Details
Este episódio foi ao ar na Rádio Fonte de Vida no dia 09 de fevereiro de 2024
Details
Este episódio foi ao ar na Rádio Fonte de Vida no dia 09 de fevereiro de 2024
Comment
Este episódio foi ao ar na Rádio Fonte de Vida no dia 09 de fevereiro de 2024
The main topic discussed in this transcription is about stroke, also known as cerebrovascular accident (AVC). The speaker emphasizes that stroke is a medical emergency and can have serious consequences, such as death and disability. There are two main types of stroke: ischemic, caused by a blockage in the brain's blood vessels, and hemorrhagic, caused by a rupture in a blood vessel. Both types require immediate medical attention. The speaker also mentions the symptoms of stroke, such as sudden weakness or numbness in the body, difficulty speaking, confusion, and vision problems. Stroke is a leading cause of death and disability in Brazil and can have a significant impact on the person's life and their family. The speaker stresses the importance of recognizing the symptoms of stroke and seeking prompt medical help. E um assunto hoje muito interessante, né, doutor, que acomete muitas pessoas aí, que é o AVC, também conhecido como derrame cerebral. Doutor Fábio, bom dia, boa sexta-feira. Bom dia, meu amigo J. Batista, bom dia, ouvintes. Começando mandando aquele abraço pra dona Anitta, minha mãe, a sua bênção, a cabeça a qual cumprimento toda a família. E também nós queremos já começar mandando um grande abraço também pra dona Irani, lá de Jaguaraí. Um abraço, dona Irani. É só que eu tava preocupado com o radinho, mas já tá ouvindo na internet. Isso é muito bom. Tecnologia, né, doutor? Tecnologia é alcance de todos, tá vendo? Quando eu falei que quando a gente une as ondas do rádio com a internet, a coisa fica cada vez melhor e maior. Voltando também, um grande abraço ao Márcio Campos, que ontem tava ligadão com a gente aí do Baixo Santo Terezinha, pra todos os amigos e todos os ouvintes. E vamos que vamos para mais um programa com um tema hoje realmente muito importante. Ontem nós falamos do infarto, que é uma emergência, e hoje nós vamos falar de uma outra emergência que é o AVC, o Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como derrame. Fique ligadinho aí, faça suas perguntas, participe. Muito bem, oito horas e seis minutos. Vamos então pra nossa primeira pergunta. Se você também tiver aí, tá ouvindo, né, doutor, o nosso programa, nesse momento, e quiser também fazer a sua pergunta, eu vou deixar já o nosso WhatsApp, 3331 5641. Você pode ligar, fazer a sua pergunta, de preferência que seja por escrita, que mande aí digitado pra gente, pra facilitar aqui a nossa leitura. Bom doutor, vamos então pro nosso assunto. O que é mesmo o AVC, o Acidente Vascular Cerebral, que também é conhecido, né, comum aí também no nosso meio, como patologia também de derrame. O que que o senhor fala pra nós sobre o AVC, doutor? Pois é, o Acidente Vascular Cerebral, o derrame, é outra emergência médica. Então quando a gente já fala emergência, diferente da urgência, que a urgência ainda podemos esperar um pouco, a emergência tem que correr, senão a coisa complica, né. Um pouquinho mais diferente, mas a emergência é mais urgente, digamos assim. É exatamente isso. A tensão maior ainda. Maior ainda. O Acidente Vascular Cerebral acontece quando a artéria que riga o cérebro, é bloqueada ou se rompe, resultando da morte daquele tecido cerebral devido a perda do suprimento sanguíneo. Tanto que acontece, por exemplo, no infarto, ontem nós falamos que quando o sangue para de chegar no coração, aí dá necrose, falta circulação no coração. Aqui nesse caso, falta circulação no cérebro. Por isso que ele é muito conhecido como derrame, e está entre as principais causas de morte no mundo. Para a gente ter uma ideia, meus amigos, a Organização Mundial de Saúde, ele prevê que uma em cada seis pessoas terá esse problema ao longo da vida. Olha só, no Brasil, o segundo Ministério de Saúde, a cada cinco minutos, falece uma pessoa em decorrência dessa doença. Então o nosso programa aqui, meia