Details
Nothing to say, yet
Big christmas sale
Premium Access 35% OFF
Details
Nothing to say, yet
Comment
Nothing to say, yet
The speaker discusses their personal journey and experiences as a teacher. They reflect on their upbringing, their passion for education, and their growth as a teacher. They also mention their exploration of emotional understanding and their involvement in integrative therapies. They emphasize the importance of education in shaping emotionally balanced individuals. The speaker concludes by stating their current role as an education specialist and their commitment to promoting well-being and understanding through education. Olá, professores e professoras, sejam bem-vindos a mais essa etapa do curso. Vocês já escreveram alguma vez sobre sua história de vida? Pergunto porque foi instigada a contar-lhes uma encantadora trajetória de vida e confesso que foi um desafio, mas me fez abrir aquele baú de fotos antigas que geralmente nossos pais guardam e um dia de domingo todos da família se reúnem para relembrar as histórias. Essas memórias me ajudaram a escrever minha trajetória até aqui, uma autobiografia em construção, pois como todo ser humano estou em constante processo de mudança. E olha, essa experiência foi maravilhosa, por isso vou compartilhar com vocês. Minhas histórias são repletas de aventuras, desafios, angústias, medos, mas também muitas alegrias e conquistas de uma menina que nasceu no interior de São Paulo, na calorosa Aracatuba, onde as férias pareciam ter mais presença do que os habitantes. Menina essa que desde pequena brincava de escolinha, adorava fazer de conta que suas bonecas eram seus alunos, só para escrever continhas na lousa verde com giz colorido e chamar a atenção das demais crianças. E como previsto, a criança cresceu e se tornou professora de verdade. Me formei em matemática e aprendi na prática que ser professor é muito mais que ir para a escola, ministrar aulas e dar exercícios na lousa. Como disse a nossa querida professora Ana Soelipinhos, abre aspas, o papel do professor é fomentar o debate e a reflexão dos estudantes, para que a aprendizagem se constitua de maneira intuitiva e tenha significado, fecha aspas. Ser professor para mim é também ocupar um lugar de destaque na vida de muita gente, priorizando o poder das relações, na busca por transformar realidade e aprender constantemente. Filha caçula de José Canha e Janete Almeida, dois seres que por o abrixo do destino concordavam que a educação era prioridade para os filhos, mesmo sem muitas condições financeiras. Esse valor inegociável de meus pais sobre a importância da educação foi fundamental para que eu me tornasse a professora que sou hoje e pensando bem, esse valor se compara com a teoria de Nelson Mandela quando disse a frase, abre aspas, a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo, fecha aspas. Verdade, isso mudou o meu mundo, a facilidade e gosto pelos números vieram de meu pai, mas na busca incessante pela minha essência, a educação me presenteou com notas de compreensão emocional. Enquanto ensinava teoremas e sistemas de numeração, também aprendia a decifrar os sinais escondidos nas expressões e olhares de meus alunos e ali começava a compreender sobre a importância de conhecer e valorizar a subjetividade do ser humano. Aos 23 anos, já casada e sem saber que estava mergulhando numa relação tumultuada que me ajudaria a explorar a compreensão ainda mais das relações humanas, questionar e quebrar crenças as quais me prendiam, as tormentas conjugais, buscava manter acesa a chama do conhecimento e da empatia. Apesar dos desafios pessoais, a carreira profissional me levou a caminhos inesperados. Após dois anos de práticas de sala de aula, decidi viver um sonho, trabalhar no setor bancário. Dois anos de vida frenética foram suficientes para o sonho acabar e voltar para a educação, mas dessa vez era para ser professora de professores. Foi então que comecei a olhar com outros olhos para os desafios da sala de aula, da coordenação pedagógica e pude compreender com mais detalhes a complexidade do discurso teórico dos currículos e as implicações dos saberes na prática pedagógica. Comecei a refletir continuamente a respeito da importância