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Infarto, ataque cardiaco

Infarto, ataque cardiaco

Joel Medeiros

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Este episódio foi ao ar na Rádio Fonte de Vida no dia 08 de fevereiro de 2024

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The conversation is about heart attacks (infarto) and their causes. The doctor explains that an infarto occurs when there is a blockage in the blood flow to the heart, leading to the death of heart muscle cells. This blockage can be caused by the formation of a blood clot. The main causes of infarto are atherosclerosis (buildup of fatty plaque in the arteries) and lifestyle factors such as poor diet, sedentary behavior, smoking, and alcohol consumption. The doctor emphasizes the importance of recognizing the symptoms of infarto, which include chest pain or pressure that can radiate to the arm or jaw, pallor, cold sweats, and shortness of breath. It is essential to seek medical help immediately if experiencing these symptoms. Mas vamos então para a nossa conversa, o nosso bate-papo com o doutor Flávio Araújo de Sá, que já está por aqui, e hoje um assunto que eu acredito que interessa a muitos, o infarto, o ataque cardíaco. Doutor Flávio, bom dia mais uma vez, seja bem-vindo ao nosso bate-papo desta quinta-feira. Bom dia meu amigo, bom dia ouvintes, é sempre um prazer estar aqui, aproveitando quero mandar um abraço e tomar a benção a minha mãe, Dona Anitta, em nome dela eu cumprimento toda família, o Flavinho, nós estávamos até falando dele aqui, estão lá ligadinhos, um grande abraço. Quero aproveitar também, já começa o dia, mandando um abraço para o Moacir Campos, o Moacir é lá do bairro Santa Terezinha, Moacir um grande abraço e quero te parabenizar como paciente, não é porque está no ar não, mas é verdade, o Moacir é um dos pacientes mais disciplinados, aquele paciente que toma conta da sua saúde, faz os exames periódicos, é um exemplo de amigo e de paciente, que Deus te ilumine e dê muita saúde em você e toda a sua família, Moacir, um grande abraço, Moacir Campos e vamos lá para mais um dia com um tema muito importante, vamos falar do nosso coração. Pois é, cuidar do coração é bom, né doutor, e às vezes a gente descuida dele, né, de diversas formas, de diversas formas, é verdade, eu gostaria também doutor, o que é infarto ou comumente chamado também de ataque cardíaco, doutor? Isso, olha, o infarto, nós falamos, por isso que aquela primeira conversa nossa, a gente falando sobre anatomia, né, então a gente tem um músculo, o coração é uma bomba, ele é um músculo cardíaco, né, e o infarto, ele é a necrose, ele é a morte de uma parte desse músculo cardíaco, ele é causado principalmente pela ausência da irrigação sanguínea, ou seja, o sangue para de chegar, então desde onde ele vai levar nutrientes, oxigênio, ele para, ou seja, em outras palavras, é morte das células, da região do músculo do coração, e isso acontece muitas vezes pela formação de um coágulo, o que que é o coágulo, é como se o sangue, ele, como se estalhasse, a gente tem que falar da nossa linguagem, para todos nós, né, conhecer aqui o que eu falo, nós não estamos dando palestra para a área de saúde, a gente está batendo um papo, então acho que a gente tem que falar a nossa linguagem coloquial, a nossa linguagem mesmo, então é como se o sangue estalhasse ali, entupisse, obstruísse o fluxo de sangue, e isso pode levar, né, até uma morte súbita, né, até o infarto fulminante, mas é isso aí, isso é infarto, parou de chegar sangue no coração. Pois é, doutor, mas o que que acontece, o que que causa mesmo o infarto no paciente, doutor, quais são as principais causas aí? Pois é, olha bem, isso é muito interessante, porque muitos fatores podem ser preveníveis, não é verdade? Agora, olha que interessante, para a gente falar da causa, eu queria só alertar o pessoal, porque muitas vezes o pessoal fala, ah, mas eu estou jovem, isso não está acontecendo comigo, eu não vou preocupar com isso por enquanto, olha gente, o infarto é a maior