hora, infelizmente no término do nosso programa, seis pessoas terão ido ao óbito nesse momento no nosso país. Muito bem elevado. Chega a média de 100 mil mortes por ano. E uma coisa interessante, é a principal causa de morte no país. E a principal causa de incapacidade. O AVC é a doença que mais mata do Brasil e incapacita. Cerca de 70% das pessoas que sofrem derrame, não retornam ao trabalho depois desse derrame. E 50% fica dependente. O que eu estou querendo dizer com isso? Presta atenção. Ontem quando nós falamos do infarto, infarto é grave? É. Mas quantas pessoas que vocês já viram aí sofrer um infarto? Duas, três vezes ao mais. Aquele menino lá do BBB nós falamos, 28 com 3. O que eu quero dizer é o seguinte, o infarto quando ele não é fulminante, a pessoa sendo atendida dentro daqueles padrões, daqueles critérios de mais rapidez, a pessoa volta praticamente a uma vida normal. Você vê atletas continuando, jogando bola e tal. O AVC não. O AVC tem que tomar mais cuidado, porque o AVC muitas vezes incapacita. Eu tive um tio que ficou mais de 16 anos em uma cadeira de rodas. Quer dizer, e outra coisa, o AVC ele atrapalha toda a vida da pessoa e da família. Então muda tudo, muda o ritmo de família. Isso se a pessoa não for a ritmo de família é o que complica mais ainda. Mas o transporte, fisioterapia. Então o AVC realmente ele é muito, muito grave e muito, muito triste. E a recuperação é muito lenta, né doutor? E às vezes não chega a recuperar totalmente. Quando não recupera. E nós vamos falar daqui a pouco, as sequelas são diversas. Então o infarto, geralmente não dá muitas sequelas a esse ponto. Mas o AVC não, o AVC ele é avassalador. Muito triste. 8 horas 10 minutos, você está acompanhando aqui pela Rádio Fonte de Vida, o programa A Voz dos Associados e a nossa conversa com o doutor Fábio Araújo de Sá. Doutor, existe mais aí de um tipo de derrame de AVC ou doutor? É isso aí. Existem vários? Existem vários, mas vamos dizer o seguinte, pra gente explicar de uma forma mais importante é o seguinte. De novo, lá vai o doutor Fábio mexer com a bomba lá da rocha. Vamos lá, tem uma bomba, que é o coração, então tem um cano e vai chegar lá na caixa d'água. Vamos fazer de conta que a nossa caixa d'água é o nosso cérebro. Como que pode acontecer pra parar de chegar a água lá em cima da caixa d'água? Duas coisas. Ou o cano vai ficar entupido, não é verdade? Entupiu o cano, não adianta bombear que não vai chegar a água lá na caixa d'água. Ou se não, se a mangueira ou se o cano arrebentar. Também não chegou a água lá. Por que eu estou falando isso de uma forma mais lúdica, mais coloquial? Por quê? Porque nós temos dois AVCs principais aqui, que é o acidente vascular cerebral isquêmico e o hemorrágico. O AVC isquêmico é causado pela obstrução ou redução brusca desse truco sanguíneo na artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. O AVC isquêmico, amigos, é responsável por 85% dos casos do AVC cerebral. Então, doutor, o AVC isquêmico é mais comum? Exatamente. E o que é o isquêmico? De novo, é a obstrução. É o entupimento da artéria. Então, entupiu, não tem jeito de chegar. Deu isquemia, falta de circulação. Está vendo? Então, esse é um AVC. E o outro AVC cerebral é o hemorrágico. Acontece quando o vaso rompe espontaneamente e é esse avasamento de sangue para o interior do cérebro. Esse tipo de AVC está ligado mais a casos hipertensivos, né? Olha bem. Então, um isquêmico é obstruiu, entupiu. E o outro, explodiu. Entupiu e explodiu. Entupiu e explodiu. A verdade é a seguinte. Ambos são muito graves. Mas é muito importante que sejam detectados, no momento do atendimento do paciente, os dois tipos. Por quê? Porque é isso que vai fazer o tratamento. É aí que nós vamos fazer o que tem que ser feito rapidinho. É cirurgia, é desentupir. Se tem entupir, nós temos que desentupir. Antigamente, tinha uma empresa chamada Roto-Rooter, né? Gente, não vai ter a Roto-Rooter, mas nós temos que ter obstrução, desobstrução. E se rompeu? Nós temos que corrigir esse vaso aí. Olha bem, é só pra gente deixar bem claro que muitas