenho que criar um formato onde eu deixe de pagar o ICMS. Esse é o primeiro ponto. Bom, o segundo ponto, eu busco um regime especial. Não encontrei um caminho dentro do meu estado, minha logística é bacana, não precisaria mudar nada, não precisaria constituir o filial. Ok, eu busco o regime especial. Encontrei o regime especial, reduzi o ICMS. Vou para a parte federal. Como que eu reduzo o federal? Aí eu começo a analisar as despesas que eu tenho. Você quer ver outro ponto? Taxa de marketplace. Taxa de plataforma. Para o efeito de lucro real, essa é uma taxa que tem um conceito de insumos perante uma legislação federal. A Receita Federal não entende que a taxa de marketplace é uma despesa dedutível de piso e cofins, onde eu não posso tomar o meu crédito de piso e cofins. Mas, na base judicial, através de uma medida judicial, eu posso brigar para que essa taxa que eu pago pela plataforma seja apropriada como crédito de piso e cofins. Anderson, qual é a possibilidade de ganho? Esse assunto é um assunto bem delicado. Hoje, eu diria que ele está 50% a favor do contribuinte, 50% a favor da Receita. Então, o que as empresas fazem, em modo geral? As empresas que são mais audaciosas falam que vão usar o crédito, se der algum problema, eu me defendo com base nas decisões que já tenho. E tem jurisprudência, né? As empresas que são mais cautelosas, que têm jurisprudência. As empresas que são mais cautelosas, elas falam assim, olha, eu vou entrar com um pedido judicial, ganho uma liminar e começo a aproveitar depois que eu tenho pelo menos uma liminar. Então, cabe entender qual é o tipo de audácia que cada empresa tem e o quanto isso vai refletir no negócio. Mas a gente sabe que a taxa de Marketplace, cara, é algo obrigatório. Para eu vender no e-commerce, eu preciso da plataforma. Eu não tenho como vender lá sem pagar essa taxa. Então, para mim, é o custo dos insumos. Não é uma opção que eu tenho. Como, por exemplo, na época da pandemia, as máscaras e o álcool em gel eram obrigatórios. Sendo obrigatório, virou conceito de insumos. Então, naquele momento, eu poderia me acreditar do físico mesmo. Então, quando a gente vai para o lucro real, é uma linha muito mais ampla de análise. E aí que eu falo para a galera que não existe, e é mentira se você encontrar na internet, falar assim, existem pessoas que falam assim, as empresas no e-commerce têm que ir para o lucro real. Não, não é que tenham. Há uma grande possibilidade de ela ser tributada para o lucro real. Mas cada empresa tem a sua identidade. Cada empresa tem a sua particularidade. E mudar para o lucro real não é a gente falar assim, amanhã eu quero ser lucro real. Não, tem que preparar a casa antes. Eu não posso construir o telhado sem ter feito o alicerce. É importante que a gente tenha um acompanhamento, que a gente faça um trabalho, e aí você vai me perguntar em qualquer momento, ou alguém que estiver na live vai me perguntar. Anderson, por que eu não sabia disso? Anderson, por que eu não fui excluído pela minha contabilidade? Por que o meu contador nunca teve um papo aqui? Agora eu vou fazer um advogado de algo. Eu sou contador também. O que acontece, e é importante o contribuinte entender isso, os empreendedores no geral que estão aqui entender isso, vou fazer uma analogia em vida real. Por exemplo, você vai fazer um check-up. Onde você vai? Você vai num clínico geral. Você chega lá e fala assim, cara, eu quero fazer um check-up. Mas o que você está sentindo? Eu não estou sentindo nada. Eu não sei. Eu estou aqui porque eu quero saber se eu tenho algum problema. Ok. Ele vai te dar uma bateria de exame. Você vai fazer todo esse exame. Quando você chega lá, ele vai fazer o quê? Ele vai falar, cara, você tem um probleminha aqui