causa de mortes no país, estima que no Brasil ocorra cerca de 300 a 400 mil casos anuais de infarto, 300 a 400 mil, e em cada 5 a 7 casos que acontecem, um vai ao óbito, tá vendo? Então é caso, sempre se preocupar, e isso a gente fica preocupado, principalmente que como eu falei, aquelas pessoas que tiveram Covid, praticam esporte, mesmo jovem, procure o seu cardiologista, vamos fazer uma avaliação, vamos prevenir, por isso que a gente está vendo muitas vezes pessoas jovens infartando há mais anos, você não vê isso não? É verdade, é isso que eu ia fazer essa pergunta, qual a idade que as pessoas passam a ter um infarto, existe assim uma média de idade? Pois é, olha bem, nada contra o BBB da Globo lá, tá gente, nada contra, não estou assistindo o BBB não, mas olha bem, eu preparando pra gente falar sobre isso, eu vi uma matéria que tem um rapaz chamado Davi Brito, a mãe dele falando, olha bem, ele tem 21 anos, ele é participante desse BBB há 24, ele já sofreu 3 infartos com 21 anos, porque essas doenças cardiovasculares já são mais comuns realmente em pessoas acima de 50 anos, mas houve um aumento de 59% nos casos de infarto a partir de 40 anos, entre 2010 e 2019, então tem alguma coisa acontecendo com a natureza, olha bem, aumentou 49%, 59% desculpa, entre 40 e 40 anos, tem alguma coisa errada, outra coisa, mulheres, presta atenção, as mulheres tem 50% de probabilidade de infarto, maior quanto comparado ao homem, entre as brasileiras, 1 em cada 5 mulheres adultas está em risco de desenvolver doenças cardiovasculares, e aí vem uma coisa interessante e triste, o infarto em mulheres geralmente é mais fatal do que em homens, então a vantagem é que as mulheres também procuram médicos mais do que os homens, então fiquem atentas, infelizmente também porque hoje o hábito da mulher, a mulher é o estresse, o trabalho, essa igualdade que faz certo, tem que ter mesmo, é a equidade, mas isso levou a mulher a um ritmo muito acelerado, ela tem que disputar metas de emprego no mercado do mesmo jeito, junto com hormônios, bebidas, cigarro, então isso aí, e você falando só da causa do infarto, voltando rapidinho, a principal é essa terosclerose, ou seja, a doença que é a placa de gordura, essa placa de gordura ela vai acumular no interior das artérias, você lembra, nós falamos das artérias, dos barros, então quando essa gordura, ela vai obstruindo de novo, é igual a caixinha de gordura lá da cozinha, de tempos em tempos tem que limpar, porque se não vai tupir, então da mesma forma, na maioria dos casos de infarto, ocorre quando há essa obstrução, levando a formação de coágulos, e muitas vezes pode acontecer o que, ou a placa vai crescendo, essa placa de gordura vai crescendo e obstruir ali, ou ela solta um pedacinho e vai obstruir um outro vaso lá na frente mais fino, entendeu? Então por isso que o infarto pode acontecer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída, por isso que existem infartos mais graves, menos graves e até fulminantes. Em casos raros, pode acontecer do infarto por contração da artéria, às vezes não é o coágulo só não, o vaso como de fechou, mesmo sem ser tupido, mas isso é raro, raro, raro, raro. A verdade, a verdade mesmo, que o infarto é resultado de uma série complexa de eventos, não adianta a gente falar assim, ah, mas isso é a única coisa que acontece, não, é uma série complexa, que isso vai começando às vezes de tempos em tempos, o LDL, o colesterol ruim, e aí vai desenvolvendo, então essas são as principais causas do infarto. Muito bem, e a gente sabe, doutor, e isso aí não tem a dúvida, com relação à alimentação, né doutor? Sim. A alimentação também contribui para que, né, causa também aí o infarto, a alimentação. A gente fala que hoje, a má alimentação, o sedentarismo, o tabagismo, o álcool e o ritmo de vida, tudo contribui, tudo contribui, infelizmente tudo contribui. E às vezes, é, nós, né, nossa alimentação hoje, a gente se alimenta, né, de qualquer maneira, né, não tem uma regra, né, que alimenta-se o mais natural, né? Não existe isso, né? Exatamente. Principalmente