vezes a pessoa fica pensando o seguinte. Ah, Fábio, então esse AVC é morrágico? Explodiu o aneurisma, é a mesma coisa? Olha, na prática poderíamos falar que é até a mesma coisa. A diferença é o seguinte. A diferença entre um AVC e um aneurisma é que o AVC é um evento, né? Então, aconteceu. É um evento. A pessoa tá mandando aquilo. Puf! Explodiu lá. A artéria rompeu. Teve aquele evento. E o aneurisma, ele é uma condição. Ou seja, ele vai acontecendo aos poucos. É como se fosse o AVC acontece quando o suprimento sanguíneo para. E ele é comprometido. E o aneurisma é quando o vaso sanguíneo fica danificado. É como que ele incha, é como um balão. Quando ele vai ficando mais dilatado. Você entendeu como é? E aí sim, pode romper também. Mas a verdade é isso. Dois tipos de AVC. Isquêmico e morrágico. O isquêmico é mais comum. Mas tem que saber. Qualquer um deles é correr. É emergência. Na verdade, é isso que a gente tem que saber. Muito bem. São 8 horas mais 13 minutos. Qualquer um dos dois, né, doutor? A pessoa tem que realmente ficar atento, né? Ficar. E o que a família tem que fazer, por exemplo, para identificar se a pessoa está aí tendo o AVC? Existe a possibilidade de identificar antes, né, de se estender mais com mais frequência. E às vezes até... Há um detalhe, né? Se tiver alguém com a pessoa, né, doutor? Isso aí também interessa. Porque o outro dia nós falamos do infarto, né? Nós falamos do dor no peito, que irradia para o braço. Opa, já vão começar a pensar. Já são os alarmes. Os alarmes. Hoje, inclusive, eu coloquei... Vocês podem ir lá nas redes sociais. Vai no Google e coloca doutor Fábio Araújo de Sá. E vocês vão ver todas as nossas redes sociais. Mas nas redes sociais hoje eu coloquei um vídeo cedinho exatamente isso. As quatro letras que podem mudar a história de todo mundo. S-A-M-U. SAMU. O que que significa isso? Olha só que interessante. Os sintomas, no caso do AVC, eles são iguais. Tanto para homens quanto para mulheres, né? É isso aí. Tem aquela alteração motora súbita. Fraqueza muscular. A pessoa para de ter força na mão. Não consegue pegar aquele copo. Ele não consegue movimentar certas partes do corpo. Tem geralmente que a perna e o braço de um lado da pessoa fica parado, fica puxando, né? Às vezes dá uma dormência na face, no braço. Esses são sintomas marcantes. Você começou, sem mais nem menos, a perder a força da mão. Dormência. Às vezes a voz começa a entortar. Isso aí tem que ficar ligado. A dificuldade da fala. A pessoa, às vezes, está falando com a voz catapultosa. Fica embolando, né? Não consegue entender o que ele fala. Isso. A pessoa está começando a conversar. Uma conversa confusa. A pessoa não bebe caixa. Você está falando nada com nada aqui de manhã desse jeito. Então, às vezes, um tem problemas de sonolência. Para de enxergar. Porque depende muito da área cerebral que é atingida. Muitas vezes pode dar dor de cabeça repentina. A pessoa está, numa boa, conversando com o outro. Nossa Senhora! Nem aquela dor de cabeça de uma hora para outra. Ela não começou devagar. Uma dor de cabeça... lógico... Repentina ali, né? Isso. Lógico que isso não significa, gente. Por isso que eu falo. A gente aqui está sempre só alertando. Senão a pessoa dá uma dor de cabeça para qualquer outra coisa. Sai correndo achando que está derramando. Não é isso, não. Agora, o que eu estou falando? Se você está com dúvida momentânea. Se alguém pode estar com ADC ou não. Existe isso aqui que eu acho muito interessante. Que é o tal do SAMU. O que a gente fala do SAMU? Olha bem. SAMU, nós sabemos que é o sistema 192. Mas essa... não é brincadeira que a coisa é séria. Mas essa coisa é para a gente fixar. A sigla é SAMU? A sigla é SAMU. Olha só. Se a pessoa começou... Você está vendo que ela está diferente, coisa e tal. Você diz, o que é que eu faço? Ah, deixa eu lembrar do SAMU. Mas antes de você chamar o SAMU. Vamos preparar para chamar o SAMU. Mas olha bem. Ou senão, um já está chamando o SAMU. Você olha a pessoa e fala assim, ó. Dê um sorriso. Fala para mim. Dê um sorriso para mim. Sorri. A pessoa, às vezes, vai