no osso. Cara, tem uma coisinha que tem que ser analisada aqui. Pode não ser nada, mas é bom a gente averiguar. Tá bom, o que eu tenho que fazer? Eu vou te encaminhar para um ortopedista. Ou seja, eu estou encaminhando você para um especialista. Quando a gente trata de contabilidade, a regra é a mesma. A contabilidade é o clínico geral. É o cara que cuida do dia a dia da empresa. São poucas contabilidades hoje que ela possui dentro do negócio especialistas tributários. Departamento fiscal apura impostos mensais. Departamento tributário cria planejamentos. Hoje, muitas contabilidades não têm condição financeira, inclusive, de criar departamentos tributários, porque são funcionários altamente caros no mercado. A média de custo de um colaborador do tributário, um cara nível de planejamento, ele já é um cara mais caro. Então, a contabilidade acaba não tendo essa condição. Então, o que eu aconselho para vocês? Bata um papo com a contabilidade. Entenda o que ela tem, o que ela não tem e o que não tem. Você tem que buscar fora para trazer isso para dentro do seu negócio. Você tem que entender que isso. Você vai agregar valor à sua contabilidade ou você vai tomar a decisão de que aquela pessoa não está preparada para tocar para a empresa também. Está tudo bem. Às vezes, não é. Às vezes, as pessoas que fizeram você chegar até aqui que vão te levar para o próximo nível. Está tudo bem também. Então, é importante entender que não é um jogo que tem culpado. É um jogo que eu preciso mudar a característica do meu negócio, eu estou crescendo e eu preciso jogar um jogo diferente. E esse jogo tem que ser jogado com outros funcionais muitas vezes. E está tudo bem também. Então, eu estou trazendo esse bate-papo porque eu tenho mais de 3 mil alunos. Desses 3 mil alunos, 60%, 70% são contadores. E eu sei, por exemplo, o que eles vivenciam dentro das contabilidades deles. Às vezes, o cara vai fazer um planejamento tributário, chegou uma fiscalização do outro cliente. O que é a prioridade? É a fiscalização, ele tem que atender. Então, é o dia a dia desses caras. Quis trazer esse assunto porque senão vai chegar amanhã todo mundo batendo nos seus contadores. Calma, não é assim. Não é para bater, não é, cara? Não é para bater. Não é necessário. A própria Red Magazine perguntou aqui. A partir de qual faturamento já vale a pena pensar em migrar? O Anderson jogou aqui que R$ 200 mil já vale a pena você começar a estudar. Só que não é aquilo. Não necessariamente vai já direto para o lucro real. Não é, Anderson? Tem que fazer esse estudo. Tem que fazer. Às vezes, você pode estar faturando R$ 100 mil no total prejuízo. Talvez já valha a pena você já ir para o real. Então, está na empresa. Mas na média que a gente tem aqui, as empresas começam a migrar. Na faixa de R$ 200 mil, R$ 250 mil por mês, já começam a migrar para o lucro real. Casa de Luz também perguntou aqui. A lógica de deduzir a taxa do Marketplace também se aplica a deduzir o custo do envio através dessas plataformas também? Aquele frete que o pessoal normalmente cobra da gente dos Marketplace? Exatamente. Tudo isso vira despesário. Tudo isso vira despesa e isso acaba deduzindo o seu resultado. Você vai pagar menos IRPJ e contribuição social. Além do que o frete sobre vendas, ele é crédito de físico assim também. Inclusive, quem é cliente do preço certo, todos esses cálculos do quanto você tem de dedução, seja em taxa de frete, seja em taxa de comissão, você pode habilitar isso dentro da sua conta e você consegue fazer essa simulação do lucro real dentro da própria ferramenta. E, cara, se você ainda chega em uma reunião com um contador tipo o Anderson, alguém treinado pelo Anderson, e você consegue pegar essas informações e impulsar direto