quem trabalha, né, doutor? No dia a dia, correria, correria, esses fast-foods aí, né? Exatamente. Isso é um perigo. Não dá tempo de ir em casa almoçar, vai lá no... Ih, e vai só na fritura, né? Vai na fritura. Só no salgadinho. Verdade. E isso aí vai só complicando cada vez mais. Doutor, mas quais são os principais sintomas aí do infarto no paciente? São vários, né? Olha, é bem, isso é tão importante, né, tão importante essa pergunta, por quê? Que às vezes a pessoa não valoriza que tá acontecendo aquilo e não vai procurar o médico e não vai procurar o sistema de urgência rapidinho. Inclusive, você que tá nos ouvindo, eu deixei lá nas nossas redes sociais, pra não ficar falando em rede social uma por uma, você vai no Google e coloca lá, doutor Fábio Mãe Mansur. Doutor Fábio Mãe Mansur, você vai ver. E lá, eu deixei um videozinho pequeno, inclusive de um ator global, que vocês poderiam distribuir isso aí e compartilhar para o maior número de pessoas possíveis, pra quê? Não é, de novo, pra alarmar, mas pra despertar. Às vezes a pessoa ouvindo aquilo, ele tá com um colega que tá, ah, mas engraçado, eu tô com uma dor no peito. A grande verdade é essa, dor no peito, essa dor pode ser fraca ou forte, é uma sensação de compressão. Eu brinco é como se eu tivesse encostado na parede e viesse um trator empurrando, aquela dor tipo aperto. E essa dor, ela pode durar dentro de quatro minutos até meia hora. Não é uma dor que a pessoa fala assim, ah, doutor, tem dois dias que eu tô com a dor no peito. Não, dois dias com a dor direta no peito, é difícil ser um infarto, não é verdade? Com a dor direta, tem que saber. Quando o problema é o contrário, aí quando a pessoa, às vezes, tá, isso deve ser uma gastrite, isso deve ser uma coluna, isso deve ser gases. Não, gente, ó, dor no peito que radia pro braço, mesmo que seja uma dor fraca, pode ser infarto. Sabe, doutor, agora tá deixando preocupado, qualquer dorzinha que deu, eu tenho que sair correndo? Não, atenção, é isso que eu falo, então, essa dor no peito, realmente, ela tem que, e eu, de novo, é um ardor, muitas vezes pode ser confundido com asilha, que pode estar ou não associado com alimento. Então, e outra coisa, essa dor no peito, muitas vezes, ela pode ir até pra mandíbula, pode ir até aqui pro rosto, pra face mesmo, pra mandíbula, pode ir pros ombros, geralmente é mais do lado esquerdo, mas pode ir, tá? Pode ir pro braço esquerdo, raramente no direito, como eu tô falando, mas pode ir pras costas. Então, isso a gente tem que tá de olho. E fora a dor, fora a dor, a gente tem que tá acompanhado o quê? Às vezes a pessoa fica pálida, começa a soar frio, falta de ar, algumas até desmaia. Então, o que eu quero dizer? A pessoa tá aí, fala assim, gente, engraçado, eu tô com uma dor no peito, pareceu, essa dor tá indo aqui pro meu braço, pra minha mandíbula, estranho, pai, eu tô soando frio, que isso, uma coisa estranha, tô pálido, vai gente, vai ficar esperando o quê? Tem que procurar, entendeu? Então, isso aí, agora, pode acontecer sim, que aí, que é o seguinte, cerca de um terço das pessoas não sentem essa dor típica do infarto, principalmente diabéticos e idosos, o infarto pode acontecer sem muitos sinais específicos, ele pode ser silencioso, doutor? Pode, pode ser relativamente silencioso ou talvez nem tão assim, igual esse que eu tô falando, tá vendo? Eu falei, dor no peito, mandíbula, falta de ar, esse aí já é bem típico, por isso que esses pacientes têm que ficar bem, bem atentos. E lembra que quando eu falei que só o fato do paciente ser diabético, ele já tem duas a quatro vezes mais chance de ter um infarto? Então, por isso que eu falo, não é pra deixar nenhum diabético aí preocupado, não, o que eu quero dizer é o seguinte, é diferente, você tem uma pessoa que é diabética, na família, ela começou a sentir uma dorzinha mais leve, por ele, eu tenho que ficar mais preocupado com aquele que não é diabético, entendeu? É isso que a gente tem que prestar atenção. Muito bem, estamos conversando com o doutor Fábio Araújo de Sá, 8 horas mais 14 minutos, falando