dar um sorriso e um lado da boca está torto. Você entendeu? Ele não dá aquele sorriso abrindo os dois lados da boca. A comissura labial. Porque a gente já deu um sorriso de um lado só. Aí a pessoa entortou para sorrir. Falou assim, ele está sorrindo. Esse lado aqui está meio torto. S de sorriso. A. O A é de abraço. Pede a pessoa para levantar o braço. Seus braços. E te dá um abraço. Muitas vezes ele não levanta os dois braços. Ou levanta um e o outro fica meio fraco. E na hora que ele vai abraçar, você vê que um dos braços não está apertando com força. Se não aperta, abraça mesmo. Engraçado. Olha aí. O lábio dele está meio torto. O sorriso está torto. O abraço está fraco e o braço também está meio fraco. Então esse é o A. O M. Pede a pessoa para falar uma mensagem para você. M de mensagem. Ou cantar uma música. Uma música que ele gosta. Pode ser qualquer música. Até parabéns para você. A pessoa vê e fala. Não está saindo nada. Não está saindo. Então S. A. M. E U. O U é de urgência. Se ele já está com o sorriso torto. Já está com o braço fraco. Já não está cantando. O U é urgente. Então, olha bem. Quatro letrinhas. S. A. M. U. Para lembrar do SAMU. E isso pode fazer toda a diferença. Não tem que ficar esperando o fulano chegar para ver se vai levar. Você está com a pessoa aí. Vai rapidinho. E você também. Deus me livre e guarde. Você não. Deus me livre. Você está me notando. Olha no espelho. Já sabe. Vou lá. Estou com a voz meio torta. Eu mesmo já vou sair e chamar alguém, pelo amor de Deus. Então isso é importantíssimo. Muito bem. São oito horas mais dezoito minutos. Oito e dezoito. Estamos conversando com o doutor Fábio Araújo de Sá. O assunto de hoje é o AVC. Doutor, agora o que podemos fazer aí para evitar o derrame cerebral, doutor? O que fazer aí no dia a dia? Tem muita coisa para fazer, doutor, para a gente evitar? Tem. Eu falo o seguinte. Tem doenças que a gente não tem jeito de fazer nada. Porque, lógico, tudo está nas mãos de Deus. Nada acontece. Uma folha não cai sem a intenção dele. Mas tem coisas que a gente tem que fazer a nossa parte. Isso eu acho muito importante. Porque, olha só, nós falamos semana passada. Inclusive, alguns que estão entrando em contato conosco, perguntando. Ah, doutor, você já falou sobre isso. Então, uma das coisas que nós vamos... Eu e o J. Batista estamos conversando aqui. A gente está querendo ver, junto com a direção, se a gente consegue depois disponibilizar os programas. Ou, futuramente, a gente vai deixar gravados os programas para vocês também fazerem pesquisas. Para a gente rever, ouvir novamente. Inclusive, esse hoje, talvez, a gente vai ver se a gente termina de disponibilizar mais tarde. Mas, olha só o que eu estou querendo dizer. Nós vamos ter que voltar a falar algumas coisas sobre diabetes, sobre pressão alta. Por quê? Porque uma doença é interligada à outra. Então, a gente falou, por exemplo, sobre diabetes. E nós falamos que a diabetes tem mais chance de ter infarto, de ter um AVC. Mas falamos também que aquele paciente diabético, se ele abaixar a hemoglobina glicada. Você não aguenta mais, Dr. Fábio, a meia com a glicada de novo. Mas você lembra que eu falei que se abaixar 1% da glicada, você vai ter menos AVC. Isso eu estou falando para o diabético. Mas vamos falar isso num sentido mais amplo, comum, não é verdade? Porque eu acho que é isso aí que é muito importante a gente observar isso. Olha só. Está tendo um aumento de 50% a 54% de AVC, se você tem pressão alta. Só pelo fato de você ter hipertensão, já há um aumento de 50% a 54%. Então, quer dizer o quê? Eu tenho que controlar a minha pressão. E como que eu vou controlar a minha pressão? De novo, exercícios físicos, diminuir o sal. Ai, Dr. Fábio, mas a minha pressão está um pouco alta, mas eu não esqueço muita cabeça, não. Não, né? Aí, na hora que der um AVC e ficar entrevado, você diz, oh Deus, por que aconteceu comigo? Então, eu acho que é isso. Já teve um aviso e não se afeitou por esse aviso. Isso. Olha só o benefício de controlar a pressão arterial. Por isso que eu estou falando. Às vezes o médico fica achando que o médico quer colocar medo nas pessoas. Não. É esclarecimento. Porque quando a gente fala da pressão, só a gente que é importante para a gente falar da pressão. Cascate, fala o lábio no legume. Mas não é que você fala que aumenta mais da metade de chance de ter um AVC. O cara, opa, acho que agora eu vou começar a controlar essa pressão melhor. O diabetes já aumenta a probabilidade de um AVC em 13%. 