dentro da ferramenta, você tem exatamente já uma ideia de migração usando os dados das suas vendas que você já está fazendo. Exatamente. Para já ter essa visão. Porque, de novo, o Anderson falou que o lucro real não é uma pílula mágica que funciona para todas as empresas. Ele exige preparo da sua empresa, ele exige planejamento com pessoas especialistas, no caso, para que você consiga preparar a sua empresa para chegar lá. Exatamente. Olha aqui um ponto muito legal, que é uma dos nossos top 5 de perguntas que nós temos quando o cliente chega do e-commerce para nós. Fala aí, Anderson, por que o meu concorrente vende abaixo do custo? Não faz sentido nenhum. Como que ele vende abaixo do custo? E aí você fala, então, faz sentido. Por quê? Eu vou pegar um exemplo aqui de um cliente meu, que, inclusive, eu acho que ele está até aqui na live que eu vi passando aqui. Legal. Mas eu vou dar um... Não vou citar nome, nada. Deixa o pessoal descobrir aí, só os domicílios se manifestarem. Até para ver que não é mentira. Olha o que acontece. Ele é um amigo meu. Ele já virou, mais do que cliente, virou um amigo. Quando ele chegou aqui, ele pagava lá, cara, dava 40 mil de CMS por mês. Ele vez o síntese também, migrou para o real e pagava 40 mil de CMS. E o produto dele tem substituição tributária. Então, quando a gente começou a analisar a empresa dele, viu que cabia o reforçamento do ICMS da compra e da ST. São os dois ICMS, que vem lá na nota de compra. Só que o ICMS normal, você não precisa pedir autorização por fisco. Você fez o levantamento, já utilizou, maravilha. Esse cara, no segundo mês, ele já não pagou mais ICMS. Ou seja, aqueles 40 mil, ele já não pagava mais, porque tinha mais crédito do que débito. Porque a compra dele é com 18%, e como ele vende muito para fora do Estado, que é doze, a alíquota de compra era maior do que a de venda. Mesmo que ele coloque a margem dele, mas ainda o crédito era muito alto. E aí, ficou credor. Ou seja, ele tirou 40 mil de CMS do mês. E ele nasceu para poder fazer outras coisas. Legal. E isso acumulou. E agora ele está com crédito acumulado lá. E agora nós estamos fazendo o ressarcimento da ST, que aí é o outro cálculo. Aí tem que pedir autorização por fisco. Esse cara vai ficar com crédito acumulado alto. Como que ele faz? O que ele faz? Porque virou um problema também. Porque ia falar assim, cara, é um dinheiro podre. O que eu faço com esse CMS agora? Eu tenho lá, não é esse valor, mas eu vou colocar aqui uma simulação de valores. Por exemplo, eu tenho 300 mil lá no meu CMS, então eu preciso fazer alguma coisa. O que eu faço que esse valor do credor comece a aumentar? Porque se ele existe na minha conta de CMS, é porque eu paguei ele na compra. Então ele ficou justo para mim. Legal. A gente está criando uma estratégia de homologar esse crédito para ele poder pagar a mercadoria que ele compra com o crédito de CMS ao invés dele se embolsar dinheiro. Puta vida. Então esse cara pode se vender abaixo do custo. Porque ele vai transformar o crédito dele em dinheiro. É como se ele estivesse quase que beneficiando o produto e ganhando de brinde o produto em cima dos créditos operacionais tributários que ele tem ali. Exato. Aí ele pode utilizar uma outra estratégia. Ele não quer mexer com o fisco. Por exemplo, eu não quero pedir nada para o fisco, mas eu estou com o meu crédito lá parado. Eu posso colocar um produto que ele tem uma alta tributação de CMS, que eu não tenho substituição tributária para poder gerar bastante débito de CMS. Só que ao invés de eu pagar o CMS por fisco, eu consumo o meu saldo credor que eu acumulei. Então eu transformo aquele CMS em caixa para a minha empresa. Esse cara pode se vender abaixo do custo. Então olha... Entre aspas, está