da autoformação, pois meus saberes acadêmicos e profissionais se limitavam às experiências da sala de aula e meu repertório acadêmico e cultural necessitavam ser ampliados. Então, a formação continuada, em pós-graduações, cursos de aprofundamento em alguns dias, currículo, processos de gestão de sala de aula, gestão de resultados, enfim. Tudo isso foi me ajudando a produzir materiais específicos de formações para os professores e gestores, onde eles também registravam suas práticas desenvolvidas em cada formação. Com a mala cheia de entusiasmo, curiosidades, medos e inseguranças, após seis anos de experiência como formadora em uma editora no interior paulista, no final do ano de 2014, fui surpreendida com um convite para trabalhar na maior editora do Brasil. Mais uma oportunidade que não poderia deixar passar e, mesmo sem o apoio do companheiro de jornada, cruzei fronteiras Brasil afora. Me aventurei em alto mar para chegar em Ribeirinha, até aldeias indígenas, mas o propósito de deixar um legado de transformação através dos laços que estabelecia e a construção da minha identidade eram muito mais importantes. Em 2017, uma nova temporada se iniciaria, talvez a mais desafiante até aquele momento. Deixar a família e embarcar sozinha para morar e trabalhar em um estado distante e desconhecido. E assim eu fiz, decidi morar perto da praia, nas águas congelantes do Espírito Santo, um lugar encantador para escrever a minha nova temporada, a qual pude ser comparada a uma coreografia complexa, uma dança entre vida social e carreira profissional. Acessorando exclusivamente a rede SESI do Espírito Santo, seguia me especializando nas novas metodologias da rede e também estudando e começando a atuar no envolvente mundo das terapias integrativas. Uma nova jornada que me levou a explorar meus bloqueios emocionais e, como era sedenta pelo conhecimento, buscava compreender não apenas as matemáticas, os documentos normativos, currículos, metodologias, mas busquei compreender também as emoções complexas que permeiam a existência humana e afetam profundamente o aprendizado. Como dizia Paulo Freire, abre aspas, se na verdade não estou no mundo para simplesmente a ele me transformar, mas para transformá-lo, se não é possível mudá-lo sem certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda a possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes. Fecha aspas. Em paralelo à educação, durante três anos após minha preparação, emergia estudos e capacitações sobre competências socio-nacionais e terapias integrativas, encontrando um novo tom para minha busca incessante por compreensão. E ali, entre estudos e formações sobre o DNCC, novo ensino médio, física quântica, florais e meditação, posso dizer que fiquei mais perto da completude de minha essência, unindo o poder transformador da educação e a potencialidade das terapias integrativas. Em 2020, em plena pandemia, entre lives, formações online, ferramentas adaptativas como estratégia para um novo formato de sala de aula e em meio à crise global, buscava ser agente de mudança e apoio a quem mais precisava. Dessa forma, pude ter clareza de como a educação é essencial para moldar seres humanos emocionalmente equilibrados. Atualmente, como especialista na gerência de educação básica da Rede Sérgio Espírito Santo, encontrei o elo e o equilíbrio entre educação e o bem-estar emocional, duas forças que, quando se unem, podem transformar vidas. Abre aspas. A educação é a chave para desbloquear o ouro da mente, alegava George Austin Carver, professor pesquisador e botânico. E eu, com a minha paixão pela aprendizagem e pelo desenvolvimento integral do ser humano, continuo desbloqueando minha mente e trilhando meu caminho, aprendendo, estimulando reflexões e espalhando sementes de equilíbrio e compreensão por onde passo. Minha vida continua uma sinfonia em constante conversão, uma dança entre a mente e o coração, entre números e emoções. Sou Flaviana Canha, professora, educadora, terapeuta integrativa e guardiã da saúde emocional, navegando pelo oceano vasto e misterioso do conhecimento e da compaixão, buscando esperança e interrealizá-los da educação e ajustando cada passo dessa temporada a um acórdio de cura e transformação.