aí sobre o infarto, pois é, rapaz, e é um assunto que interessa muito as pessoas e é bom a gente ficar atento, as orientações aqui do doutor Fábio é muito bom, essas orientações a gente não pode deixar de ficar atento, né, porque o infarto ele acontece assim, muito de imediato, né doutor, ele não tem hora pra acontecer, não é isso? É, é uma doença, como diz, é uma doença que requer urgência, né, inteligência. Exatamente, é isso aí, é verdade. Bom doutor, e quais são aí os principais fatores de risco do paciente, nesse caso aí do infarto? Olha, os principais inimigos do infarto são o travagismo do colesterol em excesso, porque o que eu posso, o que eu disse? Ele vai acumular e levar a formação dessas placas de gordura. Agora, pressão alta, obesidade, estresse, depressão, de novo, cuidado com o diabético que tem isso. Agora, uma coisa que a pessoa às vezes não presta muita atenção é a história pessoal ou familiar. Muitas vezes a pessoa na família tem diabetes e não está levando isso. Gente, o diabetes é um infarto, né, a pessoa fala, engraçado, na minha família meu tio infartou, meus tios infartaram, então essas pessoas tem que procurar prestar mais atenção. Se você está um pouquinho mais acima do peso, você tem pressão alta, o colesterol ruim é elevado e tem casos na família, aí eu te pergunto, tem quanto tempo que você já fez uma avaliação lá do seu cardiologista, do seu clínico, que seja, ah doutor, tem muitos anos. Não faça isso, faça a tua parte, não é verdade? Por isso que é tão importante a prevenção e sem falar da prática regular de exercícios físicos, porque o fator de risco é uma coisa, e como a gente pode evitar isso? Fazendo alimentação adequada, parando de fumar, se você fuma, então é isso aí, às vezes mesmo a pessoa que tem casos na família, vai falar, mas na minha família eu tenho muitos casos de infarto, tudo bem, mas dá pra você prevenir, ué, então por que você vai esperar? Se você já sabe que tem mais casos na família, mais um motivo de você ficar atento, não é verdade? Com certeza, então os fatores são mais elevados, é doutor, e pode ocorrer com mais frequência aí na família, e outras pessoas da família, podemos dizer assim, é ficar atento e seguir aí as orientações médicas, é como o doutor disse aqui, olha, se você tem muito tempo que não vai ao médico, então procura o médico, faça aí um check-up, né? Aquele check-up do coração, pra ver como é que tá aí o coração, como é que tá aí a sua saúde, isso é muito importante. Oito horas mais 17 minutos, você está acompanhando aqui o nosso bate-papo com o doutor Fábio Araújo de Sá, e hoje nós estamos conversando aí sobre o infarto ou o ataque cardíaco. Doutor, mais uma perguntinha, o que fazer se suspeitar aí que está tendo aí um infarto? O que a pessoa faz, qual que é o primeiro passo aí, porque a pessoa, às vezes, ela não vai ficar atenta, mas a família também tem que ficar atenta, né doutor? Sim, sim, porque a pessoa, é o que nós estamos falando, o infarto, ele é uma emergência, ele é uma emergência que exige cuidados do médico o mais rápido possível, você entendeu? Então, a verdade é o seguinte, se você começou a sentir aqueles sintomas que nós falamos aqui, a verdade é isso, primeira coisa, vamos tentar ficar calmo, porque realmente não é com desespero que a coisa pode até piorar, né, a pessoa já fica mais preocupada ainda e aí ela sai naquela correria, naquela confusão, ela vai piorar o estado dela, então o negócio é o seguinte, vamos ficar, é 192 que é o SAMU, não é isso? Né, então nesse caso, ligue para o SAMU, evite que a pessoa está passando mal, pegou o carro dele, ah não, eu estou com uma dor no peito, eu vou tentar ir lá para o pronto socorro, eu mesmo dirigindo, pois é, e é aí que acontece o que, muitas vezes, esse paciente que saiu correndo, que saiu andando, ele vai sofrer um acidente de carro, às vezes ele não ia nem ao óbito por causa do infarto, né, mas às vezes ele sofre um acidente de carro, deu uma tontura, atropela alguém, aumenta ali a intensidade também do infarto, exatamente, então é, é esse, é