transformando em caixa líquida sem ter que pegar empréstimos, sem ter que fazer aporte na empresa, sem ter que queimar dinheiro do próprio bolso, nem nada. Tudo é planejamento. Tudo é planejamento. E aí é o que eu brinco para a galera nas palestras que eu acabo dando por aí. Eu falo para eles, gente, como que a Magalu cresceu? Será que foi abrindo? Mas sem unidade do síntese nacional? Exatamente. Como que esses caras crescem? Crescem através de planejamento. Planejamento administrativo e judicial. Qual que é a diferença? Administrativo é que eu posso fazer sem pedir autorização uma vez que a legislação já permite. Que é o caso de regime especial, é o caso que eu peço direto para o Estado, preciso de um advogado para isso. E existem algumas medidas judiciais que também você pode entrar. Um exemplo. Exclusão do CMS da base de cálculo do PIS e da CUSMIS. Ainda tem gente que não utiliza esse benefício que está desde 15 de 3 de 2017 para todo mundo usar. Perfeito. Todo mundo pode excluir o CMS da base de cálculo. E um dos trabalhos, quando a gente faz a recuperação tributária, porque é importante a gente citar isso, todo trabalho de recuperação tributária, você volta cinco anos. Se você pagou a mais, se você pagou a mais durante cinco anos, a Receita Federal te devolve em conta corrente. Isso aí. E empresas do síntese nacional, ela paga de 30 a 60 dias. Isso é incrível. Por exemplo, empresas de autopeças, empresas de cosméticos, empresas de bebidas frias, empresas de pneus, empresas de produtos de pet shop, de parte de remédios, medicamentos. Farmácias. São produtos beneficiados de físicos e fins. E tem um monte de gente que mandou faturamento para o contador e o contador tributou o síntese nacional sobre o faturamento, não analisou o item do produto. E aí, não analisando o item do produto, muitas vezes pagou a maior. Então é possível fazer análise no passado. Se a empresa pagou os impostos dos últimos cinco anos a maior, a Receita Federal devolve em conta corrente. Você pode compensar esse crédito com seus impostos futuros ou, dependendo do caso, se for um caso possível de pedir em conta, a Receita Federal é uma grande pagadora. Carlos. Assim, pessoal, a gente está chegando aqui quase que no limite do quanto a gente pode estar falando para esse cara que é fera. Anderson, eu queria, já que você jogou uma granada, uma bomba atômica de ideias do que a gente pode fazer. Cara, eu queria que você dissesse qual é o passo da pedra para todo mundo que está vendo aqui, seja ao vivo, seja gravado, o que essa galera tem que fazer para conseguir fazer essa análise e, mais do que isso, como essa galera consegue fazer essa análise contigo e com teu time. Legal. Estou de bola. Vamos lá. Primeiro ponto. Amanhã ou agora, acabando essa live, você tem que marcar uma reunião com o teu contador e entender aonde você está pisando. Esse é o primeiro ponto. Se você entender que você está numa contabilidade por opção tua, que era uma contabilidade mais simplista, uma contabilidade onde era o jogo que você queria jogar, de uma empresa pequena e esse é o modelo de negócio dele, está tudo bem, cada um tem o seu modelo de negócio e você precisa entender que, para você crescer, você precisa de uma gestão mais estratégica. Então, esse é o primeiro ponto que você tem que trilhar. Saber onde você está pisando. Segundo ponto. Aí é o pedido. É o pedido com a... Falar assim, tem que acontecer. Eu quero a minha empresa estar no lucro real. Não a mudança do regime. Eu quero que ela esteja no lucro real na gestão do negócio. Mesmo que eu continuar no simples acional, eu quero a minha empresa como se ela fosse uma empresa no lucro real porque eu quero poder mudar de regime a hora que eu fizer. Porque, Anderson, no