13%. Pois é. E olha aí o pessoal nervosinho, né? O pessoal muito a mil por hora. Né, Doutor Fábio? Fica esperto, hein? O estresse aumenta 23%. Não, mas eu já estou mais, já estou mais paz e amor. Brincadeira. O pessoal brinca, mas é isso mesmo. Olha bem. O estresse. O estresse do dia a dia. Né? Não é o estresse só da pessoa estar aí gritando, brigando. É isso não. A gente tem que aprender a controlar esse estresse, o ritmo de hoje, que é 23%. Então eu estou falando aí, olha bem. O diabetes tem jeito de controlar. A pressão alta tem jeito de controlar. O estresse é um pouco mais difícil, mas também tem jeito de a gente tentar. O que eu quero dizer é que eu estou falando de três fatores modificáveis. Que é dizer, então fala assim, Doutor Fábio, eu sou diabético, tenho pressão alta e sou muito estressado. Você diz, meu filho. É. Presta atenção. E obviamente, né amigos, a melhor forma de deliberar isso é evitar os fatores de riscos que nós estamos falando aqui. Os riscos modificáveis. Mas você pode ter um derrame mesmo assim, infelizmente. Por isso que é importante deixar claro que cerca de 80% dos casos a pessoa poderia ter feito algo sim para tirar esse desfecho. Você precisa fazer atividade física. Ah, Doutor, então comecei atividade física, já diminuiu o meu chance de derrame? Não só de derrame, contudo, né? Atividade física é maravilhosa, não é verdade? Você precisa controlar o seu peso. Se você está sedentário e ainda está obeso, você está caminhando para o lado de lá. Então vamos voltar. A gordura abdominal. Essa gordurinha da barriga, eu vivo sempre batendo muito nele. Nós vamos voltar a falar muito sobre isso aqui, a gordura visceral. E outra coisa, né, Doutor Batista, a gente vê principalmente homens. Mulheres também, mas em homens às vezes você vê o cara não é obeso, ele é até magro e está barrigudo. Cuidado, essa barriguinha, do jeito que está essa barriguinha, para não falar um barrigão, do jeito que está do lado de fora, está do lado de dentro. Então se a gente abrir e olhar entre as vísceras do intestino, está cheio de gordura. E essa gordura visceral é essa que mata. É essa que promove os eventos cardiovasculares. Então vamos controlar essa gordura, vamos controlar a pressão. O LDL lá, vem de novo, logo Deus leva. O LDL, o colesterol ruim. Toma cuidado com esse colesterol. Não abuse no álcool. Aí, por que que muitas vezes em festas, carnaval, final de ano, acontece tanto ADC? Por quê? A pessoa já... É excesso. Isso, é excesso. Já está com poucas vezes o colesterol elevado. Já está a pressão meio alta. É sedentário. E vai o quê? E vai o quê? Três, quatro dias de álcool, álcool, álcool, sal e salgadinho. Junta todos esses fatores. Uma coisa que era para virar uma festa, né? Às vezes fuma, não faz acompanhamento médico. Está vendo? Então o que eu quero dizer é o seguinte. Pode acontecer com qualquer um de nós, que Deus nos proteja. Mas as pessoas que não fazem mesmo a parte deles, tem muito mais chance, não é verdade? Com certeza. E prevenir é o melhor remédio. Falou sempre. Com certeza. Oito horas mais vinte e quatro minutos. Oito e vinte e quatro. Estamos aí com o nosso bate-papo com o doutor Fábio Araújo de Sá. Olha, mais uma perguntinha, doutor. Sim, Guilherme. Quais são os principais sequências que o derrame deixa aí na pessoa? São vários, né, doutor? São. Por isso que depende da área do cérebro. Está vendo como é que é diferente, de fato? Porque nosso cérebro tem área que é responsável pela visão, área pela fala, outra área. Então, dependendo de onde que faltou a circulação, de onde que parou de chegar sangue. Então, por isso que a gente tem que fazer uma avaliação