esse que é o maior problema que a pessoa tem, e eu falo o seguinte, se você, começou a ter aquela sudorese, você está tendo aquela coisa de, vamos ver, vamos para aí, vamos dar uma olhadinha, a pessoa está lá perto lá, começou aquela ali, a pessoa está meio agitada, né, ela começou a sentir todos os sintomas, é, a verdade é o seguinte, que muitas pessoas falam, não, não, isso é normal, eu vou ficar quieto em casa, às vezes, quando chega lá, já é questão de minutos, é questão de segundos, então se eu estou falando de uma obstrução do coração, se eu estou falando que é falta de circulação sanguínea, e essa falta de circulação sanguínea, eu tenho que desobstruir o mais rápido possível, né, então muitas vezes esse tempo de deslocamento, ele vai fazer toda a diferença, é esse, é essa emergência, é o, por isso também, e graças a Deus, a gente hoje é que tem o SAMU, nós temos corpo de bombeiros, temos o serviço de urgência, emergência, eu lembro que na época que eu fui secretário de saúde aqui, chefe do pronto-socorro, quer dizer, sempre a gente conta com Deus, mas naquela época o negócio era mais complicado que a gente não tinha, nem o SAMU e nem o corpo de bombeiros para ajudar, então o paciente chegava e muitas vezes, fila, outra coisa, você que está nos ouvindo aí, muitas vezes a pessoa chega, ah, mas cheguei lá, tinha muita gente na frente, por isso que hoje tem essa triagem, não é fazer alarde, fazer bagunça, chega gritando lá no pronto-socorro, na urgência, emergência não, mas de uma forma calma, chega o atendente e fala, só para falar isso, olha, eu acho que fulano está tendo um infarto, eu acho que só isso, a pessoa lá, o atendente já tem que estar preparado, por isso que a recepção, ela é muito importante, porque se agora, não, só aguarda um pouquinho aqui porque está cheio, não, não aguarda não, é uma causa de urgência, de urgência, então isso aí, a gente tem que saber isso, então essa é a grande verdade, como que é um estado de urgência, exigem-se os cuidados médicos o mais rápido possível, da mesma forma que eu digo, as cidades de interior, né, as cidades menores, às vezes ficam aí meia hora, uma hora daqui, a pessoa às vezes mora na zona rural, começou a infartar, então esse negócio de passá-la no postinho, para ver se tem médico, para depois, essa perda de tempo pode ser maior, nesse caso direto, direto no sistema de urgência, emergência, se a sua cidade tem urgência, emergência, ok, agora esse negócio de chamar para ver se está tendo atendimento, ou vão colocar, não, não tem isso não, eu volto a dizer, não é apavoramento, mas nós estamos falando, é uma emergência, não é só urgência não, é emergência, ou seja, o tempo vai ser decisivo e outra coisa que eu volto também a pedir a todo mundo, prepare as suas equipes de médicos, faça reciclagem sempre, todas as pessoas que forem trabalhar de urgência, emergência, tem que ser muito bem habilitado, tem que saber bem os protocolos de urgência, no caso aqui de emergência, porque é o seguinte, não adianta, pior do que tudo é você chegar no sistema de emergência com seu ente querido ou você mesmo, e esse sistema está falho, então isso tem que ser visto com muita atenção por todos os administradores e todas as cidades, porque que eu estou dizendo isso, porque por exemplo, eu já estive lá de plantão, ok, mas eu de plantão posso receber alguém da minha família, então eu tenho que saber o que eu vou fazer, ou pior, o meu colega pode estar de plantão e eu, Deus me livre e guarde, posso estar infartando, a gente vira um paciente de um dia para o outro, não é verdade? Então essa coisa não tem que conversa, não tem que isso não, nós temos que ter profissionais habilitados, profissionais bem treinados, somente esses profissionais podem exercer a medicina, eu tenho que admirar e respeito todos os colegas e toda a classe médica, mas o pessoal de emergência é um pessoal diferenciado, porque não tem muito tempo para pensar não, não é verdade? Tem que agir rápido, exatamente. Doutor, só uma perguntinha aqui, porque às vezes tem muita gente lá do outro