meio do ano, se eu quiser mudar de regime, se você estiver no simples, fica uma dica para vocês. Você coloca uma atividade impeditiva do simples, ponto. Você muda no decorrer do ano. Então, não precisa esperar mudar o ano. O que você não pode fazer é voltar para o simples. Mas sair do simples durante o ano dá para você sair. Então, você precisa ter esse acompanhamento. Trimestralmente, no mínimo, você tem que acompanhar o resultado do seu negócio. Esse é o segundo ponto. Terceiro ponto. Tomar a decisão de onde você quer seguir. Você quer ser uma empresa que vai crescer com 10 ou 15 CNPJ no simples nacional ou vai crescer de forma mais estratégica? Esses são os três pontos que eu vejo com mais dificuldade das empresas tomarem decisão para poder dar o próximo passo. E o mais importante de tudo isso. Ter uma gestão eficiente. Cara, nós estamos aqui. Não é porque nós estamos fazendo essa live aqui que isso é propaganda, não é isso. Todo negócio para crescer precisa ter gestão eficiente. Então, tem que usar tecnologia. Não dá para ficar usando, fazendo formatação de preço em planilha de Excel+. A regra do jogo muda todo o tempo. Então, você precisa ter gestão de preço, você precisa ter gestão de contas a pagar, gestão de contas a receber. Anderson, eu não consigo fazer minhas contas a pagar e minhas contas a receber porque eu sou sozinho. Contrate uma empresa de BPO financeiro. Contrate uma empresa que vai conseguir subir o que você precisa para você poder crescer. Se você está no lucro real, essa despesa acaba se tornando uma despesa que reduz o seu lucro. Você paga, mas depois você economiza ainda. Exato. Até mesmo, por exemplo, eu aqui no setor de contabilidade, a gente entende que essa é uma necessidade da galera. Porque é o que eu falei. Empresa de e-commerce não tem muitos colaboradores. Aqui na contabilidade, a gente já tem uma empresa de BPO financeiro. Se o cara não consegue fazer, a gente faz o BPO financeiro para ele também. Então, às vezes, sua contabilidade também tem isso e você não usufrui. Então, você tem que entender, primeiro de tudo, onde você está pisando. Segundo, organização. E terceiro, criar um plano estratégico de crescimento. Qual que é esse plano? Tem que ser desenvolvido com um profissional. Seja o seu contador atual ou seja quem vai assumir sua contabilidade daqui para frente. Mas essa decisão precisa ser tomada. Perfeito. E, cara, como que as pessoas chegam nisso de maneira clara? Muita gente que está vendo isso aqui vai querer fazer coisa com você, cara. Está claro. Vai para aquele especialista e faça isso. Direto no seu Instagram aqui? Tem algum outro canal, algum outro contato? Legal. Vocês podem entrar em contato com a gente direto pelo Instagram ou também pelo próprio site da Arte Fiscal. Tem um WhatsApp lá. Então, você pode ir lá falar direto com a nossa equipe. Aí a nossa equipe vai fazer um atendimento. A gente faz uma análise da empresa, um diagnóstico da empresa. A gente não cobra para fazer isso. Isso é gratuito. Então, a gente analisa os últimos cinco anos da empresa e vê ali como ela está, se ela tem impostos a recuperar, se ela não tem, se o negócio dela é seguido daqui para frente, se tem que retroagir referente ao passado. Enfim, esse diagnóstico não é cobrado. Então, é feita uma análise e depois é feita uma proposta de trabalho. A gente nunca faz uma proposta onde a gente ganha mais que o cliente. Então, nossas propostas de trabalho sempre é. A gente vai ganhar uma parte do seu ganho. Então, quem paga a gente somos nós mesmos. Esse é o nosso lema aqui. Então, se a gente for te cobrar X valor, você está ganhando X mais Y. Você pode ter a certeza disso. Estamos aqui em Itapapé. Nossa sede tem quatro andares aqui. Então, fica