rapidinho na hora que começou. Então, alteração da fala. Se a área do cérebro é afetada, foi essa responsável pela linguagem. Às vezes, pode acontecer o quê? Comprometimento da visão, porque foi a área da visão. Memória. O paciente com AVC pode perder memória, tanto de curto a longo prazo. Pode ter confusão mental, esquecimento. Falta de sensibilidade, tátil, a pessoa não está sentindo mais as coisas. Ou não está conseguindo pegar a coisa com força. Por quê? Porque são as alterações motoras. Às vezes, imediatamente após o AVC, pode acontecer perda do controle muscular voluntário. Ou seja, ele não consegue mais levantar um copo, ele não consegue mais mexer. Então, isso é importante. O paciente pode perder a capacidade de realizar movimentos simples, pois o cérebro não consegue efetuar a programação. O cérebro, como eu disse, tudo é muito perfeito no nosso organismo. Mas o cérebro ainda é um mistério, né? Tanto que a neurologia, a neurocirurgia está evoluindo muito, mas de um tempo pra cá. Então, há mais tempo, não sabíamos nada do que estava acontecendo aqui dentro. Da cabeça pra baixo, a coisa era mais fácil mexer. Até hoje, não é verdade? É mais simples, né? É mais simples. Então, por isso que eu falei. Tem que ser rápido, porque, de novo, é igual lá no brejo. Tem que esgotar o brejo pra chegar água lá pra plantar o arroz. Se a gente deixar muito tempo, a terra seca. Então, se ficou muito tempo sem irrigação sanguínea, por isso que muitas pessoas, olha lá, fulano pegou um AVC, teve um derrame, mas voltou. Na hora, ele ficou meio torto. Lá, a voz solta, mas hoje está normal. Por isso que é importante ter esse AVC. Olha, outra coisa. Depois da COVID aí, nós não estamos aqui falando se foi COVID, vacina. Não estamos tendo esse mérito, não. Eu quero dizer o seguinte. Depois do COVID, teve muitos casos de AVC. E esse pessoal que foi entendido rapidinho, tocou medicação rapidinho, a maioria recuperou. Alguns ficaram com um probleminha na visão, assim, mas coisa normal. Nada assim que possa trazer tanto prejuízo, visto perto da gravidade do caso. Sim. Não é verdade? Muito bem. Oito horas mais vinte e sete minutos. Vamos seguindo, então, com o nosso bate-papo, já na reta final. Doutor, e o tratamento aí do AVC e como ele deve ser feito aí no paciente? Olha aí. Muito bom. Porque é o seguinte, que ontem nós falamos daquele negócio dos dois comprimidinhos, o Drauzio e o Valero, da aspirina. Olha que interessante. Se eu falei que a aspirina era para deixar o sangue mais ralado, etc. Ah, esse, né? Esse aí não pode fazer, não, hein, gente. Preste atenção. Por que eu estou brincando? Porque se for isquêmico, teoricamente, né, você deve até pensar, porque se você está entupindo lá, já vai se substituir. Mas e se estiver arrebentando? E se for arrebentando? Já está voando sangue para tudo quanto é lado. Se eu ralhar o sangue aí, que vai piorar. Então, teoricamente, no caso do AVC, é correr mesmo. O infarto também. Mas, como diz o outro, o AVC tem que correr mais rápido ainda, né, mas vai devagar com a falta aí, porque tem gente que sai correndo demais e não morre nem de AVC, não morre de acidente de trânsito, né? Então, o tempo é fundamental. Quanto mais rápido o atendimento, agilidade, eficiência na admissão, execução dos exames, mais fácil reverter isso. Em caso do AVC isquêmico, é importante devolver o fluxo de sangue para a região afetada. Tentando salvar cada vez mais o tecido cerebral, aquele dano, o dano menor. Se o vaso sanguíneo estiver entupido com água, temos que fazer certos procedimentos que o médico sabe como é que vai ter que fazer para liberar essa passagem de sangue. No caso do hemorrágico, é muito necessário fazer a cirurgia, não é verdade? A cirurgia... Por isso, por isso, de novo, que eu falo a todos os administradores de saúde, todos os serviços de urgência e emergência, na hora que o paciente chegou, que às vezes você olhando o paciente, para você ver ele, ah, ele está com a boca torta, ele está com dificuldade, ele está com o braço, não está pegando nada. Para dizer a verdade, até o atendente da portaria