lado querendo fazer a pergunta, nós estamos falando aqui sobre o ataque cardíaco, o infarto, a gordura e o óleo são elementos aí que prejudicam ou causam até, chega a causar aí também um infarto? Olha bem, a gordura e o óleo, é o que eu falei, o colesterol ele é produzido pelo próprio organismo, por isso que a gente tem pessoas magrinhas, que não é de comer muita fritura e gordura e tá com as artérias entupidas, por isso que eu estou falando, a pessoa acha que é do seu, eu não tenho pressão alta, não sou obeso, mas e você, sabe como que é o seu organismo? Tem até hipercolesterolemia familiar Olha bem, já que a maioria da gordura já não entra pela boca, já é de dentro para fora, mas o motivo é de ficar atento, e aquela velha história, então doutor Fábio, você está falando que dá para todo mundo parar de comer gordura de porco, não, isso é uma coisa que a gente tem que debater com o futuro, inclusive até com nutricionistas, nutrólogos aqui, a gente pode convidar para a gente bater os papos, a grande verdade é o seguinte, eu sempre falo, eu, eu trabalho bem, muito, com as bênçãos de Deus, mas eu trabalho sentado, tudo bem, eu faço minha academia, eu faço minha caminhada, mas o meu trabalho é sentadinho, não é? Dá para comparar a alimentação do doutor Fábio com aquele senhor que está aí na roça e pega aqui a duas e meia, três libras no sol quente, invada lerando pra frente, ele vai gastar energia diferente, ele tem um gasto energético diferente, entendeu? Então agora esse cara está bem, o colesterol dele está bom, mediu LDL, ele está tranquilo, ele não fuma, não é hipertenso, mas ele gosta de gordura de porco, eu vou tirar gordura de porco dele? Não vou, antigamente não falavam que se tirava até dava fraqueza, mas ninguém está defendendo, o que o senhor quer dizer é o seguinte, cada paciente tem que ter a sua dieta de acordo com ou não presença de doenças, o que eu quero dizer é o seguinte, quanto mais natural, melhor, agora engana-se, muitas pessoas falam assim, ah não, então vou abandonar isso para comer aquilo, não, você tem que ver como que está a situação do seu organismo, a sua pressão, o seu colesterol, a sua glicose, a sua história familiar, é um conjunto, porque as aparências enganam, existe aquele, entre aspas, o obeso saudável, entre aspas a palavra obeso saudável, e existe também o magrelo doente, então a gente não pode pegar só pelas aparências não. É verdade, então os dois tem que estar sempre atentos, com certeza, 8 horas mais 26 minutos, estamos conversando com o doutor Fábio Araújo. Doutor, mais uma perguntinha aqui, e é verdade que em caso de suspeita, o paciente deve tomar o AA? Ah sim, sim, essa pergunta é muito interessante, e olha só, de novo, a gente tem que ter muita responsabilidade, o microfone é muito poderoso, então o que é isso? Por que esse tema foi muito bom a gente ter levantado isso? Inclusive eu tenho uma pessoa que eu conheço pessoalmente, já tive muita palestra com ele, que é o doutor Drauzio Varela, e o doutor Drauzio Varela é um que defende isso aí, realmente, agora, tem sim, o que eu tenho preocupação, isso aí tem uma indicação? Sim, imagina só aquela pessoa que está lá bem no alto, e ele começou a sentir tudo isso que eu falei, ou ele já teve um infarto, ou ele tem casa, família, ele é diabético, e de uma hora pra outra começou a sentir dor no peito, dor na nariz, sudorese, vai ter que chamar o sobrinho pra pegar o fusquinha lá com o compadre Gerardo pra trás dele, vai demorar, ele tem a S em casa, a S infantil, a aspirina 100mg, então falar pra ele, tá, toma as xícaras, dois comprimidinhos desse, até que o carro chegue, até que você venha, pode se justificar sim, tá? Agora, lógico, a S também pode fazer mal pra outras coisas, já falei, fígado pode fazer mal pra quem tem úlcera, não é todo mundo, mas eu estou dizendo que é o que o doutor Drauzio Varela na época disse bem claro, é isso, é uma forma, porque o que a S faz? Ele vai dissolver esse sangue talhado, digamos assim, então, teoricamente, vai arraiar o sangue segundo a... isso, então até chegar