convidado também para vir tomar um café. E a gente atende o Brasil inteiro. Tem vários associados também nossos que atuam a nível Brasil e a nossa matriz aqui em São Paulo. Então, vai ser um grande prazer. A gente está fazendo essa live hoje com esses parceiraços. A gente se conheceu em uma feira e a gente viu o quanto era importante trazer esse conteúdo. Quanto para nós aqui, a gente também está levando a importância de precificação para os nossos clientes. Isso é muito importante. O preço errado, você quebra o seu negócio. Então, é outro produto também que auto se paga. Então, é isso aí. Essa parceria tem que ser muito... Se Deus quiser, é muito longa. Cara, quero te agradecer. Quando eu faço lives, quando eu participo das lives, ainda mais que eu já fiz muitas lives, é sempre muito gratificante quando eu escuto coisa que, cara, explodiu a minha mente. Hoje foi um dia que a minha cabeça está explodindo com ideias do que eu posso trazer de cliente. Já vejo uma porrada de cliente aqui do processo que pode se tornar cliente seu também. Legal, cara. Uma grande possibilidade. E você, logista, que está vendo ao vivo, ou então que está ali vendo na parte da gravação, cara, entre em contato. Vamos fazer um bom planejamento das nossas empresas. Porque, de novo, fazendo esse arroz e feijão bem feito, que dá trabalho... E, de novo, você não é vendedor, você não é vendedora. Você é dono ou dona de um negócio. Você é empreendedor ou empreendedora. E seu papel não é embalar pacote. Seu papel é planejar a tua empresa e trabalhar uma boa gestão utilizando ferramentas. Podem ser o preço certo, podem ser outras ferramentas, mas, cara, fazendo um bom planejamento com contadores que tenham esse carquice, com planejadores que tenham esse carquice que o Anderson e a equipe estão trazendo aqui. Porque aí é possível você melhorar a tua margem de contribuição. Aí é possível tu melhorar a tua lucratividade. Aí é possível tu vender vendo a cor do teu dinheiro. Então, assim, fazendo o trabalho necessário para que você dê esse nosso próximo passo em direção a ter empresas de maior resultado, se não for. Anderson, palavras finais, cara. Obrigado, cara. Obrigado. Agradecer ao Fábio. Foi ele que nos apresentou lá na feira. Então, obrigado aí, Fábio. Cara, agradecer a vocês. Pedir para vocês acompanhar aqui no Instagram. É bem legal. Conteúdo diário. A gente fala muito do tributário. Fala do dia a dia. Fala... É bem legal. E para vídeos de conteúdo mais forte, o canal do Café Tributário no YouTube tem bastante vídeo relacionado ao e-commerce. Lá você vai maratonar ali os vídeos que vão ajudar bastante vocês. Não vai pagar nada por isso. E nós estamos aqui para ajudar. Se vocês precisarem, contem com a gente aqui. Porque atrapalhar o negócio de vocês nós não vamos, com certeza. E a gente fica aí à disposição de vocês, agradecendo a oportunidade. O canal aberto para que a gente pudesse expor. Sempre é gratificante fazer isso. Obrigado. Obrigado de novo. Cara, pessoal, vocês tiveram uma baita aula aqui. E como sempre, mais do que a iniciativa de ouvir conteúdo, mais do que a iniciativa de ficar pensando nas coisas que vocês ouviram aqui, tem uma acabativa de botar isso em prática. Vocês vão precisar transformar o negócio de vocês numa Ferrari da noite para o dia. Mas se vocês derem o espaço certo, a direção correta, pegando esses insights e colocando em prática de pouco em pouco, vocês vão ver que muito em breve vocês vão chegar no objetivo de vocês. Quero agradecer novamente a presença do Anderson. Pessoal, boas vendas aí. Black Friday está vindo, Natal está vindo. A gente vai botar nesse fim de ano para ganhar muito dinheiro. E mais do que isso, ganhar dinheiro tendo lucro, caixa dentro da nossa operação.