que não sabe medicina nenhuma, nunca trabalhou na área de saúde, ele só é um atendente, ele já sabe, doutor, tem um AVC aqui, olha bem, o diagnóstico já ficou fácil, doutor, chegou um derrame. Agora, que tipo de derrame? É esse tempo, porque é aí que eu vou saber se eu vou correr para o direito ou para a esquerda, se eu vou dar seta para a direita ou para a esquerda. Então é muito importante que a família esteja junto, olha, quer ir? Porque precisa de ajuda, precisamos fazer isso, tem que transferir, agora não, não é isso transferir não, calma, é isso que a gente tem que ter, aos colegas médicos, aos recém-formados, aos que estão trabalhando na urgência e emergência, se dediquem, estude, peça a Deus, divino Espírito Santo, para iluminar nesse momento, para que você chegue no caminho rápido, não é verdade? Se você estuda e pede iluminação divina, tudo acontece, se for vontade de Deus, vai atuar, você vai ser instrumento na mão dele para fazer um trabalho bem feito aí, mas isso é muito importante. Muito bem, são oito horas mais vinte e nove minutos, eu estou lembrando aqui que o meu pai também teve um AVC, e ele quando chegou no pronto atendimento, eu que acompanhei ele, aí o médico ficou bem na dúvida para saber, o diagnóstico, será que é, será que não é? Está vendo? É isso que a gente tem que ficar prestando atenção. Exatamente. Não pode perder muito tempo, quem trabalha em urgência e emergência, é um profissional diferenciado, não estou falando que ele é mais médico que ninguém não, mas tem que saber, porque não tem muito tempo para pensar, não dá para ir lá no livro, fazer uma pesquisa, pro doutor Google, não dá. Exatamente, é verdade. Mas graças a Deus, ele foi diagnóstico e tudo, fez o tratamento, graças a Deus, não ficou com muita sequela, graças a Deus. E hoje a medicina evoluiu muito, a própria medicina nossa, aqui de Manaus no Sul, já está muito evoluída, mas eu nunca tive um AVC, tinha a ver colocar no carro, para levar para outra cidade. Imagina a distância, nessa distância era todo... E outra coisa, parabéns aí o pessoal, depois da reabilitação, aconteceu o AVC? Aconteceu, o médico foi lá, salvou, fez tudo, mas a pessoa ficou com essa sequela, vamos para a fisioterapia, tem outros programas de reabilitação, que é importante demais, não pode pegar o paciente, levar para casa e deixar deitado, esse que fica deitado, fica parado, esse aí que piora mesmo, não volta, não é verdade? É seguir em frente o tratamento, é recuperação, se possível, total. E ver as causas, e ver as causas. Exatamente. Tem gente que derrama e volta a fumar, é brincadeira. É verdade, é verdade. Oito horas mais trinta e um minutos, doutor, e as considerações? Hoje é sexta-feira, não é? Pois é, meu amigo, chegou nosso amigo Paulo, ele também, grande abraço. E o doutor, já está preparando para o carnaval? Pois é, mas eu vou descansar, vou pular, e se Deus quiser, a gente deve retornar na quinta-feira, eu vou ficar com saudade, em segunda, terça e quarta, nós vamos estar preparando, vamos estar descansando, mas já preparando novos temas. Eu quero agradecer muito toda a equipe, nós estamos atendendo lá, no centro de Maria, na casa, na fundação, inclusive, por isso que é muito importante toda a equipe, isso é que nós somos toda uma equipe. Lá no centro médico, eu quero agradecer muito a Carol, a Bernadette, a dona Miranique, que está lá sempre também, nos ajudando, fazendo todo esse trabalho muito importante. Lá no Cadite, no centro de atenção do diabetes e telemedicina, eu quero também mandar um grande abraço a Celeste, que é a nossa amiga e secretária, que está lá sempre nos ajudando, sempre atendendo o povo com muito carinho. Então, toda essa equipe aí, Miranique, Bernadette, Carol, a nossa amiga Celeste, muito obrigado, e nós vamos estar sempre aí trabalhando, em nome de Deus, para tentar fazer um trabalho bom, e trazendo aqui, quando puder, essas informações. Está sendo uma honra muito grande trabalhar, fazer esse programa, fazer esse programa junto com este grande profissional também, que é o Jota Batista. Muito obrigado,