aqui, o negócio é mastigar, pegar esses dois comprimidinhos e mastigar, pra quê? Pra dificuldade dele chegar aqui, por exemplo, já está medicado, como disse, que é uma emergência, então tudo que pode se fazer para melhorar, tudo bem, mas isso, olha bem, é muito criterioso. Outra coisa que eu preocupo, a pessoa fala assim, ah, doutor Fabio, eu estava com uma dor no peito doida, na hora que eu vi que o senhor falou isso, eu peguei dois comprimidinhos, mastiguei, a dor passou e eu nem bebi, disse, não precisa mais não, melhorou, é isso também que a gente tem que tomar cuidado, porque ninguém está dizendo que isso aí é tratamento de fato não, não é tratamento não, é uma, digamos, uma profilaxia de emergência para aquele paciente que às vezes está longe, agora, se você está perto da emergência ali, não vai tomar nada, não vai ficar perdendo tempo procurando essa aqui, ah, comadre, manda lá buscar lá na venda, não, não vai não, o negócio é ligar para o 92 ou ir direto para o sistema de emergência, é isso aí, mas foi muito bom, muito bom mesmo você fazer essa pergunta aí, muito obrigado. Muito bem, e nós, doutor, uma síntese final aí para a gente finalizar então esse assunto de hoje, que é um assunto muito pertinente, eu tenho certeza que tem ajudado aí muitas pessoas, muitos ouvintes que estão aí acompanhando sobre o infarto ou o ataque cardíaco, ah, como prevenir, doutor? Há uma prevenção aí, mas assim, olha, para eu não ter infarto, existe aí, os principais fatores aí? Eu falo o seguinte, tem que pegar com Deus mesmo, né, porque a gente, como a gente fala, mas a gente tem que fazer nossa parte, ação e oração, é sempre assim, olha bem, pode acontecer com todos nós, porque tem coisas que a gente consegue evitar, são fatores de risco que são, né, tem jeito de atuar, por exemplo. O Beto pode falar isso para o paciente, ou você tem que seguir esse protocolo aqui para evitar? Sim, mas você quebrou um exemplo, o paciente chega lá e pergunta, doutor Fábio, eu tenho muito medo de infartar, você tem? Mas eu estou vendo você lá no barzinho fumando, ah, doutor Fábio, eu fumo de 1 a 2 más cigarros por dia, mas então você não está com medo de infartar não, você está procurando o infarto, ah, não, então parou com o cigarro, ah, parei, você está fazendo academia, dinástica? Não, doutor, sorry, então peraí, você tem visto o seu colesterol? Ah, está muito alto, então peraí, tá vendo? Então esses aí, agora tem coisa que é diferente, como é que você fala para o paciente, fala assim, olha, doutor, o senhor falou que o estresse infarta, infarta, ajuda a infartar, como é que você fala para a pessoa, não fique estressado não, no dia de hoje, como não estressar, você está vendo? Então tem fatores que são modificáveis, outros não, o que eu quero dizer é o seguinte, aqueles modificáveis, é obrigação nossa, Deus nos deu a saúde, é obrigação nossa tomar cuidados, então mantenha a sua pressão bem controlada, mantenha o seu colesterol bem controlado, alimente-se bem, se fuma, para de fumar, se faz luz de bebida ao core, ganhe excesso, diminua ou pare e faça exercícios físicos, se você fizer a tua parte, aí como diz, se Deus chamou aí, é porque está na hora mesmo, né? Pelo menos já preveniu os 50% aí, né, doutor? Não, senhor, talvez até a totalidade, não é verdade? Com certeza. É isso aí, meus amigos, muito obrigado por mais um dia, se Deus quiser, amanhã nós estaremos aqui, estaremos falando sobre uma outra doença complicada também, que é de urgência, para a gente encerrar a semana, que é o AVC, o famoso derrame, hoje nós falamos do infarto, né? Sim, sim. E amanhã nós vamos falar do AVC, que é o derrame, qualquer dúvida, pergunta, já mande para nós aí, tá? Muito obrigado, um ótimo dia, fiquem com Deus e mais uma vez um abraço ao Moacir e a todos os ouvintes, fiquem com Deus. Um abraço, doutor, obrigado mais uma vez pela participação, portanto amanhã, então, não perca aqui no nosso programa, vamos falar sobre o AVC, tá bom? Obrigado, doutor, bom dia e até amanhã. Bom dia.

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